Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/64485
Type
ThesisCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record
REAÇÕES ADVERSAS RELACIONADAS AO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE
Sant´anna, Flávia Marinho | Date Issued:
2021
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Para analisar as reações adversas aos medicamentos (RAMs) apresentadas por pacientes tratados para tuberculose (TB) após a incorporação do 4ª medicamento, no Brasil, conduzimos um estudo em pacientes que receberam tratamento para TB, acompanhados dentro dos conceitos de boas práticas clínicas, visando a descrição das reações adversas relacionadas ao esquema de doses fixas. Os objetivos deste estudo foram avaliar as RAMs de acordo com o tipo, gravidade e tempo de ocorrência durante o tratamento para TB (1º artigo) e as RAMs e fatores de risco relacionados aos desfechos do tratamento para TB (2º artigo). Foi um estudo de coorte prospectivo de pacientes com diagnóstico de TB acompanhados no LAPCLIN-TB no período entre 2010 e 2016. Foram excluídos: pacientes com micobactérias não tuberculosas, pacientes com resistência à rifampicina e isoniazida e os que abandonaram ou foram a óbito precocemente (antes de 15 dias de tratamento) e com outros diagnósticos. Após o início do tratamento as reações adversas, clínicas e laboratoriais, além de outras doenças ou complicações, foram avaliadas nas visitas. As consultas e exames ocorreram 15 e 30 dias após início do tratamento, e em seguida mensalmente até o fim. As reações adversas foram classificadas de acordo com o órgão e sistemas afetados, intensidade, causalidade e temporalidade. A análise estatística foi conduzida nos pacotes survival e mstate do software livre R versão 3.3. As análises com P-valor ≤0,05 foram consideradas estatisticamente significativas. No primeiro artigo foram incluídos 552 pacientes, 78,8% apresentavam pelo menos uma RAM, 34% eram pessoas vivendo com HIV (PVHIV) As RAMs mais frequentes foram: clínica (53%), precoce (82,5%), leve / moderada (88,7%) e da categoria “distúrbios metabólicos e nutricionais”(26%). Não houve diferenças significativas no tipo, gravidade ou causalidade entre os grupos “precoce” e “tardio”. No entanto, o grupo “precoce” apresentou maior frequência de “distúrbios metabólicos e nutricionais” (27,8%) e “distúrbios do sistema gastrointestinal” (23,5%), enquanto “distúrbios de pele e anexos” foram mais frequentes no grupo “tardio” (23%). As RAMs são frequentes e ocorrem a qualquer momento durante o tratamento, embora a maioria seja precoce e não grave. No segundo artigo, 550 pacientes foram incluídos nas análises, 329 (59,8%) eram do gênero masculino e 193 (35,1%) eram PVHIV. O tempo médio para desenvolver uma RAM foi de 140 dias.. Fumantes, usuários de drogas ilícitas e PVHIV tiveram mais desfechos desfavoráveis. Considerando as PVHIV, 53,1% tiveram desfechos desfavoráveis. Os fumantes tiveram 2,07 (IC 95%: 1,13- 3,80) vezes mais chance de ter perda de seguimento, assim como os usuários de drogas ilícitas [2,07 (IC 95%: 1,09-3,96)] . As PVHIV com uso abusivo de álcool tiveram 2,39 (IC 95%: 1,02-5,51) vezes mais chance para perda de seguimento. O gênero masculino, baixa escolaridade, tabagismo e uso de drogas ilícitas estiveram associados a desfechos desfavoráveis. Em PVHIV, o abuso de álcool e o uso prévio de TARV foram fatores associados a resultados desfavoráveis. A RAM foi mais frequente nos primeiros dois meses de tratamento e não foi associada à perda de seguimento
Abstract
To analyze the adverse drug reactions (ADRs) presented by patients treated for tuberculosis (TB) after the incorporation of the 4th drug, in Brazil, we conducted a study in patients who received treatment for TB, followed up within the concepts of good clinical practices, aiming to the description of adverse reactions related to the fixed dose schedule. The objectives of this study were to evaluate ADRs according to type, severity and time of occurrence during TB treatment (1st article) and ADRs and risk factors related to TB treatment outcomes (2nd article). A prospective cohort study of patients diagnosed with TB followed up at LAPCLIN-TB between 2010 and 2016. The criteria of exclusion were patients with nontuberculous mycobacteria, patients with resistance to rifampicin and isoniazid, and those who abandoned or died early (before 15 days of treatment) and with other diagnoses. After initiation of treatment, adverse clinical and laboratory reactions, as well as other diseases or complications, were evaluated at the visits. Consultations and examinations took place 15 and 30 days after the start of treatment, and then monthly until the end. Adverse reactions classified according to the organ and systems, intensity, causality and temporality. Statistical analysis was on survival and mstate packages of free software R version 3.3. Analyzes with P-value ≤0.05 were statistically significant. In the first article, 552 patients were included, 78.8% had at least one ADR, 34% were people living with HIV (PLHIV) The most frequent ADRs were clinical (53%), early (82.5%), mild/moderate (88.7%) and category “metabolic and nutritional disorders” (26%). There were no significant differences in type, severity or causality between the “early” and “late” groups. However, the “early” group had a higher frequency of “metabolic and nutritional disorders” (27.8%) and “gastrointestinal system disorders” (23.5%), while “skin and adnexal disorders” were more frequent in the second group “late” group (23%). ADRs are frequent and occur at any time during treatment, although most are early and not severe. In the second article, 550 patients were included in the analyses, 329 (59.8%) were male and 193 (35.1%) were PLHIV. The median time to develop an ADR was 140 days. Smokers, illicit drug users and PLHIV had more unfavorable outcomes. Considering PLHIV, 53.1% had unfavorable outcomes. Smokers were 2.07 (95% CI: 1.13-3.80) times more likely to be lost to follow-up, as were illicit drug users [2.07 (95% CI: 1.09-3, 96)]. PLHIV with alcohol abuse were 2.39 (95% CI: 1.02-5.51) times more likely to be lost to follow-up. Male gender, low education, smoking and illicit drug use were associated with unfavorable outcomes. In PLHIV, alcohol abuse and previous use of ART were factors associated with unfavorable outcomes. ADR was more frequent in the first two months of treatment and was not associated with loss to follow up
Share