Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/69123
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PHYSALIS ANGULATA L. E DE SEU POTENCIAL NO COMBATE AOS FUNGOS DO GÊNERO SPOROTHRIX
Almeida, Maíra Martins Haddad de | Date Issued:
2021
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Tecnologia em Fármacos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Os resultados obtidos neste estudo demonstram, pela primeira vez, o potencial da espécie Physalis angulata contra fungos do gênero Sporothrix. A esporotricose é uma doença infecciosa, caracterizada como uma micose subaguda ou crônica causada pelo fungo Sporothrix spp. que contamina animais e humanos. No Rio de Janeiro a esporotricose alcança proporções epidêmicas. O tratamento é longo e inclui o uso de medicamentos de alto custo e com efeitos colaterais. Neste contexto, a espécie vegetal Physalis angulata Linn (Solanaceae) apresenta diversas atividades farmacológicas já descritas, incluindo anti-inflamatória, bactericida e leishmanicida. No entanto, ainda se faz necessária a correlação das substâncias presentes com a atividade biológica dos seus extratos. Deste modo, neste estudo foram realizadas extrações da planta inteira de P. angulata por diferentes métodos e posteriormente, extratos, frações e substância isolada foram avaliados por ensaios de citotoxicidade e atividade antimicrobiana. Metodologias de extração com a planta inteira seca resultaram em extratos em solução salina, partição com clorofórmio (CLF), extratos por maceração (ACE) e percolação com água (PAQ), solução hidroalcóolica (P70), e etanol (PET). Análises por cromatografia em camada fina indicaram a presença de vitaesteroides nas amostras: CLF, ACE e P70. O fracionamento de CLF resultou nas frações 17-19 e 1S, e todas as amostras ensaiadas apresentaram nenhuma ou baixa citotoxicidade em células VERO. Essas amostras foram avaliadas em relação à atividade fungicida, apresentando resultados de CIM entre 2,5 a 10 μg/mL para P70 e CIM entre 10 a 20 μg/mL para as demais amostras. A fração 1S (Rf 0,84) com rendimento de 20% (p/p), identificada por métodos espectroscópicos como a fisalina B, sem citotoxicidade e CIM de 20 μg/mL no ensaio antifúngico O fracionamento de CLF resultou nas frações 17-19 e 1S, e todas as amostras ensaiadas apresentaram nenhuma ou baixa citotoxicidade em células VERO. Essas amostras foram avaliadas em relação à atividade fungicida, apresentando resultados de CIM entre 2,5 a 10 μg/mL para P70 e CIM entre 10 a 20 μg/mL para as demais amostras. A fração 1S (Rf 0,84) com rendimento de 20% (p/p), identificada por métodos espectroscópicos como a fisalina B, sem citotoxicidade e CIM de 20 μg/mL no ensaio antifúngico. O fracionamento do extrato P70 resultou em outras seis frações, e apenas uma (Rf 0,84, fisalina B) apresentou atividade antifúngica. Outros testes antimicrobianos realizados com as amostras de extrações de P. angulata não apresentaram qualquer atividade nas concentrações testadas (CIM até 100 μg/mL).
Abstract
The results obtained in this study demonstrate, for the first time, the potential of the species Physalis angulata against fungi of the genus Sporothrix. Sporotrichosis is an infectious disease characterized as a subacute or chronic mycosis caused by the fungus Sporothrix spp. that infects animals and humans. In Rio de Janeiro, sporotrichosis reaches epidemic proportions. The treatment is long and includes the use of expensive drugs with side effects. In this context, the plant species Physalis angulata Linn (Solanaceae) has several pharmacological activities already described, including anti-inflammatory, bactericidal and leishmanicidal. However, it is still necessary to correlate the substances present with the biological activity of their extracts. Thus, in this study, extractions of the whole P. angulata plant were performed by different methods, and later, extracts, fractions, and substances were evaluated by cytotoxicity and antimicrobial activity assays. Extraction methodologies with the whole plant dried resulted in extracts in saline solution, partition with chloroform (CLF), extracts by maceration (ACE), and percolation with water (PAQ), hydroalcoholic solution (P70), and ethanol (PET). Analysis by thin-layer chromatography indicated the presence of withasteroids in the samples: CLF, ACE, and P70. Fractionation of CLF resulted in fractions 17-19 and 1S, and all samples tested showed low or no cytotoxicity in VERO cells. These samples were evaluated concerning fungicidal activity, showing MIC results between 2.5 to 10 μg/mL for P70 and MIC between 10 to 20 μg/mL for the other samples. The 1S fraction (Rf 0.84) with 20% yield (w/w), identified by spectroscopic methods as physalin B, without cytotoxicity and MIC of 20 μg/mL in the antifungal assay. Fractionation of the P70 extract resulted in another six fractions, and only one (Rf 0.84, physalin B) showed antifungal activity Other antimicrobial tests performed with samples from P. angulata extractions did not show any activity at the concentrations tested (MIC up to 100 μg/mL).
Share