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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/64539
INTRADERMORREAÇÃO DE MONTENEGRO: CORRELAÇÃO COM EVOLUÇÃO CLÍNICA E RESPOSTA TERAPÊUTICA NA LEISHMANIOSE CUTÂNEA
Alternative title
Montenegro intradermal reaction: correlation with clinical evolution and therapeutic response in cutaneous leishmaniasisAffilliation
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Santo Antônio de Jesus, BA, Brasil.
Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Salvador, BA, Brasil.
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Doenças Tropicais. Salvador, BA, Brasil.
Universidade Federal do Sul da Bahia. Teixeira de Freitas, BA, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Muniz. Salvador, BA, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Muniz. Salvador, BA, Brasil.
Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Salvador, BA, Brasil.
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Doenças Tropicais. Salvador, BA, Brasil.
Universidade Federal do Sul da Bahia. Teixeira de Freitas, BA, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Muniz. Salvador, BA, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Muniz. Salvador, BA, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A leishmaniose tegumentar (LT) causada por protozoários do gênero Leishmania tem a forma clínica mais usual a leishmaniose cutânea (LC) representada por úlceras com bordas elevadas e fundo granuloso. O diagnóstico por demonstração direta do parasito em material da lesão, utilizando-se meios de cultura ou reação em cadeia de polimerase (PCR) é ideal, porém restritas a centros de referência. A intradermorreação de Montenegro (IDRM) era, até pouco tempo, o único recurso auxiliar no diagnóstico da LT. Possui boa sensibilidade (86 a 100%) e especificidade de quase 100%. Objetivo(s): Avaliar a associação da negatividade da IDRM com o curso clínico e desfecho terapêutico
de pacientes com LC. Material e Métodos: O estudo foi realizado na área endêmica de Corte e Pedra na Bahia. Participantes foram pacientes com LC ativa que tinham a IDRM negativa, virgem de tratamento e com controles, pacientes com LC e IDRM positiva, pareados por sexo, idade. Foi coletado tecido por biopsia para PCR e anatomopatológico, e sangue para avaliação da resposta imune. O antígeno solúvel de leishmania (ASL) foi feito utilizando isolado de L. braziliensis (MHOM/BR/2001) e o teste realizado com inoculação de 25 μg do antígeno em 0,1ml na superfície ventral de antebraço e a induração medida entre 48 a 72 horas. O teste foi positivo quando a induração era igual ou maior que 5mm. Resultados e Conclusão: Entre 2016 e 2020 foram avaliados 72 pacientes com LC e Montenegro negativo e 72 controles. Não houve diferença com relação a idade e o sexo. O grupo de Montenegro negativo apresentou, quando comparado com o grupo controle, maior média de tempo de evolução da doença (58, 5± 41,6 X 37,2±17,6 dias P=0.0002). O número de lesões foi semelhante, mas a área da maior lesão (1078±3008 mm2 X 239,1± 254,1mm2 P= 0.02) e a taxa de falha ao tratamento com antimonial (56,6% X 29,5% P=0.003) foi maior no grupo com Montenegro negativo do que no observado em pacientes com Montenegro positivo. O tempo de cura foi também maior nos pacientes Montenegro negativo comparados aos positivos (122,2±87,1 X 79±52,5 dias P=0.001). Houve ainda no grupo de pacientes Montenegro negativos, maior necessidade de tratamento com drogas de segunda escolha e presença de lesões atípicas. Conclusão: A intradermorreação de Montenegro pode ser um importante marcador de presença de lesões atípicas, maior área ulcerada, maior falha terapêutica e maior tempo para alcançar a cura, indicando a necessidade de tratamento mais eficaz.
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