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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/68565
COVID-19 AND TIMES OF CRISIS: BETWEEN RISK AND CARE
Alternative title
Covid-19 e tempos de crise: entre o risco e o cuidadoAuthor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este artigo reflete sobre as noções de risco e cuidado em contextos de crise, tendo em vista a experiência social da covid-19. Trata-se de compreender como as instituições e os sujeitos que protagonizaram o debate público lidaram com a noção de perigo. O foco do artigo incide sobre os seguintes eixos de reflexão: o discurso midiático, os pronunciamentos do então presidente Bolsonaro, o posicionamento de profissionais de saúde e a perspectiva de sujeitos no cotidiano dos cuidados e do adoecimento. A análise de material jornalístico, pronunciamentos de autoridades governamentais e trabalhos científicos sobre os dois primeiros anos da pandemia revelou a polissemia dessas concepções. Observa-se uma tensão em torno da noção de gravidade, uma vez que a pandemia tanto era vista como evento ordinário quanto excepcional; e o cuidado formulado como dimensão individual e, também, coletiva; na qual os cuidadores estavam marcados pela vulnerabilidade, angústia e exaustão. A experiência pandêmica nesse contexto se deu sob a égide do desamparo estatal e institucional, diante de condições políticas marcadas pelo recrudescimento da extrema direita e o governo Bolsonaro.
Abstract
The article reflects on the notions of risk and care in crisis contexts, taking into account the social experience of COVID-19. The focus is to understand how the institutions and individuals who took part in the public debate dealt with the notion of danger. The article is based on the following axes of reflection: the media discourse, the pronouncements of the then-president Bolsonaro, the positioning of health professionals and the perspective of subjects in the daily care and illness. The analysis of journalistic material, statements by government authorities and scientific papers on the first two years of the pandemic revealed the polysemy of these conceptions. There was tension around the notion of severity since the pandemic was seen as both an ordinary and an exceptional event; and care was formulated as an individual and collective dimension; in which caregivers were marked by vulnerability, anguish, and exhaustion. The pandemic experience in this context took place under the aegis of state and institutional helplessness, in the face of political conditions marked by the rise of the far-right and the Bolsonaro government.
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