Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/69343
O FEMININO ENTRE A DOENÇA MENTAL E A TUBERCULOSE (RIO DE JANEIRO, 1940-1945)
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O trabalho discute a construção da identidade feminina de doentes mentais tuberculosas internadas na Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, entre 1940 e 1945. A dimensão relacional da categoria gênero aparece na contraposição entre os médicos e as pacientes, tendo-se em vista a análise de 111 casos. Concluímos que naquele universo a identidade feminina estava centrada no estigma da doença mental, que era associado a afirmações variadas dos médicos sobre o exercício de uma sexualidade desviante. Na maioria das vezes, a identidade de paciente tuberculosa não necessariamente reforçava a identificação entre gênero feminino-doença-sexualidade desviante. Quando a presença da tuberculose corroborava essa tríade, verifica-se o uso da categoria da "vadiagem", do mesmo modo em que se observa a discordância feminina em relação a esta representação.
Abstract
This paper discusses the construction of the female identity of mentally ill tuberculosis patients admitted to the Juliano Moreira Colony in Rio de Janeiro between 1940 and 1945. The relational dimension of the gender category appears in the contrast between doctors and patients, considering the analysis of 111 cases. We conclude that in that universe, female identity was centered on the stigma of mental illness, which was associated with various statements by doctors about the exercise of a deviant sexuality. In most cases, the identity of a tuberculosis patient did not necessarily reinforce the identification between female gender-illness-deviant sexuality. When the presence of tuberculosis corroborated this triad, the use of the category of "vagrancy" was verified, in the same way that female disagreement with this representation was observed.
Share