Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/64450
SAÚDE REPRODUTIVA, TECNOLOGIAS, EMOÇÕES E MATERNIDADE EM QUESTÃO
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Laboratório de Inovação em Terapias, Ensino e Bioprodutos. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Neste trabalho, voltamo-nos para emoções vivenciadas em um relato etnográfico de Gillian M. Golinga-Roy, publicado em 2000 na Feminist Studies, envolvendo uma mãe de aluguel e a família contratante. Apesar de usualmente as mães de aluguel serem vistas como um grupo vulnerável, que vendem seus corpos por dinheiro, este trabalho pretende mostrar como emoções decorrentes de vivências particulares podem criar dinâmicas de empoderamento nesta situação cheia de contradições e de rápidas mudanças emocionais e físicas. Por um lado, a mãe de aluguel crê oferecer o "presente da vida" ao casal contratante. Pelo outro, este vai mudando nos sentimentos em relação ao que significa e significará concretamente virar pais. As ilusões deste papel de mãe de aluguel são contempladas à luz das teorias da sociologia das emoções, considerando as representações da maternidade. Acreditamos que o trabalho etnográfico em que nos baseamos, embora tenha sido publicado há quase 20 anos, é relevante para discutir questões de tecnologias em saúde reprodutiva em contextos permeados por tantas desigualdades sociais.
Abstract
In this work, we turn to emotions experienced in an ethnographic account by Gillian M. Golinga-Roy, published in 2000 in Feminist Studies, involving a surrogate mother and the hiring family. Although surrogate mothers are usually seen as a vulnerable group, who sell their bodies for money, this work aims to show how emotions arising from private experiences can create dynamics of empowerment in this situation full of contradictions and rapid emotional and physical changes. On the one hand, the surrogate mother believes she offers the "gift of life" to the contracting couple. On the other hand, this person's feelings regarding what becoming parents means and will mean concretely will change. The illusions of this surrogate mother role are considered in the light of theories from the sociology of emotions, considering the representations of motherhood. We believe that the ethnographic work on which we are based, although it was published almost 20 years ago, is relevant to discuss issues of reproductive health technologies in contexts permeated by so many social inequalities.
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-abstractes
En este trabajo, recurrimos a las emociones experimentadas en un relato etnográfico de Gillian M. Golinga-Roy, publicado en 2000 en Feminist Studies, que involucra a una madre sustituta y la familia contratante. Aunque las madres sustitutas suelen ser vistas como un grupo vulnerable, que vende sus cuerpos por dinero, este trabajo pretende mostrar cómo las emociones que surgen de experiencias privadas pueden crear dinámicas de empoderamiento en esta situación llena de contradicciones y rápidos cambios emocionales y físicos. Por un lado, la madre subrogada cree ofrecer el "regalo de la vida" a la pareja contrayente. Por otro lado, los sentimientos de esta persona respecto de lo que significa y significará en concreto ser padres cambiarán. Las ilusiones de este rol de madre sustituta son consideradas a la luz de teorías de la sociología de las emociones, considerando las representaciones de la maternidad. Creemos que el trabajo etnográfico en el que nos basamos, aunque fue publicado hace casi 20 años, es relevante para discutir temas de tecnologías de salud reproductiva en contextos permeados por tantas desigualdades sociales.
Share