Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/67374
A FORMAÇÃO CLÍNICA E A PRODUÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE E NA ENFERMAGEM
Alternative title
Clinical training and the production care in health and nursingAffilliation
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Mossoró, RN, Brasil / Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil.
Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil / Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil.
Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, Brasil / Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil.
Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil / Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil.
Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, Brasil / Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este ensaio propõe uma discussão sobre a clínica na prática e na formação acadêmica da enfermagem com base em referenciais teórico-conceituais situados no campo da filosofia, tendo como pistas as relações de poder, saber e subjetividade presentes no encontro entre os sujeitos implicados com a produção do cuidado em saúde e com a formação acadêmica. A clínica na enfermagem foi impregnada pelo referencial biomédico, o que lhe conferiu alguns atributos que condicionaram sua prática: a pretensa neutralidade nas relações entre quem cuida e quem é cuidado, bem como a objetificação dos sujeitos, dos problemas e das necessidades de saúde que limita o olhar e as possíveis intervenções elaboradas no sentido de atendê-las. Nesta perspectiva, estas se pautam na compreensão da doença apenas em sua dimensão orgânica. Encontramos na filosofia espinosista a clínica como um encontro potencializador dos sujeitos, espaço de recriação e ressignificação da vida. Em Epicuro, esse encontro produz também desvios, movimentos aversos a estaticidade e apatia. Partindo dessas concepções, entendemos que a reconstrução da prática clínica no trabalho do enfermeiro passa necessariamente pela reconstrução das relações entre os sujeitos envolvidos na formação e pela produção de dispositivos mobilizadores de subjetividades
Abstract
This essay proposes a discussion on the
practice and academic training in nursing based on
theoretical and conceptual references in the field of
philosophy, taking as cues the relationships of power,
knowledge, and subjectivity in the meeting between
the subjects involved with the production of health
care and academic education. The nursing practice
was impregnated by biomedical references, which
conferred it a few attributes that have imposed limitations on it: the supposed neutrality in the relationships between those who provide care and those who
are cared for, the problems and needs in health that
limit the analysis and possible interventions developed in order to meet them. From this perspective, they
are guided in seeking to understand disease only in
its organic dimension. In Spinoza's philosophy, the
clinical practice is a place that potentializes the subjects, a space to recreate and give new meaning to life.
In Epicurus, this place also produces deviations, movements that are averse to changelessness and apathy.
Based on these conceptions, we argue that the reconstruction of the clinical practice in nursing work should
observe the reconstruction of the relationships among
the individuals involved in the training and the production of devices that set subjectivities into motion.
Share