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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/67452
VALIDAÇÃO TOTALMENTE INDEPENDENTE DOS INSTRUMENTOS MATRIZ-INI, MERIS E IMEPAG-GROUP PARA PREVISÃO DE INCIDENTES RELACIONADOS À PRESCRIÇÃO DE PACIENTES INTERNADOS COM DOENÇAS INFECCIOSAS
INcidentes
Prescrição de Medicamentos
Doenças Infecciosas
Previsão
Erros de Medicação
prevenção e controle
Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos
Pacientes Internados
Doenças Transmissíveis
tratamento farmacológico
Serviço de Farmácia Hospitalar
Rezende, Renato Barbosa | Date Issued:
2023
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Indivíduos hospitalizados recebem assistência complexa e eventos adversos a medicamentos (EAM) são os que ocorrem com maior frequência. A atuação do farmacêutico clínico é uma barreira de segurança que minimiza tais riscos. Porém, disponibilizar número suficiente de farmacêuticos para atender à carga de trabalho cada vez mais elevada com qualidade e segurança é um grande desafio. Modelos de previsão de eventos adversos (EA) e incidentes preveníveis relacionados com a prescrição de medicamentos (IPRM) podem ser valiosos para otimizar a atuação do farmacêutico clínico. Teste realizado recentemente com instrumento de previsão desenvolvido em população brasileira em 2011 não se mostrou viável no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). A equipe do referido estudo desenvolveu um instrumento próprio que foi validado externamente para uma população de pacientes com doenças infecciosas, demonstrando que sua versão atualizada para esta população foi mais eficiente. Objetivos: Validar instrumentos de previsão de risco de incidentes relacionados com a prescrição de medicamentos, tanto o desenvolvido empiricamente no INI como instrumentos alternativos, em pacientes portadores de doenças infecciosas. Métodos: Tratou-se de um estudo de segmento observacional com seleção sequencial dos participantes. Foram selecionados pacientes adultos portadores de doenças infecciosas, admitidos na enfermaria do INI no período de junho de 2019 a março de 2020. Os instrumentos aplicados e validados foram: Matriz-INI, MERIS e IMEPAG-group. Consideraram-se como desfecho os IPRM que atingiram os pacientes. O plano de análise foi executado incluindo uma etapa de validação dos modelos e outra de comparação entre os diferentes instrumentos Apresentaram-se medidas de calibração como “slope” e intercepto, e discriminação como AUC ROC como medidas de desempenho e reclassificação das probabilidades do desfecho. As áreas sob a curva ROC foram comparadas duas a duas pelo método não paramétrico de DeLong. Foram estimados os índices de reclassificação “Integrated Discrimination Improvement” e o “Net Reclassification Index”. Resultados: Foram rastreados 219 pacientes, sendo incluídos 212 participantes. Apresentaram IPRM durante a internação 78,77% dos indivíduos. Os preditores dos três instrumentos em geral foram considerados preditores ruins com pequeno potencial de incremento nas probabilidades de IPRM. Os desempenhos globais (AUC ROC inferiores a 0,70) e por semana dos três instrumentos foram considerados aquém do desejado. Houve em geral discretos incrementos de discriminação, de sensibilidade e de especificidade, além de pequena piora nos padrões de calibração dos modelos ao longo da internação. As ferramentas Matriz-INI e IMEPAG-group classificaram os participantes nos níveis de risco mais baixos inicialmente e durante toda a internação, apesar da alta proporção de eventos. Houve mudança na classificação de risco ao longo da internação, o que sugere necessidade de avaliação periódica do farmacêutico clínico. Comparando-se os três modelos, não se observou diferença estatisticamente significativa entre os desempenhos dos instrumentos, não evidenciando melhorias nas reclassificações, apesar do modelo IMEPAG-group ter se comportado discretamente melhor diante dos demais. Conclusão: Foi possível validar externamente os três instrumentos na população do estudo. Nenhum dos modelos apresentou desempenho preditivo suficiente. É necessário o desenvolvimento de uma ferramenta específica para a previsão de IPRM em pacientes internados com doenças infecciosas
Abstract
Hospitalized individuals receive complex care and adverse drug events (ADE) are the most frequent events. The performance of the clinical pharmacist is a safety barrier that minimizes such risks. However, providing a sufficient number of pharmacists to meet the ever-increasing workload with quality and safety is a major challenge. Prediction models of adverse events (AE) and preventable incidents related to prescription of drugs (IRPD) can be valuable to optimize the pharmacist's performance. A test carried out recently with a forecasting instrument developed in the Brazilian population in 2011 did not prove to be feasible at the Evandro Chagas National Institute of Infectology (INI). The team of that study developed its own instrument that was externally validated for a population of patients with infectious diseases, demonstrating that its updated version for this population was more efficient. Objectives: To validate instruments for predicting the risk of IRPD, one developed empirically at the INI and two alternative instruments, in patients with infectious diseases. Methods: This was an observational follow-up study with sequential selection of participants. Adult patients with infectious diseases admitted to the INI ward were selected in the period from June 2019 to March 2020. The validated instruments were: Matriz-INI, MERIS and IMEPAG-group. The outcome was the IPRD that reached the patients. The analysis plan was carried out including a model validation step and a comparison step between the different instruments. Calibration measures such as slope and intercept, and discrimination such as AUC ROC as performance measures and reclassification of outcome probabilities were presented. The AUC ROC curves were compared two by two by DeLong's non-parametric method. The reclassification rates Integrated Discrimination Improvement and the Net Reclassification Index were estimated Results: 219 patients were screened, including 212 participants. 78.77% of the individuals presented IPRM during hospitalization. The predictors of the three instruments in were not good predictors not showing a potential increase in the probabilities of IPRM. The global (AUC ROC less than 0.70) and weekly performances of the three instruments were considered insufficient. There were, in general, slight increases in discrimination, sensitivity and specificity, in addition to a slight decrease in the calibration indexes of the models during hospitalization. The Matriz-INI and IMEPAG-group tools classified participants at the lowest risk levels initially and throughout the hospitalization, despite the high proportion of events. There was an overlapping of the mean risk scores in most weeks, both as a function of the risk group and the presence or absence of IPRM. There was a change in the risk classification during hospitalization, which suggests the need for periodic evaluation by the clinical pharmacist. Comparing the three models, no statistically significant difference was observed between the performances of the instruments, not showing improvements in the reclassifications, despite the IMEPAG-group model having behaved slightly better compared to the others. Conclusion: It was possible to externally validate the three instruments in the study population. None of the models showed sufficient predictive performance. It is necessary to develop a specific tool for predicting IPRM in hospitalized patients with infectious diseases
Keywords in Portuguese
Farmácia ClínicaINcidentes
Prescrição de Medicamentos
Doenças Infecciosas
Previsão
DeCS
Prescrições de MedicamentosErros de Medicação
prevenção e controle
Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos
Pacientes Internados
Doenças Transmissíveis
tratamento farmacológico
Serviço de Farmácia Hospitalar
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