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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/66394
PINTAMOS DE URUCUM, JENIPAPO E POÁ: OUTRAS CORES EM DIÁLOGO COM A CIÊNCIA E COM A SAÚDE
Pintamos con achiote, genipapo y poá: otros colores en diálogo con la ciencia y la salud
Almeida, Diádiney Helena de | Date Issued:
2024
Alternative title
We paint with annatto, genipapo and poá: other colors in dialogue with science and healthPintamos con achiote, genipapo y poá: otros colores en diálogo con la ciencia y la salud
Author
Affilliation
Universidade Estadual de Santa Cruz. Ilhéus, BA, Brasil.
Abstract in Portuguese
A trajetória na ciência de Diádiney Helena de Almeida é um caminho formado de muitas vozes, cheias de ervas e de sons de folhas e galhos estalando no chão, pois o contato com as mulheres e com os homens ligados à natureza e seus usos de ervas para cura compõem não só a sua história de vida como também os seus interesses e motivações para a compreensão do mundo. Em entrevista à Reciis, a historiadora narra sobre suas pesquisas marcadas por leituras a contrapelo de documentos históricos, evidenciando a história vista de baixo, do cotidiano e da perspectiva de sujeitos marginalizados, particularmente, dos curadores populares, rotulados como curandeiros cujas práticas de cura foram apropriadas pela medicina brasileira do século XIX. A partir dos estudos, a pesquisadora percebe como as concepções de saúde e de doença dos povos indígenas foram rejeitados, descontextualizados e inferiorizados por um discurso científico guiado pelo extrativismo epistêmico em relação aos povos tradicionais. Preocupada com a permanência deste método colonial na forma de produzir conhecimento, questiona: “como é que a gente povoa esse conhecimento e essa concepção de saúde com outros corpos e com outras cores? A gente pinta isso de urucum, jenipapo, e dá uma revirada, não é?” Diádiney Helena de Almeida é professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
Abstract
The trajectory of Diádiney Helena de Almeida in science is a path shaped by many voices, the smells of
herbs and the sounds of leaves and branches cracking on the ground. Her connection with nature and the
use of herbs for healing not only form a part of her life story but also her interests and motivations for understanding the world. In an interview with Reciis, the historian talks about her research, characterized by
reading historical documents against the grain, highlighting history from below, through the daily lives and
perspectives of marginalized subjects, particularly popular healers, labeled as curandeiros, whose healing
practices were historically appropriated by medicine. Through these studies, the researcher now notes how
the health and disease concepts of indigenous peoples were rejected and decontextualized by a scientific
discourse driven by epistemic extractivism regarding traditional peoples. Diádiney Helena de Almeida is a
professor at Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
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La trayectoria de Diádiney Helena de Almeida en la ciencia es un camino formado por muchas voces, los
olores de hierbas y sonidos de hojas y ramas crujientes en el suelo. El contacto con la naturaleza y el uso
de hierbas para la curación no solo forman parte de su historia de vida, sino también de sus intereses y
motivaciones para comprender el mundo. Entrevistada por Reciis, la historiadora narra investigaciones
marcadas por lecturas a contracorriente de documentos históricos, destacando la historia vista desde abajo,
desde el cotidiano y la perspectiva de sujetos marginados, en particular, los curadores populares, rotulados
como curandeiros, cuyas prácticas de curación fueron apropiadas históricamente por la medicina. A partir
de estos estudios, la investigadora hoy percibe cómo las concepciones de salud y enfermedad de los pueblos
indígenas fueron rechazadas y descontextualizadas por un discurso científico guiado por el extractivismo
epistémico en relación con los pueblos tradicionales. Diádiney Helena de Almeida es profesora em la
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
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