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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/66146
AVALIAÇÃO DO MANEJO CLÍNICO E TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM CLÍNICAS VETERINÁRIAS DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS
Leishmania/parasitologia
Leishmaniose Visceral Canina/tratamento
Maia, Rafaella Gomes Nobre | Date Issued:
2020
Author
Advisor
Co-advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brazil.
Abstract in Portuguese
A leishmaniose visceral canina (LVC) apresenta-se como uma importante doença parasitária em cães, em função das suas características clínicas, e de seu potencial de transmissão zoonótico. O tratamento de cães não é uma medida recomendada pelo Ministério da Saúde (MS) como estratégia para o controle da transmissão, pois não diminui a importância do cão como reservatório do parasito. Em 2016, o MAPA e o MS, autorizaram o uso do produto Milteforan® (Virbac) para o tratamento da leishmaniose visceral de cães no Brasil. A partir dessa autorização, faz-se necessário a avaliação do manejo clínico e tratamento da leishmaniose visceral canina adotado por diferentes médicos veterinários no município de Belo Horizonte, Minas Gerais. Os dados para a avaliação no manejo clínico da LVC foram coletados em quatro clínicas de Belo Horizonte, sendo sediadas nas regionais Centro-Sul, Norte, Barreiro e Nordeste, onde foram coletados dados a respeito no manejo clínico da doença: métodos diagnósticos, exames clínicos para estadiamento do animal, estado vacinal, protocolo de tratamento adotado, exames realizados após o tratamento e medidas profiláticas recomendadas. Em todas as clínicas, a maioria dos animais atendidos foi proveniente da própria região da clínica, com exceção da clínica localizada na regional Norte, que apresentou maior distribuição entre as regiões as quais os cães eram provenientes. O método diagnóstico empregado para o diagnóstico da LVC foi diferente entre as clínicas, sendo a associação entre ELISA e RIFI o método mais utilizado. A partir dos exames clínicos dos animais e informações contidas na ficha clínica, foi possível estadiar a gravidade da doença dos animais. A liberação do uso do Milteforan® para tratamento da LVC parece ter influenciado o aumento do seu uso do ano de 2016 para o ano de 2017. O estágio da doença mostrou correlação com o tipo de tratamento recomendado ao animal, onde animais em estágio de doença mais grave apresentaram menor tratamento com medicamentos leishmanicidas, enquanto animais em estágios menos graves da doença apresentaram maior tratamento com medicamentos leishmanidas comparado a estes. Os estágios menos graves da doença, estágio I e II, apresentaram maior número de animais em tratamento. Os tratamentos com maior número de animais tratados foram a Imunoterapia ou Imunoterapia associada a adjuvantes, e Milteforan® associado à domperidona e alopurinol. Foi observada pouca informação acerca do estado vacinal dos animais na ficha clínica, porém 94% dos animais vacinados se encontravam no estágio I e nenhum deles nos estágios mais avançados da doença (III e IV) em contraste com os animais não vacinados que 57% foram classificados no estágio I da doença. Foi observado que as medidas profiláticas para a LVC recomendadas pelos veterinários ainda englobam mais os animais, quase não sendo recomendadas medidas que englobam também o ambiente em que estes animais vivem.
Abstract
The canine visceral leishmaniasis (CVL) is as an important parasitary dog disease due to its clinic characteristics and for its zoonotic transmission potential. Canine treatment is not recommended by Ministério da Saúde (MS) as a transmission control strategy for it does not minimize dog`s importance as a parasite reservoir. In 2016, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) and MS authorized dog treatment using Milteforan® (Virbac) against CVL in Brazil. Starting that time it became necessary to evaluate clinic handling and treatment of CVL adopted by different veterinarians at the city of Belo Horizonte, Minas Gerais. Data for evaluation and clinic handling of CVL was collected on four clinics of Belo Horizonte, based on South Center, North, Barreiro and Northeast regions, where data of clinical handling (diagnostic methods, clinical examination for disease staging, vaccine statuses, treatment protocol adopted, clinical exams taken after the treatment and recommended prophylactic measures) of the disease has been collected. On all clinics, majority of attended animals were from the clinic's own region, exception only for the North region clinic which demonstrated the largest region distribution from which dogs were coming. The diagnostic method used for CVL varied from one clinic to another, being ELISA and RIFI the ones most used. From animal exams and information on their clinical record it has been possible to determine disease stage on the animals. Milteforan® authorization for CVL treatment seems to have influenced its usage increase from 2016 to 2017. Disease stage have been correlated to recommended treatment type for the animal, where the ones on advances disease stages were treated with less leishmanicidal medicines and the ones on earlier states, treated with more leishmanicidal medicines compared to the other ones. The lesser serious disease stages, stages I and II, presented the highest number of animals being treated. Treatments with the highest number of animals were Immunotherapy and Immunotherapy associated to an adjuvant along with Milteforan® associated to Domperidone and Allopurinol. It has been observed little information regarding vaccinal status for the animals on their clinical record, although 94% of them that were vaccinated were on stage I and none of them where on more advanced stages (III and IV) in contrast to animals not-vaccinated, from which 57% were classified on stage I. It has been observed that prophylactic measures for CVL recommended by veterinarians still focus more on the animals, with barely no recommendation also including the surrounding environment where they live
DeCS
Leishmaniose Visceral Canina/parasitologiaLeishmania/parasitologia
Leishmaniose Visceral Canina/tratamento
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