Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/64527
PERFORMANCE, CORPO, ARTE E CIÊNCIA: ESCRITAS DE SI NO UNIVERSO ESTÉTICO DE ORLAN
Souza, Isabela Cabral Félix de | Date Issued:
2017
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A contemporaneidade vem testemunhando, em diferentes universos da cultura, uma exposição intensa de processos de subjetivação, por meio dos quais se percebem tensionamentos entre o íntimo e o público, o real e o ficcional. Múltiplos processos de escrita – diários, cartas, monólogos – são atravessados por um pagamento de fronteiras entre as experiências do sujeito e construções discursivas a elas acopladas, tornando, por vezes, indiscerníveis, as fronteiras entre o factual e o imaginário. De modo mais específico, a performance – compreendida como uma linguagem artística -, aciona esses tensionamentos, fazendo da figura do performer um sujeito que opera no limite entre a experiência, o ato de criação e a linguagem, convocando o espectador a se deslocar da assistência para a interação, por meio de trocas concretas e simbólicas, em que ambos são mutuamente afetados. Este trabalho tem por objetivo, partindo das contribuições de Arfuch (2010) e Klinger (2007) acerca das escritas de si e do conceito de autoficção, problematizar as relações entre o biográfico, o estético, o científico e o político na obra da performer francesa Orlan – criadora do “Manifesto da Arte Carnal” -, tomando como referência principal sua performance “A reencarnação de Santa Orlan”, nos anos 90, na qual a artista se submeteu a uma série de nove cirurgias plásticas, filmadas em tempo real, de modo a questionar os limites entre a opressão sobre o corpo feminino, as intervenções cirúrgicas, a reinvenção de si e processos identitários.
Abstract
Contemporary times have witnessed, in different cultural universes, an intense exposure of subjectivation processes, through which tensions are perceived between the intimate and the public, the real and the fictional. Multiple writing processes – diaries, letters, monologues – are crossed by a payment of boundaries between the subject's experiences and discursive constructions coupled to them, sometimes making the boundaries between the factual and the imaginary indiscernible. More specifically, performance - understood as an artistic language - triggers these tensions, making the figure of the performer a subject who operates on the limit between experience, the act of creation and language, calling on the spectator to move away from the assistance for interaction, through concrete and symbolic exchanges, in which both are mutually affected. This work aims, based on the contributions of Arfuch (2010) and Klinger (2007) about self-writing and the concept of autofiction, to problematize the relationships between the biographical, the aesthetic, the scientific and the political in the work of the French performer Orlan – creator of the “Manifesto da Arte Carnal” –, taking as her main reference her performance “A reincarnação de Santa Orlan”, in the 90s, in which the artist underwent a series of nine plastic surgeries, filmed in real time, from in order to question the limits between oppression of the female body, surgical interventions, reinvention of the self and identity processes.
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-abstractes
La época contemporánea ha sido testigo, en diferentes universos culturales, de una intensa exposición de procesos de subjetivación, a través de los cuales se perciben tensiones entre lo íntimo y lo público, lo real y lo ficticio. Múltiples procesos de escritura (diarios, cartas, monólogos) son atravesados por una serie de límites entre las experiencias del sujeto y las construcciones discursivas acopladas a ellas, lo que a veces hace que los límites entre lo fáctico y lo imaginario sean indiscernibles. Más concretamente, la performance - entendida como lenguaje artístico - desencadena estas tensiones, haciendo de la figura del performer un sujeto que opera en el límite entre la experiencia, el acto de creación y el lenguaje, llamando al espectador a alejarse de la asistencia para la interacción. , a través de intercambios concretos y simbólicos, en los que ambos se afectan mutuamente. Este trabajo pretende, a partir de los aportes de Arfuch (2010) y Klinger (2007) sobre la autoescritura y el concepto de autoficción, problematizar las relaciones entre lo biográfico, lo estético, lo científico y lo político en la obra de los franceses. la performer Orlan – creadora del “Manifiesto da Arte Carnal” –, tomando como principal referente su performance “A reincarnação de Santa Orlan”, de los años 90, en la que la artista se sometió a una serie de nueve cirugías plásticas, filmadas en tiempo real, desde para cuestionar los límites entre la opresión del cuerpo femenino, las intervenciones quirúrgicas, la reinvención del yo y los procesos identitarios.
Share