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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/67613
CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NO CONTEXTO DA COVID-19
Saúde Mental
Profissionais da Saúde no Espírito Santo
COVID-19
Saúde Mental
Profissionais da Saúde
Condições de Trabalho
Biossegurança
Contenção de Riscos Biológicos
COVID-19
Estudos Epidemiológicos
Work Conditions
Mental Health
Health Professionals
Silva, Adriana Aparecida da | Date Issued:
2024
Alternative title
Working conditions and mental health of health professionals in the state of Espírito Santo in the context of COVID-19Author
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A pandemia da COVID-19 causou milhares de mortes e representou uma tragédia para a população do Brasil e do mundo. Ocorreu em um período em que os sistemas de saúde não estavam preparados e ocasionou uma verdadeira crise em distintos setores da sociedade, destacando problemas de diversas ordens que provavelmente repercutirão por muitas décadas. Os profissionais da saúde foram fundamentais na assistência aos pacientes infectados, na prevenção de agravos e de contaminação da população, expostos a demandas insalubres antes mesmo da pandemia com remunerações baixas, sobrecarga de trabalho em ambientes hostis e inseguros, jornadas de trabalho extensas, vínculos de trabalho frágeis, vivenciando fatores de risco de adoecimento físico e mental. O foco do estudo foi os profissionais de saúde no contexto da COVID-19 no estado o Espírito Santo, utilizando parte dos dados da pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no contexto da pandemia” (pesquisa-mãe) (ENSP/FIOCRUZ, 2020-2021). Foram produzidas tabulações especiais para o estado, com recorte nas questões específicas em consonância com o objetivo central do estudo, ou seja, analisar as condições de trabalho e a saúde mental dos profissionais da saúde na linha de frente no contexto da pandemia por COVID-19 no Espírito Santo, permitindo assim conhecer a realidade das condições de trabalho e saúde mental desta Força de Trabalho no âmbito do SUS no estado. Como objetivos específicos buscou-se: traçar o perfil sociodemográfico dos profissionais de saúde da linha de frente do ES no combate à pandemia da COVID-19; identificar os tipos de estabelecimento de saúde, vínculos e jornadas de trabalho de trabalho desses profissionais; conhecer e analisar as condições de trabalho e a biossegurança quanto à disponibilidade de EPI para os profissionais e analisar as motivações e sentimentos deles em relação à sua vida pessoal e profissional no contexto da pandemia. Observou-se que do total de 520 participantes, a maioria do sexo feminino (72,9%), encontravam-se concentrados em duas categorias profissionais, Médicos (as) e Enfermeiros (as) (70,9%), as faixas etárias entre 26 e 50 anos foram prevalentes (72,7%), sendo a maioria da raça branca (60,2%); trabalhando em estabelecimentos majoritariamente parte do SUS (mais de 60%), sob vínculos que não conferem proteção da legislação trabalhista; em jornadas de trabalho semanal acima de 41 horas (47,9%), 48,5% excedente além da habitual devido à pandemia. Constatou-se escassez de Máscara cirúrgica (16,3%), Capote/Avental (12,5%) e Máscara N95/PFF2 (12,2%). Cerca de 1/3 dos profissionais encontrava-se previamente adoecidos e metade relatou alteração significativa na sua vida cotidiana em decorrência da pandemia. Ainda assim, 60,6% apontaram sentimento de proteção contra a COVID-19 no ambiente de trabalho e os que não se sentiam protegidos apontaram o medo generalizado de contaminação como a principal causa (25,8%) Conclui-se que serão necessários investimentos e políticas públicas para otimizar as condições de trabalho e saúde mental daqueles que cuidam, para que um dos desafios do SUS e do próprio estado sejam cumpridos, no que tange o cuidado à qualidade de vida dos profissionais de saúde no ambiente de trabalho, com vistas à promoção de seu bem-estar físico e psicoemocional.
Abstract
The COVID-19 pandemic caused thousands of deaths and represented a tragedy for the population of Brazil and the world. It occurred at a time when health systems were not prepared and caused a real crisis in different sectors of society, highlighting problems of different orders that will probably have reverberations for many decades. Health professionals were fundamental in assisting infected patients, preventing the worsening and contamination of the population, exposed to unhealthy demands even before the pandemic with low pay, work overload in hostile and unsafe environments, long working hours, fragile work relationships, experiencing risk factors for physical and mental illness. The purpose of this study was the health professionals in the context of COVID-19 in the state of Espírito Santo, using part of the data from the research “Working Conditions of Health Professionals in the context of the pandemic” (main/original research) (ENSP/FIOCRUZ, 2020-2021). A special type of data analysis was produced for the state, aiming on specific questions that aligns with the central point of this study: analyze the working conditions and mental health of frontline health professionals in the context of the COVID-19 pandemic. in the state of Espírito Santo. Therefore, allowing us to understand the reality of the working conditions and mental health of this Workforce within the setting of SUS in the state. The specific objectives were: to outline the sociodemographic profile of ES frontline health professionals in the fight against the COVID-19 pandemic; identify the types of health establishment, links and working hours of these professionals; know and analyze working conditions and biosafety regarding the availability of PPE for professionals and analyze their motivations and feelings in relation to their personal and professional lives in the context of the pandemic. It was observed that of the total of 520 participants, the majority were female (72.9%), were focused in two professional categories, Doctors and Nurses (70.9%), the age groups between 26 and 50 years old were predominant (72.7%), with the majority being white (60.2%); working in establishments that are mostly part of the SUS (more than 60%), under contracts that do not provide protection under labor legislation; in weekly working hours above 41 hours (47.9%), 48.5% in excess of what is usual due to the pandemic. There was a shortage of Surgical Mask (16.3%), Cape/Apron (12.5%) and N95/PFF2 Mask (12.2%). Around 1/3 of the sample was previously ill and half reported significant changes in their daily life as a result of the pandemic. Even so, 60.6% indicated a feeling of protection against COVID-19 in the workplace and those who did not feel protected pointed to the general fear of contamination as the main cause (25.8%) It is decided that investments and public policies will be necessary to optimize the working conditions and mental health of those professionals, so that one of the challenges of the SUS and the state itself are met, in terms of matters for the quality of life of health professionals. in the work environment, aiming to promote their physical and psycho-emotional well-being.
Keywords in Portuguese
Condições de TrabalhoSaúde Mental
Profissionais da Saúde no Espírito Santo
COVID-19
DeCS
Condições de TrabalhoSaúde Mental
Profissionais da Saúde
Condições de Trabalho
Biossegurança
Contenção de Riscos Biológicos
COVID-19
Estudos Epidemiológicos
Work Conditions
Mental Health
Health Professionals
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