Perfil da inserção profissional dos especialistas em saúde do trabalhador e ecologia humana: um estudo de egressos

Abstract

Buscou-se analisar a inserção profissional de egressos do curso de especialização em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (modalidade presencial) e do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Trabalhador (RMST), compreendidos entre 2013 e 2022, em uma Instituição de Ensino público federal brasileira do município do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo do tipo descritivo, exploratório, de abordagem quantitativa, com egressos do curso de especialização em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (modalidade presencial) e a primeira turma de pós-graduação sob os moldes de Residência Multiprofissional em Saúde do Trabalhador (RMST), formados no período compreendido entre 2013 e 2022. Foi constituído das seguintes etapas: I) Diagnóstico Situacional Observacional; II) Revisão Integrativa da Literatura; III) Construção do Questionário eletrônico 1; IV) Construção do Questionário eletrônico 2; V) Levantamento dos registros dos endereços eletrônicos dos egressos da Instituição de Ensino no período estabelecido; VI) Encaminhamento da Carta Convite; VII) Encaminhamento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para os participantes que aceitaram participar da pesquisa; VIII) Tratamento e análise dos dados dos Questionários eletrônicos 1 e 2; e XI) Apresentação dos resultados à sociedade. Verificou -se a prevalência de pessoas com idade até 30 anos, sexo feminino e gênero mulher cis, autodeclarados brancos e nenhum egresso com deficiência. Serviço Social, Enfermagem e Psicologia, foram as graduações mais frequentes. Maioria dos egressos afirmou ter se formado em instituição pública; acesso sobre o curso por meio do site oficial da ENSP e/ou Cesteh. Maioria dos egressos (55,6%) não se inseriu profissionalmente na área do curso. 37,5% relataram muita dificuldade na inserção no mercado de trabalho na área do curso. A área de atuação na atividade profissional relacionada ao curso foi prevalente na categoria Governo Federal. A principal dificuldade encontrada para inserir-se profissionalmente foi a ausência de vagas compatíveis com o curso e falta de reconhecimento profissional na área. 75% dos egressos levaram menos de 6 meses para inserir-se no mercado de trabalho na área do curso. Constatou-se configuração ruim e preocupante no que tange à inserção profissional da amostra em questão, pois a maioria não se inseriu profissionalmente na área do curso e os egressos que se inseriram encontraram muita dificuldade. Faz-se necessário a elaboração de novos estudos que abordem as perspectivas de inserção profissional dos egressos e concentrem seus esforços na investigação das variáveis aqui apresentadas. Sobretudo, acerca dos desafios enfrentados pelos mesmos na busca de emprego no mercado de trabalho, a fim de subsidiar às instituições formadoras no processo de melhorias, reformulações e implementação de ferramentas de monitoramento e avaliação dos seus egressos.