RADIS: Comunicação e Saúde, número 266, novembro

Abstract

O texto celebra os 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), destacando sua origem, evolução e impacto social. Fundado após ocupações de terras improdutivas no Rio Grande do Sul, o MST nasceu da luta por reforma agrária e se consolidou como o maior movimento popular da América Latina, reunindo hoje 400 mil famílias assentadas e 70 mil acampadas. O movimento é reconhecido por avanços em agroecologia, educação crítica e organização econômica solidária, como a produção de 16 mil toneladas de arroz orgânico e 7 milhões de litros de leite por dia. O texto também aborda a relação do MST com a saúde, iniciada em 1988, quando contribuiu para a descentralização da saúde no Rio Grande do Sul, um marco para a criação do SUS. Destaca ainda iniciativas como o uso de plantas medicinais e sua incorporação ao sistema público de saúde. Outros temas incluem denúncias sobre laudos falsos de HIV em laboratório privado, alertas sobre mudanças climáticas, avanços na vacinação e pesquisas sobre doenças negligenciadas. O texto reflete sobre as eleições municipais, que ampliaram a representatividade de grupos minoritários, e sobre a luta dos povos indígenas contra o “marco temporal”. Por fim, homenageia Lélia Gonzalez, ícone feminista e antirracista, cuja trajetória inspira reflexões sobre gênero, raça e classe, além de reforçar o impacto de seu legado na construção de novas gerações conscientes e críticas.