Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/66447
SER PARTEIRA EM MANAUS: PRÁTICAS DE CUIDADO NO CONTEXTO URBANO
Jarquín Rivas, Raquel del Socorro | Date Issued:
2024
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Leônidas & Maria Deane. Manaus, AM, Brasil.
Abstract in Portuguese
Antes do século XVII, o parto era uma prática exclusivamente feminina, conduzida por
mulheres experientes da comunidade. Com o avanço da medicina e o surgimento de profissões
obstétricas formais, o cuidado durante o parto passou a ser realizado por especialistas em
maternidades. A partir do século XVII, surgiram instrumentos como o fórceps e técnicas como
a cesárea, o que impulsionou a medicalização do parto. No entanto, apesar dessas mudanças, as
parteiras tradicionais continuaram desempenhando um papel crucial, especialmente em áreas
rurais e de difícil acesso, onde prestavam assistência às gestantes e parturientes. O texto explora
a trajetória das parteiras e a importância cultural de suas práticas, enfatizando suas técnicas
tradicionais de cuidado durante o parto e após o nascimento. Além disso, discute as políticas de
saúde relacionadas ao reconhecimento e integração das parteiras no sistema de saúde. Nas áreas
urbanas, as parteiras enfrentaram desafios legais e sociais, com a criminalização de suas práticas
e a negação do seu conhecimento. No entanto, algumas parteiras urbanas conseguiram se
organizar em associações, recebendo apoio e qualificação para aprimorar suas habilidades
técnicas. Apesar da predominância dos partos hospitalares, ainda há uma parcela significativa
de partos realizados em casa, especialmente em regiões rurais e comunidades indígenas na
Amazônia, onde as parteiras tradicionais continuam a desempenhar um papel vital.
Abstract
Before the 17th century, childbirth was an exclusively female practice, conducted by
experienced women in the community. With the advancement of medicine and the emergence
of formal obstetric professions, care during childbirth began to be carried out by specialists in
maternity wards. From the 17th century onwards, instruments such as forceps and techniques
such as cesarean sections emerged, which boosted the medicalization of childbirth. However,
despite these changes, traditional midwives continued to play a crucial role, especially in rural
and difficult-to-reach areas, where they provided care to pregnant women and women in labor.
The text explores the trajectory of midwives and the cultural importance of their practices,
emphasizing their traditional care techniques during childbirth and after birth. Furthermore, it
discusses health policies related to the recognition and integration of midwives in the health
system. In urban areas, midwives faced legal and social challenges, with the criminalization of
their practices and the denial of their knowledge. However, some urban midwives managed to
organize themselves into associations, receiving support and qualifications to improve their
technical skills. Despite the predominance of hospital births, there is still a significant
proportion of births carried out at home, especially in rural regions and indigenous communities
in the Amazon, where traditional midwives continue to play a vital role.
Share