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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/68078
IMUNIDADE CELULAR E MARCADORES IMUNOGENÉTICOS NO ESPECTRO CLÍNICO DA INFECÇÃO PELO SARS-COV-2
Pacheco, Vanessa da Silveira dos Santos | Date Issued:
2023
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O vírus da COVID-19 foi identificado em 2019 na China e se espalhou por todo o mundo. Em janeiro de 2020, a OMS declarou o surto do novo coronavírus como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, nível mais alto de alerta da Organização, e em março passou a classificar a COVID-19 como uma pandemia, tendo infectado, até hoje, mais de 765 milhões de pessoas e os óbitos já passam de 6,9 milhões em todo o mundo. A transmissão da COVID-19 é causada, principalmente, por perdigotos provenientes do trato respiratório, e afeta o sistema respiratório, com o sintomas desde um resfriado comum, podendo levar a pneumonia grave e culminando com a morte do paciente. Conhecer a resposta imune ao SARS-CoV-2 é fundamental para definir marcadores de imunidade e contribuir no desenvolvimento e avaliação de vacinas e terapias. A disfunção imune associada a aumento da resposta inflamatória são responsáveis pela disfunção orgânica. A exacerbação da doença é consequência não só do dano causado diretamente pelo vírus, mas também do processo inflamatório. Importante também investigar polimorfismos associados ao desfecho da COVID-19 na população brasileira, não só para traçar o perfil de risco de populações para determinadas doenças infecciosas, como também para definir terapias personalizadas e design de vacinas. Assim, com o objetivo de analisar mecanismos envolvidos nas respostas imune celular e humoral, um estudo de coorte de 70 casos de COVID-19 foi estabelecido e acompanhado por 60 dias, com avaliação seriada de parâmetros de imunidade celular, anticorpos anti-SARS-CoV-2, carga viral, hemograma, indicadores de função hepática, renal e inflamação, bem como avaliação do perfil genético e polimorfismos. Os sintomas mais comuns para os casos graves foram: fadiga, dispneia, tosse, mialgia e/ou artralgia, febre e dor de cabeça Para casos não graves: fadiga, mialgia e/ou artralgia, cefaléia, tosse e anosmia. Comorbidades estão presentes em casos graves com COVID-19. Valores de hemoglobina foram menores nos casos graves. Em relação às condições médicas, a comorbidade (incluindo doença cardiovascular, diabetes, doença respiratória crônica, hipertensão) está presente em casos graves da doença. No perfil laboratorial, os valores de hemoglobina foram menores nos casos graves. Ferritina, D-dímero e proteína C-reativa tinham índices maiores em casos graves de COVID-19 e podem ser utilizados como preditores de desfecho das infecções. Os pacientes não graves apresentaram aumento da expresão de genes das vias de interferon enquanto pacientes graves, diminuição na expressão de genes relacionados à resposta de linfócitos T
Abstract
COVID-19 virus was first identified in 2019 in China and has spread all over the world. In January 2020, WHO declared the outbreak of the new coronavirus as a Public Health Emergency of International Concern, the Organization’s highest alert level and, in March, it began to classify COVID-19 as a pandemic, having infected more than 765 million people until today. Deaths already exceed 6.9 million worldwide. The transmission of COVID-19 is mainly caused by droplets from the respiratory tract, and affects the respiratory system, with symptoms ranging from a common cold, which can lead to severe pneumonia and culminating in the patient’s death. Knowing the immune response to SARS-CoV-2 is essential to define immunity markers and contribute to the development and evaluation of vaccines and therapies. Immune dysfunction associated with increased inflammatory response are responsible for organ dysfunction. The disease’s exacerbation is the consequence not only of the damage caused directly by the virus, but also of the inflammatory process. It is also important to investigate polymorphisms associated with the COVID-19 outcome in Brazilian population, not only to outline the population risk profile for certain infectious diseases, but also to define personalized therapies and vaccine design. Thus, with the aim of analyzing mechanisms involved in cellular and humoral immune responses, a cohort study of 70 COVID-19 cases was established and followed up for 60 days, with serial cellular immunity parameters evaluation, anti-SARS-CoV-2 antibodies, viral load, blood count, liver and kidney function indicators and inflammation, as well as evaluation of genetic profile and polymorphisms. The most common symptoms for severe cases were: fatigue, dyspnoea, cough, myalgia and/or arthralgia, fever and headache. For nonsevere cases: fatigue, myalgia and/or arthralgia, headache, cough and anosmia Comorbidities were present in severe cases with COVID-19. Hemoglobin values were lower in severe cases. Regarding medical conditions, comorbidity (including cardiovascular disease, diabetes, chronic respiratory disease, hypertension) is present in severe cases of the disease. In the laboratory profile, hemoglobin values were lower in severe cases. Ferritin, D-dimer and C-reactive protein had higher rates in severe cases of COVID-19 and can be used as predictors of the outcome of infections. Non-severe patients showed increased expression of interferon pathway genes while severe patients, decreased expression of genes related to T lymphocyte response
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