Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/66824
TRABALHO, RACIONALIZAÇÃO E EMANCIPAÇÃO: DE MARX AO MARXISMO, E A VOLTA
Trabajo, racionalización y emancipación: de Marx al marxismo, y vuelta
Lucas, Marcílio Rodrigues | Date Issued:
2016
Alternative title
Work, rationalization, and emancipation: from Marx to marxism, and the returnTrabajo, racionalización y emancipación: de Marx al marxismo, y vuelta
Author
Affilliation
Universidade Federal da Grande Dourados. Faculdade de Ciências Humanas. Curso de Ciências Sociais. Dourados, MS, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este ensaio propõe uma reflexão sobre a relação entre trabalho e emancipação no pensamento marxista, à luz dos dilemas enfrentados pela esquerda e pelas organizações da classe trabalhadora no século XX. O objetivo central foi indicar como importantes pensadores e grupos vinculados ao marxismo contribuíram, de diferentes formas, na formação das bases ideológicas e na constituição concreta dos dois modelos de organização da produção e da vida social que predominaram após a Segunda Guerra Mundial: o compromisso fordista nos países de capitalismo avançado e o modelo soviético implantado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e difundido pelos países-satélites que formavam o bloco socialista. Nesse sentido, buscou-se mostrar que essa atuação implicou dilemas e tensões importantes, sobretudo quanto ao posicionamento em relação à racionalização do trabalho e aos métodos tayloristas de organização da produção. Além disso, indicou-se que a tendência predominante foi uma interpretação da teoria de Marx que reduzia a importância da crítica ao trabalho industrial e assalariado, legitimando um projeto de 'sociedade do trabalho' estranho aos fundamentos essenciais do legado marxiano. No entanto, a crise desses modelos, verificada nas últimas décadas do século passado, abre espaço para o revigoramento dos aspectos mais férteis da crítica de Marx à sociabilidade capitalista.
Abstract
This essay proposes a reflection on the relationship between work and emancipation in Marxist
thought in the light of the dilemmas the left and
working class organizations faced in the twentieth
century. The main goal was to show how important
thinkers and groups linked to Marxism contributed,
in different ways, to forming the ideological foundations and to the concrete constitution of the two organizational models of production and social life that
prevailed after the Second World War: The Fordist
commitment in the advanced capitalist countries, and
the Soviet model implemented in the USSR and disseminated by satellite countries that made up the socialist bloc. In this sense, the aim was to show that
this action implied important dilemmas and tensions,
particularly in the position in relation to the rationalization of work and the Taylorist methods of organizing production. Moreover, also shown was that
the prevailing trend was an interpretation of Marx's
theory that reduced the importance of the critique of
industrial labor and of the wage earner, legitimizing
a ‘work society’ project foreign to the essential foundations of the Marxian legacy. However, the crisis
faced by these models, witnessed in the last decades
of the last century, makes room for the reinvigoration of the most fertile aspects of Marx's critique of
capitalist sociability.
Share