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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/63887
DISPAREUNIA PROFUNDA 1 ANO APÓS CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA DE ENDOMETRIOSE
Dispareunia
Dor Pélvica
Laparoscopia
Endometriosis
Dyspareunia
Pelvic Pain
Laparoscopy
Endometriose
cirurgia
Dor Pélvica
Laparoscopia
Dyspareunia
Endometriosis
surgery
Pelvic Pain
Laparoscopy
Nadai Filho, Nilton de | Date Issued:
2023
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A endometriose é uma doença crônica associada à dor pélvica e infertilidade, que afeta a vida das mulheres em diversos aspectos como as relações sociais, sexualidade e saúde mental. O tratamento cirúrgico pode auxiliar no tratamento de diferentes tipos de dores relacionadas à endometriose, mas as consequências do procedimento em mulheres que não apresentavam dor antes da cirurgia normalmente não são reportadas. Este estudo observacional multidisciplinar do tipo série de casos avaliou 195 casos consecutivos de mulheres sexualmente ativas que foram submetidas a cirurgia de endometriose para infertilidade ou dor persistente em uma instituição privada especializada em cirurgia minimamente invasiva. O objetivo do estudo foi avaliar as alterações na dispareunia profunda um ano após cirurgia minimamente invasiva para endometriose. De um total de 259 mulheres elegidas para o estudo, 195 atenderam aos critérios de inclusão/exclusão e completaram o acompanhamento clínico de 12 meses após a cirurgia. Usando uma escala verbal numérica (EVN) de 11 pontos (0-10), as mulheres foram agrupadas de acordo com a intensidade da dispareunia profunda relatada antes da cirurgia: AUSENTE (EVN = 0), LEVE (1 ≤ EVN ≤ 3), MODERADA (4 ≤ EVN ≤ 6), e INTENSA (EVN ≥ 7). Em uma análise inicial, houve melhora significativa após 1 ano e quase metade das mulheres com dispareunia profunda (NRS>0) tornou se livre deste sintoma (NRS=0). No grupo AUSENTE (N=87), 11 mulheres reportaram dispareunia profunda 6 meses após a cirurgia, mas apenas 1 persistiu com esse sintoma no seguimento de 1 ano, condição denominada Dispareunia Profunda De Novo. Nos grupos MODERADA (N=41) e INTENSA, a melhora da dispareunia profunda 12 meses após a cirurgia foi significativa (P<0,001). Com base nos resultados, o risco de uma mulher com dispareunia profunda intensa (EVN>7) ser beneficiada pela cirurgia com diminuição do escore ≥ 3 pontos é de 82,2% (IC95%: 72,4-92,0), enquanto o risco de uma mulher sem dispareunia profunda (EVN=0) permanecer sem este sintoma após a cirurgia é de 70,1% (IC95%: 60,3-79,2). Uma análise detalhada dos casos com desfechos desfavoráveis permitiu identificar que o desenvolvimento da dispareunia profunda nos primeiros 6 meses após a cirurgia pode estar relacionado à manipulação cirúrgica do septo retovaginal e vagina, o que não foi comum nos casos que desenvolveram dispareunia profunda 12 meses após a cirurgia.
Abstract
Endometriosis is a chronic disease associated with pelvic pain and infertility that affects women’s lives in various aspects such as social relationships, sexuality and mental health. Surgical treatment can help in treating different types of endometriosis-related pain, but the consequences of the procedure in women who did not experience pain before surgery are usually not. This multidisciplinary case series observational study assessed 195 consecutive cases of sexually active women who had undergone endometriosis surgery for infertility or persistent pain in a private medical facility specialized in minimally invasive surgery. The aim of the study was to evaluate changes in deep dyspareunia one year after minimally invasive endometriosis surgery. Of a total of 259 women selected for the study, 195 met the inclusion/exclusion criteria and completed clinical follow-up 12 months after surgery. Using a numeric rating scale (NRS) of 11 points (0-10), women were grouped according to the intensity of deep dyspareunia prior to surgery: ABSENT (NRS = 0), MILD (1 ≤ NRS ≤ 3), MODERATE (4 ≤ NRS ≤ 6), and SEVERE (NRS ≥ 7). In an initial analysis, there was a significant improvement after 1 year and almost half of women with deep dyspareunia (NRS >0) became free of this symptom (NRS = 0). In the ABSENT group (N=87), 11 women developed deep dyspareunia 6 months after surgery, but only 1 persisted with this symptom in the following 1 year, a condition called De Novo Deep Dyspareunia. In the MODERATE (N=41) and SEVERE groups, the improvement in deep dyspareunia 12 months after surgery was significant (P<0,001). A thorough analysis of the cases with a focus on individual variations allowed the detection of different response patterns over the first year after surgery. According to the findings, the risk of a woman with severe deep dyspareunia (EVN>7) benefiting from surgery with ≥ 3 point decrease in score is 82.2% (IC95%: 72.4-92,0), while the risk of a woman without deep dyspareunia (EVN=0) remaining without this symptom after surgery is 70.1% (IC 95%: 60,3- 79,2). A detailed examination of the cases with negative outcomes revealed that the development of deep dyspareunia in the first 6 months after surgery may be related to surgical manipulation of the rectovaginal septum and vagina, which was not seen in cases with deep dyspareunia 12 months after surgery.
Keywords in Portuguese
EndometrioseDispareunia
Dor Pélvica
Laparoscopia
Endometriosis
Dyspareunia
Pelvic Pain
Laparoscopy
DeCS
DispareuniaEndometriose
cirurgia
Dor Pélvica
Laparoscopia
Dyspareunia
Endometriosis
surgery
Pelvic Pain
Laparoscopy
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