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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/65889
KLEBSIELLA PNEUMONIAE MULTIDROGA RESISTENTE E PRODUTORA DE β-LACTAMASE DE ESPECTRO ESTENDIDO CAUSANDO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RECORRENTE DE ORIGEM COMUNITÁRIA: RELATO DE CASO
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.
Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil
Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil
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Abstract in Portuguese
Objetivos(s): Reportar um caso de infecção do trato urinário recorrente (ITUR) por K. pneumoniae multidroga resistente (MDR) com produção de β-lactamase de espectro estendido (ESBL) de origem comunitária. Relato do Caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos de idade, viúva, com diabetes mellitus, hipertensão, artrite reumatoide e anemia. Compareceu ao LACTFAR-UFBA para realização de urocultura em novembro de 2013. Paciente apresentava ardência vaginal, prurido vulvar, disúria, febre e urgência miccional. A urocultura foi positiva para K. pneumoniae MDR com produção de ESBL. A paciente retornou ao laboratório nos anos seguintes e a mesma bactéria foi isolada até janeiro de 2020, totalizando 18 episódios de ITUR. A paciente negou histórico de procedimentos relacionados à assistência à saúde antes da realização das uroculturas. Todos os isolados (100%, 18/18) foram resistentes às cefalosporinas de 1ª a 4ª gerações, aztreonam (17/17) e sulfametoxazol/trimetoprim (14/14); 94% (17/18) a ciprofloxacino, 83% (15/18) a nitrofurantoína, 44% (8/18) a amoxicilina/ácido clavulânico, 38% (6/16) a gentamicina e 24% (4/17) a piperacilina/tazobactam. Todos os isolados foram MDR, produtores de ESBL e suscetíveis a amicacina e aos carbapenêmicos. Dez isolados foram criopreservados e submetidos à caracterização molecular. Todos os isolados (10/10) apresentaram os genes de resistência blaSHV e blaCTX-M-1; 50% (5/10) tinham blaOXA-1- like e 30% (3/10) possuíam blaTEM. Todas as cepas foram clássicas, com o mesmo perfil de virulência (genes uge, wabG, fimH, mrkD, entB, ybtS e ureA). Dois padrões clonais distintos (A e B) foram observados no PFGE (XbaI). O padrão A apresentou os subpadrões A1 (quatro isolados indistinguíveis), A2 e A3 (um isolado cada). Já o padrão B, dois subpadrões: B1 (três isolados indistinguíveis) e B2 (um isolado). O padrão A foi responsável pela ITUR de 2016 a 2018 e o padrão B, de 2019 a 2020. Embora dois padrões, os isolados são geneticamente relacionados, com similaridade de >80% (análise do
dendrograma). Conclusão: K. pneumoniae MDR com produção de ESBL na comunidade é preocupante, pois dificultam ainda mais a terapia que em muitos casos ocorre de forma empírica, podendo levar a consequências graves para o paciente. Portanto, é importante conhecer e relatar a existência desses perfis em ITUR, bem como avaliar estratégias alternativas de tratamento para resolução desse quadro clínico.
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