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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/63992
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ThesisCopyright
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-Estar05 Igualdade de gênero
08 Trabalho decente e crescimento econômico
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RELAÇÕES DE GÊNERO NA CONFORMAÇÃO DE UMA NOVA MORFOLOGIA DO TRABALHO: O FAZER-SE DAS AGENTES COMUNITÁRIAS DE SAÚDE
Agente Comunitário de Saúde
Gênero
Cultura do Trabalho Comunitário
Agente de Salud Comunitaria
Género
Cultura de Trabajo Comunitario
Durão, Anna Violeta Ribeiro | Date Issued:
2018
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Essa tese analisa as relações entre gênero e trabalho comunitário em saúde, tendo como objeto de estudo o fazer-se de mulheres-trabalhadoras como Agentes Comunitárias de Saúde. Para tanto, reconstrói a gênese histórica da categoria mediada pelos movimentos sociais populares e pelo Estado, considerando as relações de gênero nos sentidos atribuídos ao trabalho do cuidado. Destaca-se que desde o início do Programa de Agentes Comunitários no Nordeste (1990), foram contratadas mulheres como forma de diminuir a mortalidade materna infantil na região, sendo que um requisito para a contratação dessas trabalhadoras era/é que sejam moradoras das comunidades onde trabalham. O sentido dado à “comunidade” transformou-se nos processos históricos nos quais sua profissão foi forjada, mas manteve uma dimensão de gênero que a compreende como extensão do trabalho doméstico e como tal é significativa de um trabalho precarizado. Para compreender a formação dessas trabalhadoras no município do Rio de Janeiro, além do levantamento da literatura sobre o tema, foram entrevistadas mulheres que por serem antigas na Estratégia de Saúde da Família vivenciaram as transformações no processo de trabalho que ocorreram entre 1999 e 2012 com a expansão da cobertura durante o período. As fontes evidenciam que as experiências construídas em outras esferas da vida - na família, na religião, na escola, na relação como comunidade, entre outras- foram constituintes do trabalho comunitário em saúde marcado por políticas neoliberais que subtraem os direitos de trabalhadores/trabalhadoras. Constatou-se que a solidariedade, historicamente herdada e vivida no âmbito da comunidade, modificou-se ao longo do fazer-se dessas mulheres. Nesse processo, elas construíram uma cultura que permite dar sentido ao seu trabalho e minimizar o quadro de carência, na qual elas e os usuários se inserem. Por fim, analisam-se os efeitos da Reforma da Atenção Primária (2009) na cultura do trabalho comunitário, quando se passa a valorizar a quantidade de informação em detrimento da qualidade, a competição entre os trabalhadores, entre outras estratégias de gestão que fragilizam o vínculo com a comunidade. Para entender as relações de gênero como elemento da cultura do trabalho, bem como o protagonismo das ACS na sua formação, a pesquisa fundamenta-se no pensamento do historiador marxista de E. P. Thompson, principalmente nos conceitos de classe social, cultura e experiência.
Abstract
This thesis analyzes the relations between gender and community health work, having as its object of study the role of women workers as Community Health Agents. To this end, it reconstructs the historical genesis of the category mediated by popular social movements and the State, considering gender relations in the meanings attributed to care work. It is noteworthy that since the beginning of the Community Agents Program in the Northeast (1990), women were hired as a way of reducing maternal and child mortality in the region, and a requirement for hiring these workers was/is that they be residents of the communities where work. The meaning given to “community” was transformed in the historical processes in which their profession was forged, but maintained a gender dimension that understands it as an extension of domestic work and as such is significant of precarious work. To understand the training of these workers in the city of Rio de Janeiro, in addition to surveying the literature on the subject, women were interviewed who, because they were old in the Family Health Strategy, experienced the transformations in the work process that occurred between 1999 and 2012 with the expansion of coverage during the period. The sources show that the experiences built in other spheres of life - in the family, in religion, at school, in the relationship as a community, among others - were constituents of community health work marked by neoliberal policies that take away the rights of workers. It was found that solidarity, historically inherited and lived within the community, changed throughout the lives of these women. In this process, they built a culture that allows them to give meaning to their work and minimize the situation of need in which they and users find themselves. Finally, the effects of the Primary Care Reform (2009) on the culture of community work are analyzed, when the quantity of information starts to be valued at the expense of quality, competition between workers, among other management strategies that weaken the bond with the community. To understand gender relations as an element of work culture, as well as the role of ACS in its formation, the research is based on the thinking of the Marxist historian E. P. Thompson, mainly on the concepts of social class, culture and experience.
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Esta tesis analiza las relaciones entre género y trabajo comunitario en salud, teniendo como objeto de estudio el papel de las trabajadoras como Agentes Comunitarios de Salud. Para ello, reconstruye la génesis histórica de la categoría mediada por los movimientos sociales populares y el Estado, considerando. Relaciones de género en los significados atribuidos al trabajo de cuidados. Es de destacar que desde el inicio del Programa de Agentes Comunitarios en el Nordeste (1990), se contrató a mujeres como una forma de reducir la mortalidad materna e infantil en la región, y un requisito para la contratación de estos trabajadores era/es que fueran residentes de las comunidades donde trabajan. El significado otorgado a “comunidad” se transformó en los procesos históricos en los que se forjó su profesión, pero mantuvo una dimensión de género que lo entiende como una extensión del trabajo doméstico y como tal es significativo del trabajo precario. Para comprender la formación de estos trabajadores en la ciudad de Río de Janeiro, además de revisar la literatura sobre el tema, se entrevistaron mujeres que, por su antigüedad en la Estrategia Salud de la Familia, vivieron las transformaciones en el proceso de trabajo que ocurrieron entre 1999 y 2012 con la ampliación de la cobertura durante el período. Las fuentes muestran que las experiencias construidas en otras esferas de la vida -en la familia, en la religión, en la escuela, en la relación como comunidad, entre otras- fueron constituyentes del trabajo comunitario en salud marcado por políticas neoliberales que quitan derechos a los trabajadores. . Se encontró que la solidaridad, históricamente heredada y vivida dentro de la comunidad, cambió a lo largo de la vida de estas mujeres. En este proceso construyeron una cultura que les permite darle sentido a su trabajo y minimizar la situación de necesidad en la que se encuentran ellos y los usuarios. Finalmente, se analizan los efectos de la Reforma de la Atención Primaria (2009) en la cultura del trabajo comunitario, cuando se pasa a valorar la cantidad de información en detrimento de la calidad, la competencia entre trabajadores, entre otras estrategias de gestión que debilitan el vínculo con la población. comunidad. Para comprender las relaciones de género como elemento de la cultura del trabajo, así como el papel de los ACS en su formación, la investigación se basa en el pensamiento del historiador marxista E. P. Thompson, principalmente en los conceptos de clase social, cultura y experiencia.
Keywords in Portuguese
Trabalho FemininoAgente Comunitário de Saúde
Gênero
Cultura do Trabalho Comunitário
Keywords in Spanish
Trabajo de MujeresAgente de Salud Comunitaria
Género
Cultura de Trabajo Comunitario
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