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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/63520
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DissertaçãoDireito Autoral
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ESTUDO DO TEMPO PARA O ENCAMINHAMENTO E ACESSO DE GESTANTES VIVENDO COM HIV A UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Sidi, Leon Claude | Data do documento:
2022
Autor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
A prevenção da transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um dos objetivos principais da assistência pré-natal das gestantes vivendo com HIV (GVHIV). O diagnóstico precoce com a testagem rápida para o HIV no primeiro trimestre de gestação, o acompanhamento especializado em centros de referência e a adesão tanto à terapia antirretroviral (TARV) quanto às consultas de pré-natal são fatores determinantes para reduzir a níveis indetectáveis a carga viral do HIV e o risco da transmissão vertical. Observamos no banco de dados do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Federal dos Servidores do Estado (DIP-HFSE) que em 2018, a idade gestacional média na 1ª consulta no HFSE das 297 GVHIV acompanhadas foi de 17 semanas e que 12,75% chegaram com 28 ou mais semanas de gestação. Foi realizada a coleta retrospectiva dos dados sociodemográficos, obstétricos e do Sistema Nacional de Regulação (SISREG) nos prontuários de 184 GVHIV que iniciaram sua assistência pré-natal no HFSE entre janeiro e dezembro de 2019 para estudar fatores que podem ter impactado no tempo para o acesso e referenciamento das GVHIV ao HFSE. Os testes de Mann-Whitney e Kruskal Wallis foram utilizados para a comparação das medianas e o teste do qui-quadrado para a comparação das variáveis categóricas. O nível de significância considerado foi de 5%. O intervalo mediano entre as 1as consultas do pré-natal nas unidades básicas de saúde (UBS) e no HFSE foi de 16 dias, sendo que observamos intervalos de tempo muito superiores à mediana em todas as regiões geográficas estudadas A não revelação da soropositividade à família teve significância estatística no aumento do intervalo de tempo entre as consultas. O atraso na realização ou na obtenção do resultado do teste anti-HIV também teve impacto significativo, ocorrendo em diversas UBS de todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro e de forma sistêmica no Município de Duque de Caxias. A mediana do intervalo de tempo entre a 1ª consulta nas UBS e a solicitação da regulação foi de 3 dias e de 7 dias entre a solicitação do agendamento no SISREG e a data agendada para o HFSE, mas diversas UBS situadas em todas as regiões geográficas apresentaram tempos muito superiores às medianas. Estes dados sugerem que os problemas relacionados aos procedimentos da assistência pré-natal na atenção primária ocorreram de forma dispersa em UBS de todas as regiões, inclusive em algumas UBS com desempenho satisfatório em outras GVHIV atendidas na mesma unidade, e que os fatores que impactaram no referenciamento e acesso das gestantes ao HFSE foram ocasionados mais em função de problemas específicos relacionados às equipes profissionais e à gestão de determinadas UBS do que a falhas nas diretrizes da assistência pré-natal ou a problemas sistêmicos do SISREG
Resumo em Inglês
The prevention of mother-to-child transmission of the human immunodeficiency virus (HIV) is one of the main objectives of prenatal care for pregnant women living with HIV (PLHIV). Early diagnosis with rapid testing to detect HIV in the first trimester of pregnancy, specialized follow-up at reference centers and adherence to both antiretroviral therapy (ART) and prenatal consultations are determining factors to achieve undetectable viral loads and reduce the risk of mother-to-child transmission. We observed in the database of the Infectious and Parasitic Diseases Department of the Hospital Federal dos Servidores do Estado (DIP-HFSE) that in 2018, the average gestational age at the 1st consultation at HFSE of 297 GVHIV was of 17 weeks and that 12.75% arrived with 28 weeks or more of gestation. A retrospective collection of sociodemographic, obstetric and National Regulatory System (SISREG) data was carried out in the medical records of 184 PLHIV who started their prenatal care at the HFSE between January and December 2019 to study factors that may have impacted the referral and access of the PLHIV to HFSE. The Mann-Whitney and Kruskal Wallis tests were used to compare the medians and the chi-square test for categorical variables. The level of significance considered was 5% The median interval between the first prenatal consultations at the basic health units (BHU) and at HFSE was 16 days, but much greater intervals were observed in all geographic regions. The non disclosure of seropositivity to the family had statistical significance in increasing the time interval between the first consultations. The delay to perform or to obtain the result of rapid HIV test also had a significant impact in the time interval and occurred in some BHU of all regions of the city of Rio de Janeiro and systematically in the city of Duque de Caxias. The median time interval between the first consultation at the BHU and the request for regulation was 3 days and 7 days between the request for an appointment at SISREG and the date scheduled for the first consultation at HFSE, but again, greater intervals were seen in several BHU located in all geographic regions. These data suggest that problems related to prenatal care procedures in the primary care units occurred in BHU of all regions, including in some BHU with satisfactory performance in other PLHIV attended in the same unit, and that the factors that impacted the referral and access of pregnant women to HFSE were due more as a result of specific problems related to professional teams and the management of certain BHU than to failures in prenatal care guidelines or systemic problems in the SISREG
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