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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/64603
EPIDEMIAS DE MEDO: A FEBRE AMARELA E O CÓLERA EM MEADOS DO SÉCULO XIX NA CORTE
Gomes, Marcus Vinicius Rubim | Date Issued:
2023
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
As grandes epidemias de febre amarela em 1849-50 e de cólera em 1855-56 foram consideradas marcos na história da saúde na cidade do Rio de Janeiro. Antes da ocorrência destas epidemias e de suas consequências, já havia discussões sobre a salubridade das ruas, das moradias, das igrejas e dos espaços públicos; entretanto, foi a partir da experiência dos dois flagelos epidêmicos apontados que o discurso tomou maiores proporções e medidas foram, de fato, adotadas. Esta pesquisa tem como objetivo demonstrar quais interpretações foram produzidas sobre as epidemias através da perspectiva do medo, percebendo as particularidades dos dois períodos estudados, assim como as características de cada epidemia. Através da pesquisa nos periódicos, utilizando o recorte temporal de dezembro de 1849 a maio de 1850 e de julho de 1855 a maio de 1856, foi possível perceber o medo da doença e as visões de uma morte inesperada causada por consequência dela. Com isso, a presença destas duas doenças, em forma epidêmica, na cidade, abre espaço para uma investigação acerca dos discursos produzidos na época da comunidade médica, política e leiga. Nestes discursos podemos perceber o impacto social destas doenças e as suas representações de medo, possibilitando a comparação entre os dois momentos em questão.
Abstract
The yellow fever epidemic in 1849-50 and cholera epidemic in 1855-56 were considered landmarks in the history of health in the city of Rio de Janeiro. Even before the occurrence of these epidemics and their consequences, there were already discussions about the salubrity of streets, houses, churches and public spaces; however, it was from the experience of the two epidemic scourges pointed out that the discourse took on greater proportions and measures
were, in fact, adopted. This research aims to demonstrate which interpretations were produced about the epidemics through the perspective of fear, perceiving the particularities of both periods, as well as the characteristics of each epidemic. Through research in periodicals, using the time frame from December 1849 to May 1850 and from July 1855 to May 1856, it was possible to perceive the fear of the disease and the visions of an unexpected death caused as a
result of it. Therefore, he presence of these two diseases, in epidemic form, in the city, opens space for an investigation into the discourses produced at the time, whether from the medical, political or lay community. In these speeches we can perceive the social impact of these diseases and their representations of fear, allowing the comparison between the two moments in question.
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