A Percepção do Enfermeiro Diante do Óbito Fetal

Abstract

Trata-se de uma pesquisa cujo objeto é a percepção dos enfermeiros obstétricos diante do óbito fetal. De uma maneira geral, o profissional enfermeiro que escolhe a especialidade da obstetrícia tem como realização um parto e nascimento saudáveis, geralmente são estes os profissionais que atuam diretamente na formação do vínculo mãe e bebê, estimulam o aleitamento materno, são ativos nos movimentos de humanização do parto e nascimento, entretanto parece não haver um preparo para lidar com o luto, já que sua especialidade está diretamente relacionada ao início da vida e não ao fim dela. Neste sentido algumas questões ganham destaque: Qual a conduta do enfermeiro diante da perda gestacional? O enfermeiro se sente preparado para cuidar da mulher – gestante, parturiente e puérpera – que vivencia o óbito fetal? Objetivo geral: Analisar a percepção dos enfermeiros obstétricos, de uma unidade de alto risco fetal, sobre sua atuação nos cuidados à mulher que vivencia o óbito fetal. Objetivo específicos: Identificar como se dá o cuidado dos enfermeiros obstétricos à mulher que vivencia o óbito fetal. Descrever como o enfermeiro obstétrico se percebe diante do óbito fetal. Propor um protocolo operacional padrão para o cuidado de enfermagem obstétrica à mulher com perda gestacional. O estudo se situa, do ponto de vista teórico, no campo da saúde da mulher. Os olhares dos enfermeiros obstetras foram o ponto de partida para pesquisa. A metodologia utilizada foi um estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. Os resultados obtidos apontaram para três categorias: 1) Aspectos estruturais e organizacionais na maternidade; 2) Enfermeiros Obstétricos fazendo utilização das tecnologias não invasiva de cuidados de enfermagem obstétricos (TNICEO) em gestante com diagnóstico de óbito fetal; 3) Sentimentos dos profissionais de enfermagem, na assistência de um parto com óbito fetal. Conclui-se que os enfermeiros apesar de sentirem pelo momento e se sensibilizarem com a mulher e sua família, procuram se organizar em meio às dificuldades geradas pela estrutura a fim de oferecer um cuidado humanizado. Estimulamos a utilização de um protocolo assistencial padronizado a fim de que o melhor cuidado seja utilizado por toda a equipe assistencial e não se limite a pessoas ou plantões específicos. Esperamos com os resultados obtidos poder ajudar o enfermeiro favorecendo cada vez mais o aprimoramento de sua assistência.