Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/68661
Type
ThesisCopyright
Restricted access
Embargo date
2030-12-31
Collections
Metadata
Show full item record
TERRITÓRIO, ÁGUA E SAÚDE: (IN)CONFLUÊNCIAS NO PROCESSO DE RETERRITORIALIZAÇÃO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA, PESQUEIRA E VAZANTEIRA DE CROATÁ
Moreira, Agda Marina Ferreira | Date Issued:
2024
Advisor
Co-advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, Brasil.
Abstract in Portuguese
A territorialidade é uma das principais características de comunidades remanescentes de quilombos, uma vez que sua trajetória de ocupação territorial diz de seu processo identitário e de afirmação política como sujeitos etnicamente diferenciados, reconhecidos pelo estado brasileiro na Constituição de 1988. Além de orientar e de vincular o território ao campo dos direitos, o território é pressuposto indispensável à própria existência dessas comunidades, uma vez que seus saberes, valores, ancestralidade, reprodução socioeconômica e sociocultural estão diretamente vinculadas ao território em que se consolidaram como grupo. Nesse contexto, a comunidade quilombola, pesqueira e vazanteira de Croatá, localizada no município de Januária, às margens do rio São Francisco, que vivencia um processo de reterritorialização, após a ocupação de seu território por fazendeiros. Tal processo se consolida na dinâmica das cheias do rio, que reconfiguram as relações e os modos de viver da comunidade, que se desloca juntamente com ele. Em uma comunidade pautada pelo conflito territorial, aspectos relacionados à saúde, tornam-se secundários, uma vez que a própria (re) existência se faz urgente dentre seus membros. Nesse contexto, de lutas e resistências pelo direito ao território que esta pesquisa se insere, no intuito de compreender questões de saúde e saneamento desta comunidade a partir do conceito de confluência (Santos, 2015). Sendo assim, a presente pesquisa apresenta aspectos da saúde quilombola de dada comunidade, partindo da relação saúde e ambiente, compreendendo que esta discussão somente é possível considerando seus aspectos territoriais e suas modificações ao longo do tempo. Com recorte no saneamento básico, buscamos por meio da pesquisa participante e das narrativas de seus sujeitos, compreender as principais lacunas, demandas e questões de saúde que mereçam um olhar atendo do campo da Saúde coletiva.
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-abstractes
Territoriality is one of the main characteristics of remaining quilombo communities, since their trajectory of territorial occupation speaks of their identity process and political affirmation as ethnically differentiated subjects, recognized by the Brazilian state in the 1988 Constitution. In addition to guiding and binding the territory to the field of rights, the territory is an indispensable prerequisite for the very existence of these communities, since their knowledge, values, ancestry, socioeconomic and sociocultural reproduction are directly linked to the territory in which they consolidated themselves as a group. In this context, the quilombola, fishing and leaking community of Croatá, located in the municipality of Januária, on the banks of the São Francisco River, is experiencing a process of re-territorialization, after the occupation of its territory by farmers. This process is consolidated in the dynamics of the river's floods, which reconfigure the relationships and ways of living of the community, which moves along with it. In a community marked by territorial conflict, aspects related to health become secondary, since (re)existence itself becomes urgent among its members. In this context, of struggles and resistance for the right to territory, this research is part of, with the aim of understanding health and sanitation issues in this community based on the concept of confluence (Santos, 2015). Therefore, this research presents aspects of quilombola health in a given community, starting from the relationship between health and environment, understanding that this discussion is only possible considering its territorial aspects and their changes over time. Focusing on basic sanitation, we seek, through participatory research and the narratives of its subjects, to understand the main gaps, demands and health issues that deserve a closer look in the field of collective health.
Share