Advisor | Constantino, Patricia | |
Author | Borret, Rita Helena do Espirito Santo | |
Access date | 2025-01-21T17:42:05Z | |
Available date | 2025-01-21T17:42:05Z | |
Document date | 2024 | |
Citation | BORRET, Rita Helena do Espirito Santo. As Casas da Diferença como lócus de produção de cuidado em saúde: mulheres negras e lésbicas por um paradigma de humanidade. 2024. 261 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2024. | en_US |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/68167 | |
Abstract in Portuguese | Raça, gênero, sexualidade e classe são matrizes de opressão que estruturam o sistema mundo moderno/colonial e atuam de maneira imbricada na produção de relações sociais que sustentam a colonialidade e influenciam os processos de subjetivação, de socialização e de saúde e adoecimento. Desde os processos de desumanização colonial, negras e lésbicas em diáspora têm resistido nas fraturas desse sistema. Reconhecer os impactos da lesbofobia em intersecção com o racismo e com o machismo nos processos de subjetivação, socialização e saúde-adoecimento é essencial para pensar cuidado em saúde integral e evitar violências e iniquidades. A prática de cuidado em saúde produzida pela biomedicina moderna/colonial não é neutra, objetiva e universal, atuando como braço importante da operacionalização e manutenção da colonialidade. Com o intuito de pensar práticas de cuidado capazes de romper com a lógica moderna/colonial de opressão e desumanização, este trabalho tem como tema a produção de cuidado em saúde a partir de uma perspectiva decolonial e emancipatória, por isso pretende conhecer práticas de cuidado identificadas e produzidas por mulheres cisgênero lésbicas negras cariocas que produzem estratégia de (sobre)viver, existir e romper com a colonialidade imposta. A pesquisa utilizou um percurso metodológico capaz de reconhecer e reivindicar a condição de sujeito de lésbicas negras, a escrevivência, a metodologia abebênica e da produção científica em co-labor. As coparticipantes evidenciam que tornar-se negra e lésbica são movimentos complexos, difíceis e que requerem um contexto social facilitador para emancipação e possibilidade de libertação e bem viver autopercepção de saúde de lésbicas negras reconhece o sofrimento e adoecimento provocados pelo racismo e lesbofobia em associação ou não com outros marcadores sociais de diferença. As coparticipantes não reconhecem a instituição de saúde como espaço de cuidado, mas sim de medo e violências. Como estratégias de bem-estar, lésbicas negras identificam a prática de atividades físicas e a realização de psicoterapia, desde que racializada, e identificam como estratégias de bem viver o samba, o aquilombamento entre pessoas negras, entre mulheres negras e entre lésbicas negras, a luta, via movimento social, pelo direito à cidadania, o contato com a natureza e a vivência de religiões de matriz africana. Para que o SUS seja capaz de efetivar seus princípios doutrinários, esta pesquisa defende que todos profissionais de saúde precisam operacionalizar o paradigma da humanidade e aprender, a partir das estratégias de cuidado de lésbicas negras, como produzir saúde com vistas ao bem-estar e ao bem viver. | en_US |
Language | por | pt_BR |
Rights | open access | |
Subject in Portuguese | Racismo | pt_BR |
Subject in Portuguese | Interseccionalidade | pt_BR |
Subject in Portuguese | Mulheres Lésbicas | pt_BR |
Subject in Portuguese | Saúde Pública | pt_BR |
Subject in Portuguese | Integralidade em Saúde | pt_BR |
Title | As Casas da Diferença como lócus de produção de cuidado em saúde: mulheres negras e lésbicas por um paradigma de humanidade | pt_BR |
Alternative title | The houses of difference as a locus of health care production: lesbian black women aiming a paradigm of humanity | en_US |
Type | Thesis | |
Defense date | 2024-09-18 | |
Departament | Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca | en_US |
Defense Institution | Fundação Oswaldo Cruz | en_US |
Place of Defense | Rio de Janeiro | en_US |
Program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública | en_US |
Co-Advisor | Santos, Maria de Fátima Lima | |
Abstract | Race, gender, sexuality, and class are matrices of oppression that structure the modern/colonial world system and act in an intertwined manner in the production of social relations that sustain coloniality and influence the processes of subjectivization, socialization, health, and illness. Since the processes of colonial dehumanization, black women and lesbians in the diaspora have resisted the fractures of this system. Recognizing the impacts of lesbophobia intersecting with racism and sexism in the processes of subjectivization, socialization, and health and illness is essential to thinking about comprehensive health care and avoiding violence and inequities. The healthcare practice produced by modern/colonial biomedicine is not neutral, objective, and universal, acting as an important arm of operationalizing and maintaining coloniality. To think about care practices capable of breaking with the modern/colonial logic of oppression and dehumanization, this work has as its theme the production of health care from a decolonial and emancipatory perspective. Therefore, it aims to learn about care practices identified and produced by black lesbian cisgender women from Rio de Janeiro who create a strategy to (sur)vive, exist, and break with the imposed coloniality. The research used a methodological approach capable of recognizing and claiming the subject condition of black lesbians, writing, the abebênica methodology, and scientific production in co-labor. The co-participants show that becoming black and lesbian are complex, difficult movements that require a facilitating social context for emancipation and the possibility of liberation and well-being The self-perception of the health of black lesbians recognizes the suffering and illness caused by racism and lesbophobia in association or not with other social markers of difference. The participants do not recognize the health institution as a space for care, but rather for fear and violence. As strategies for well-being, black lesbians identify the practice of physical activities and psychotherapy, as long as it is racialized, and identify as strategies for well-being samba, the quilombola movement among black people, among black women and black lesbians, the fight, through social movements, for the right to citizenship, contact with nature and the experience of religions of African origin. For the SUS to implement its doctrinal principles, this research argues that all health professionals need to operationalize the paradigm of humanity and learn, based on the care strategies of black lesbians, how to produce health with a view to well-being and well-being. | en_US |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | en_US |
Subject | Racism | en_US |
Subject | Intersectionality | en_US |
Subject | Lesbian Women | en_US |
Subject | Public Health | en_US |
Subject | Comprehensive Health | en_US |
DeCS | Racismo | pt_BR |
DeCS | Mulheres Lésbicas | pt_BR |
DeCS | Interseccionalidade | pt_BR |
DeCS | Integralidade em Saúde | pt_BR |
DeCS | Saúde Pública | pt_BR |
DeCS | Pesquisa Qualitativa | pt_BR |
DeCS | Racism | pt_BR |
DeCS | Intersectionality | pt_BR |
DeCS | Lesbian Women | pt_BR |
DeCS | Public Health | pt_BR |
DeCS | Comprehensive Health | pt_BR |