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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/64944
Type
DissertationCopyright
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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QUANDO A DOR NÃO CABE EM CÁPSULAS: A PERCEPÇÃO DOS MÉDICOS ATUANTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ACERCA DO CUIDADO À DEPRESSÃO
Medicalização
Antidepressivos
Atenção Primária à Saúde
Religião
Estudos de Avaliação como Assunto
Inquéritos e Questionários
Estudos Transversais
Medicalization
Depression
Antidepressive Agents
Primary Health Care
Façanha, Anna Silvia de Oliveira | Date Issued:
2024
Alternative title
When pain doesn't fit into pills: the perception of medical doctors working in Primary Health Care about depression careAdvisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A depressão é considerada mundialmente uma doença de alta prevalência. Discute-se isso ocorre devido a uma tendência de medicalizar questões da ordem do campo social e da experiência humana. A Atenção Primária à Saúde (APS) ocupa um lugar importante nesse cuidado devido ao alto índice de atendimentos de transtornos e sofrimento mental e por seu papel de porta de entrada, podendo ser barreira ou facilitação para as prescrições antidepressivas. Esta pesquisa objetiva entender a percepção de médicos e médicas atuantes na APS sobre o diagnóstico e o cuidado ao transtorno depressivo. A pesquisa foi realizada com profissionais da AP 1.0, região central do município do Rio de Janeiro, através de questionário de abordagem quantitativa. Um total de 47 profissionais responderam à pesquisa, o que corresponde a 28% dos médicos lotados na AP 1.0. A maioria dos respondentes eram mulheres (66%), brancas (80,9%), com idade variando de 25 a 30 anos (48,9%), sem religião (57,4%), com especialidade em MFC (57,4%) e menos de 1 ano de trabalho na mesma equipe (44,7%). A maioria percebeu aumento das prescrições de antidepressivos nos últimos 3 anos (74,5%); considera que médicos frequentemente tratam tristeza normal como doença (66%); e que o sofrimento mental devido a causas sociais, como desemprego, dificuldades econômicas e violência urbana frequentemente levam à prescrição de antidepressivos (91,5%). A maioria considera ainda que a rede de saúde mental não está disponível para o encaminhamento de casos graves de depressão (89,4%) e que os usuários são medicados com antidepressivos porque não há oferta suficiente de psicoterapias (100%). Diante das repostas, conclui-se que, na opinião dos respondentes, ocorre a sobremedicação da tristeza e sofrimento devido a causas sociais Além disso, os médicos sentem-se preparados para o cuidado à depressão ao mesmo tempo que apontam a deficiência da rede de saúde mental, levando-nos a afirmar que a APS vem ampliando sua abordagem a esse transtorno, o que corrobora a necessidade do fortalecimento da rede e de maior treinamento relacionado a esse tema aos profissionais.
Abstract
Depression is considered a highly prevalent disease worldwide. It is argued that this occurs due to a tendency to medicalize issues in the social field and human experience. Primary Health Care (PHC) occupies an important place in this care due to the high rate of care for mental disorders and suffering and its role as a gateway, which can be a barrier or facilitation for antidepressant prescriptions. This research aims to understand the perception of doctors working in PHC about the diagnosis and management of depressive disorder. The research was carried out with professionals from Rio de Janeiro’s central area using a quantitative questionnaire. A total of 47 professionals responded to the survey, which corresponds to 28% of medical doctors working in this area. Most respondents were women (66%), white (80.9%), aged between 25 and 30 years (48.9%), without religion (57.4%), with a specialty in Family Medicine (57, 4%) and less than 1 year of work in the same place (44.7%). The majority noticed an increase in antidepressant prescriptions in the last 3 years (74.5%); considers that doctors often treat normal sadness as an illness (66%); and that mental suffering due to social causes, such as unemployment, economic difficulties and urban violence, often leads to the prescription of antidepressants (91.5%). The majority also consider that the mental health network is not available to refer serious cases of depression (89.4%) and that users are medicated with antidepressants because there are not enough psychotherapy appointments (100%). Given the answers, it is concluded that, in the opinion of the respondents, sadness and suffering are overmedicated due to social causes Furthermore, doctors feel prepared to care for depression, but also point out the deficiency of the mental health network, leading us to state that PHC has been expanding its approach to this disorder, which corroborates the need to strengthen of the network and improve training related to this topic for professionals.
DeCS
DepressãoMedicalização
Antidepressivos
Atenção Primária à Saúde
Religião
Estudos de Avaliação como Assunto
Inquéritos e Questionários
Estudos Transversais
Medicalization
Depression
Antidepressive Agents
Primary Health Care
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