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PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO, POLIFARMÁCIA E FATORES ASSOCIADOS EM UMA COORTE DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO RIO DE JANEIRO
Silva, Robson Pierre Nascimento da | Date Issued:
2022
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A evolução e o acesso à terapia antirretroviral (TAR) reduziram significativamente a morbidade e a mortalidade causada pelo HIV tornando-o uma condição crônica. Com o aumento da sobrevida, e consequentemente envelhecimento, as pessoas que vivem com HIV (PVH) estão mais susceptíveis a existência de múltiplas comorbidades que podem levar ao aumento do uso de medicamentos concomitantes à TAR com consequente ocorrência de reações adversas ou redução da efetividade do tratamento. Objetivos: Descrever o perfil farmacoterapêutico, polifarmácia e seus fatores associados entre PVH no Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: Estudo transversal incluindo PVH em TAR que receberam ao menos uma prescrição médica (ambulatorial ou internação) em 2019. Descrevemos a proporção de medicamentos prescritos segundo classe de antirretroviral e classificação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) estratificada por idade (<50 vs. ≥50 anos). Polifarmácia foi definida como ≥5 medicamentos prescritos, exceto TAR. Modelos de regressão logística avaliaram fatores demográficos e clínicos associados à polifarmácia Resultados: Foram analisadas 143.306 prescrições de 4.547 participantes. A mediana de idade foi de 44,4 anos (IQR: 35,4-54,1) e 1615 (35,6%) tinham ≥50 anos. A maioria era homem cisgênero (2.958; 65,1%) e 224 (4,9%) eram mulheres trans. Mais da metade se autodeclarou preto/pardo (2.582; 56,8%) e apenas 671 (14,9%) concluíram o ensino superior. A mediana de tempo desde o diagnóstico de HIV foi de 10,9 anos (IQR:6,2-17,7). Os medicamentos concomitantes mais prescritos foram das classes do sistema nervoso (64,8%), antiinfecciosos para uso sistêmico (60,0%), trato alimentar e metabolismo (45,9%), sistema cardiovascular (40,0%) e sistema respiratório (37,1%). A prevalência de polifarmácia foi de 50,6% (IC 95%: 49,2-52,1). No modelo logístico multivariado, ser mais velho, mulher cisgênero, ter menor escolaridade e maior tempo de diagnóstico do HIV aumentam as chances de polifarmácia. Conclusões: Altas frequências de polifarmácia e uso concomitante de medicamentos foram encontrados em uma coorte de PVH no Brasil. Protocolos padronizados sobre revisão contínua dos regimes terapêuticos devem ser implementados, especialmente entre certos grupos populacionais como mulheres cis, idosos e àqueles com menor escolaridade
Abstract
Introduction: The evolution and access to antiretroviral therapy (ART) have significantly reduced the HIV-related morbidity and mortality, turning HIV infection into a chronic condition. With increased survival and consequently aging people living with HIV (PWH) are more susceptible to the existence of multiple comorbidities that can lead to increased use of medications concomitant with ART, with the consequent occurrence of adverse reactions or reduced treatment effectiveness. Objectives: We described the pharmacotherapeutic profile, polypharmacy and its associated factors among PWH in Rio de Janeiro, Brazil. Methods: Cross-sectional study including PWH on ART who received at least one medical prescription (outpatient and hospitalized) in 2019. We described the proportion of prescribed medications according to antiretroviral class and Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) index stratified by age (<50 vs. ≥50 years). Polypharmacy was defined as ≥5 medications prescribed except ART. Logistic regression models assessed demographic and clinical factors associated with polypharmacy Results: A total of 143,306 prescriptions of 4547 participants were analyzed. Median age was 44.4 years (IQR:35.4-54.1) and 1615 (35.6%) were ≥50 years. Most were cisgender men (2958; 65.1%) and 224 (4.9%) transgender women. Over half self-declared Black/Pardo (2582; 56.8%) and only 671(14.9%) completed higher education. Median time since HIV diagnosis was 10.9 years (IQR:6.2-17.7). Most frequently prescribed concomitant medications according to ATC classification were nervous system (64.8%), antiinfectives for systemic use (60.0%), alimentary tract and metabolism (45.9%), cardiovascular system (40.0%) and respiratory system (37.1%). Prevalence of polypharmacy was 50.6% (95%CI: 49.2-52.1). On multivariate logistic model, being older, cisgender woman, having less education and longer time since HIV diagnosis increase the odds of polypharmacy. Conclusions: We found high rates of polypharmacy and concomitant medication use in a cohort of PWH in Brazil. Targeted interventions to prevent interactions and improve treatment adherence are warranted, especially among certain groups, such as cisgender women, elderly, and those with lower education. Standardized protocols for continuous review of patients’ therapeutic regimens should be implemented
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