Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/67719
Type
ArticleCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
05 Igualdade de gênero10 Redução das desigualdades
16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Collections
- ENSP - Artigos de Periódicos [2411]
Metadata
Show full item record
CASA-ABRIGO, UMA PRISÃO ÀS AVESSAS: QUANDO A PROTEÇÃO ÀS VÍTIMAS AS APRISIONA
Alternative title
Women's shelter, a prison in reverse: when the protection of victims imprisons themAffilliation
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Centro Biomédico. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O artigo teve como objetivo conhecer uma casa-abrigo para mulheres em situação de violência por parceiros íntimos (VPI) em risco iminente de morte localizada no estado do Rio de Janeiro a partir da percepção de seus profissionais. Para tanto, a pesquisa teve abordagem qualitativa e foram realizadas entrevistas semiestruturadas com sete profissionais envolvidos/as diretamente no atendimento e na assistência às mulheres atendidas pela casa-abrigo. A interpretação dos achados se deu por meio da técnica de análise de conteúdo temática preconizada por Bardin. Além disso, foi traçado o perfil das mulheres e crianças abrigadas no ano de 2021, com base nos dados disponibilizados pela instituição. Em termos conceituais, este trabalho debruçou-se sobre referenciais teóricos feministas interseccionais. Entre os resultados, argumenta-se que a casa-abrigo está permeada por contradições, desde suas normativas às práticas institucionais: por um lado, representa uma possibilidade de “salvação”, isto é, de interrupção da escalada da violência e, portanto, de impedimento do feminicídio, mas, por outro, aparece como uma prisão “às avessas”, que “prende” as vítimas. Aponta-se a importância e a urgência de pensar novas formas de garantir proteção às mulheres que necessitam desse tipo de abrigamento.
Abstract
This article aimed to know a Shelter for women in situations of intimate partner violence at imminent risk of death located in the state of Rio de Janeiro from the perception of its professionals. To this end, this qualitative research adopted semi-structured interviews with seven professionals directly involved with the care and assistance to the Shelter’s user population. The findings were interpreted through Bardin’s thematic content analysis. Moreover, the profile of the women and children sheltered in 2021 was drawn based on the data provided by the institution. In conceptual terms, this work focused on intersectional feminist theoretical references. Among the results, we argue that the shelter is permeated by contradictions, from its normative idealizations to institutional practices: on the one hand, the shelter represents the possibility of salvation, that is, of interrupting the escalation of violence and, therefore, preventing femicide. However, on the other hand, it appears as an upside-down prison, which “incarcerates” the victims. We highlight the importance of thinking about new ways to ensure protection for women who need this shelter.
Share