Diferentes inserções da psicologia na saúde da família: um relato de experiência Bahia

Abstract

A Reforma Sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) impulsionaram uma abordagem integral, incluindo a dimensão social do processo saúde-doença. A psicologia emergiu como uma profissão ativa na saúde pública durante esse período. A Atenção Básica, especialmente a Estratégia Saúde da Família (ESF), tornou-se central nesta abordagem, embora a inserção plena da psicologia ainda seja desafiadora, exigindo programas de residências e especializações. O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB), formalizou a presença de psicólogos na Atenção Primária à Saúde, visando integrar cuidados físicos e mentais dos usuários do SUS. Este relato tem como objetivo descrever a inserção da psicologia na ESF e problematizar as experiências da psicóloga como parte de uma equipe multiprofissional, ressaltando desafios e potencialidades. O estudo trata-se de relato de experiência de caráter qualitativo, que descreve a vivência de uma psicóloga residente em um programa de Residência Multiprofissional de Saúde da Família. O relato aborda atividades como acolhimento, atendimentos individuais, compartilhados e domiciliares, reuniões de Nasf-AB/equipes e intersetoriais, educação permanente e atividades coletivas, analisando-as sob as dimensões clínico-assistencial e técnico-pedagógica. Conclui-se que a inserção recente da psicologia na Atenção Primária enfrenta desafios devido à falta de familiaridade dos profissionais de saúde com essa prática. A ideia limitada do papel do psicólogo reflete em uma formação acadêmica inadequada para o compromisso com o SUS A residência proporcionou uma compreensão abrangente das condições de vida da população e contribuiu para o aprimoramento das habilidades necessárias na área da saúde pública, consolidando a psicologia como uma profissão necessária na Unidade de Saúde da Família