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2025-09-01
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CARACTERIZAÇÃO HISTOPATOLÓGICA E PESQUISA DO SARS-COV-2 POR IMUNO-HISTOQUÍMICA NAS LESÕES DE PELE DE PACIENTES COM COVID-19 HOSPITALIZADOS NO INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS, FIOCRUZ
Marsillac, Paula Figueiredo de | Date Issued:
2024
Alternative title
Histopathological characterization and search for SARS-CoV-2 by immunohistochemistry in skin lesions of patients with COVID-19 hospitalized at the Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, FiocruzCo-advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) foi declarada emergência em saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020, perdurando até maio de 2023. O acometimento da pele parece ser um efeito indireto e não específico da covid-19, independente do estágio ou gravidade da doença. Estudos envolvendo histopatologia de biópsias de lesões de pele em pacientes com covid-19 são pouco expressivos e resultados de identificação do SarsCoV-2 nesses tecidos são controversos. O método ideal para identificação viral no tecido cutâneo ainda permanece obscuro. Embora a covid-19 esteja associada a uma inflamação substancial, não está claro como o Sars-CoV-2 desencadeia esse processo. A imuno-histoquímica (IHQ) vem se mostrando útil na compreensão da patogenia da doença, com marcação para partículas virais em células endoteliais e epiteliais de glândulas écrinas. O objetivo deste estudo foi caracterizar as alterações histopatológicas, correlacionando com os aspectos clínicos e pesquisar a presença de antígenos do Sars-CoV-2 por IHQ nos fragmentos de lesões de pele de pacientes com covid-19 hospitalizados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A partir de uma busca ativa de lesões dermatológicas em pacientes hospitalizados por covid-19, de junho a novembro de 2020, foram realizadas biópsias para análise histopatológica de rotina como parte da investigação clínico-laboratorial dos pacientes. Adicionalmente, foi realizada uma revisão histopatológica de forma sistematizada e direcionada por um questionário para caracterização dos achados e correlação clínica. Em um segundo momento, foi utilizada a técnica de IHQ com anticorpo antiproteína de nucleocapsídeo de coronavírus, para detecção da presença viral nos fragmentos de pele emblocados em parafina. A maioria dos pacientes avaliados no estudo estava em unidade de terapia intensiva. Foram analisados fragmentos de lesões de pele de 110 pacientes e a alteração dermatológica predominante foi acrocianose dos pés (84,9%). Os padrões de reação tecidual mais encontrados na avaliação histopatológica foram de dermatose invisível, presente em 77 casos (71,3%) e o vasculopático, em 30 casos (27,8%). Dos 30 fragmentos com padrão vasculopático na histopatologia, 19 apresentavam-se clinicamente como acrocianose, 4 apresentavam petéquias, 4 como exantema maculopapular, 2 lesões do tipo ulceronecróticas e 1 como livedo racemosa. O estudo imuno-histoquímico para pesquisa da proteína de nucleocapsídeo do Sars-CoV-2 realizado nos 30 casos que apresentavam padrão vasculopático na histopatologia não revelou imunomarcação. Os resultados demonstram que as alterações dermatológicas observadas não se associaram a um padrão histopatológico específico e que antígenos virais não foram detectáveis por IHQ nas lesões de pele.
Abstract
The COVID-19, disease caused by the novel coronavirus (SARS-CoV-2), was declared a public health emergency by the World Health Organization (WHO) in March 2020, lasting until May 2023. Skin involvement appears to be an indirect and nonspecific effect of COVID-19, regardless of the stage or severity of the disease. Studies involving histopathology of skin lesions in patients with COVID-19 are not very expressive and results of SARS-CoV-2 identification in these tissues are controversial. The ideal method for viral identification in cutaneous tissue remains unclear. Although COVID-19 is associated with substantial inflammation, it is not clear how SARS-CoV2 triggers this process. Immunohistochemistry (IHC) has been useful in understanding the pathogenesis of the disease, with positivity for viral particles in endothelial and epithelial cells of eccrine glands. The objective of this study was to characterize histopathological changes, correlating them with clinical aspects, and search for the presence of SARS-CoV-2 antigens by IHC in fragments of skin lesions from patients with COVID-19 hospitalized at the Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). After an active search for dermatological lesions in hospitalized COVID-19 patients from June to November 2020, biopsies were performed for routine histopathological analysis as part of the clinical-laboratory investigation. Subsequently, a systematic and questionnaire-directed histopathological review was conducted for characterization of findings and clinical correlation. IHC with anti-coronavirus nucleocapsid protein antibody was then used to detect viral presence in paraffin-embedded skin fragments. Most patients evaluated in the study were in the intensive care unit. Skin lesion fragments from 110 patients were analyzed, with acrocyanosis of the feet being the predominant dermatological alteration (84.9%). The most common tissue reaction patterns found on histopathological evaluation were invisible dermatosis, present in 77 cases (71.3%), and vasculopathic, in 30 cases (27.8%). Of the 30 fragments with vasculopathic pattern on histopathology, 19 clinically presented as acrocyanosis, 4 as petechiae, 4 as maculopapular rash, 2 as ulceronecrotic lesions, and 1 as livedo racemosa. The immunohistochemical study for nucleocapsid protein of SARS-CoV-2 conducted in the 30 cases with vasculopathic pattern on histopathology did not reveal immunostaining. The results demonstrate that observed dermatological alterations were not associated with a specific histopathological pattern, and viral antigens were not detectable by IHC in skin lesions.
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