Analysis of multiple components involved in the interaction between Cryptococcus neoformans and Acanthamoeba castellanii

Abstract

Cryptococcus neoformans é um fungo ambiental que pode causar meningoencefalite letal em indivíduos imunocomprometidos. Os mecanismos pelos quais os micróbios ambientais se tornam patogênicos para mamíferos ainda são obscuros, mas diferentes estudos sugerem que a virulência fúngica evoluiu da seleção imposta por predadores ambientais. A Acanthamoeba castellanii que vive no solo é um predador bem conhecido de C. neoformans. Neste trabalho, avaliamos a participação de estruturas associadas à virulência de C. neoformans na interação de células fúngicas com A. castellanii. Vesículas extracelulares fúngicas (EVs) e o polissacarídeo glucuronoxilomanano (GXM) foram internalizados por A. castellanii sem impacto na viabilidade de células amebais. EVs, mas não GXM livre, modulavam as propriedades antifúngicas de A. castellanii induzindo maior sobrevivência de levedura. A fagocitose de C. neoformans por células amebais e o potencial patogênico em um modelo de Galleria mellonella não foram afetados por EVs, mas interações anteriores com A. castellanii tornaram as células fúngicas mais eficientes em matar esse hospedeiro invertebrado. Essa observação foi aparentemente associada a mudanças acentuadas induzidas por amebas na arquitetura da superfície e maior resistência a espécies moleculares derivadas de oxigênio e nitrogênio. Nossos resultados indicam que múltiplos componentes com potencial para impactar a patogênese estão envolvidos nas interações ambientais de C. neoformans.