Advisor | Santana, José Paranaguá de | |
Author | Ribeiro, Gabriella de Oliveira | |
Access date | 2025-04-02T22:52:50Z | |
Available date | 2025-04-02T22:52:50Z | |
Document date | 2024 | |
Citation | RIBEIRO, Gabriella de Oliveira. Transtorno do Espectro Autista: uma epidemia invisível ou uma deficiência psicossocial?. 2024. 142 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas em Saúde)—Escola de Governo Fiocruz Brasília, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2024. | en_US |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/69350 | |
Abstract in Portuguese | Ao longo dos últimos anos, observa-se uma curva crescente de pessoas sendo diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista-TEA, fenômeno que ficou conhecido como “epidemia do autismo”, o que nos leva ao questionamento: realmente estaríamos diante de uma epidemia ou de uma subestimação científica (estatística) histórica? A maioria dos estudos relacionados ao tema diz respeito ao índice de prevalência, que revela uma tendência de aumento no decorrer dos anos, sem que isso signifique, necessariamente o crescimento de incidência. O autismo ou TEA, como é atualmente conhecido, sofreu mudanças conceituais importantes ao longo dos anos, o que dificulta sobremaneira um adequado estudo epidemiológico. Com o passar dos anos, o TEA passa a ser visto como deficiência virando alvo de entendimentos diversos em diferentes ramos da ciência. A atualização da CID, em sua décima primeira edição, vincula a condição como deficiência intelectual. Em 2022, pela primeira vez o PNAD faz levantamento de pessoas com deficiência, apontando a idade avançada como o grupo mais prevalente nessa condição. Quase ao mesmo tempo, a Secretaria Extraordinária de Pessoa com Deficiência (SEPD), do GDF, dá início ao cadastramento de pessoas com deficiência, separando as pessoas com “autismo” das deficiências intelectuais e demais tipos de deficiência. Esse cadastro é alvo do presente trabalho como primeiro estudo de prevalência e incidência do DF relacionado ao TEA. Os resultados apontam para um aumento de prevalência e de incidência de cadastros de TEA e demonstram que essa é principal variável de deficiência na população cadastrada no DF O sexo masculino se mostrou como mais frequente em uma proporção de 2,5 homens para cada mulher com o diagnóstico. Mais de 50% dos casos de TEA cadastrados estão na faixa etária até os 10 anos de idade. Apesar da relação do TEA com a deficiência intelectual, sugere-se no presente estudo o enquadramento da condição quando aplicável, à deficiência mental ou psicossocial ou psiquiátrica (termos sinônimos), diferenciando ambos conceitos (intelectual e mental). Nos dispositivos legais e científicos foi identificada a ausência da deficiência psicossocial apontando para uma possível origem de conflitos em relação ao modelo médico e ao modelo biopsicossocial (antigo modelo social de deficiência), aplicada ao TEA. Apesar do comportamento epidêmico evidenciado, a hipótese de uma epidemia não se confirma na análise realizada. Como explicação e vieses levando a este resultado, infere-se que a dinâmica do conceito de deficiência, assim como o de deficiência mental em sua relação com o TEA, são os fatores explicativos apontados. | en_US |
Language | por | en_US |
Rights | open access | en_US |
Subject in Portuguese | Transtorno do Espectro Autista | en_US |
Subject in Portuguese | Epidemia | en_US |
Subject in Portuguese | Deficiência mental | en_US |
Subject in Portuguese | Deficiência psicossocial | en_US |
Title | Transtorno do Espectro Autista: uma epidemia invisível ou uma deficiência psicossocial? | en_US |
Type | Dissertation | en_US |
Defense date | 2024-03-26 | |
Departament | Escola de Governo Fiocruz Brasília | en_US |
Defense Institution | Fundação Oswaldo Cruz. Gerência Regional de Brasília | en_US |
Degree level | Mestrado Profissional | en_US |
Place of Defense | Brasília/DF | en_US |
Program | Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde | en_US |
Abstract | Over the past few years, there has been a growing trend of people being diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD), a phenomenon known as the "autism epidemic," which leads us to question: are we really facing an epidemic or a historical scientific (statistical) underestimation? Most studies related to the topic concern the prevalence rate, which reveals a trend of increase over the years, without necessarily indicating an increase in incidence. Autism or ASD, as it is currently known, has undergone important conceptual changes over the years, which greatly complicates adequate epidemiological study. Over the years, ASD has come to be seen as a disability, becoming the subject of various understandings in different branches of science. The update of the ICD, in its eleventh edition, links the condition to intellectual disability. In 2022, for the first time, the PNAD conducted a survey of people with disabilities, indicating advanced age as the most prevalent group in this condition. Almost at the same time, the Extraordinary Secretariat for Persons with Disabilities (SEPD) of the GDF began registering people with disabilities, separating those with "autism" from those with intellectual disabilities and other types of disabilities. This registry is the focus of this study as the first prevalence and incidence study in the DF related to ASD. The results point to an increase in the prevalence and incidence of ASD registrations and demonstrate that this is the main disability variable in the population registered in the DF. Males were shown to be more frequent, in a ratio of 2.5 men to every woman diagnosed More than 50% of registered ASD cases are in the age group up to 10 years old. Despite the relationship between ASD and intellectual disability, this study suggests the classification of the condition, when applicable, as intellectual or mental or psychosocial disability (synonymous terms), differentiating both concepts (intellectual and mental). The absence of psychosocial disability in legal and scientific frameworks was identified, indicating a possible source of conflicts regarding the medical model and the biopsychosocial model (former social model of disability), applied to ASD. Despite the epidemic-like behavior evidenced, the hypothesis of an epidemic is not confirmed in the analysis conducted. As an explanation and biases leading to this result, it is inferred that the dynamics of the disability concept, as well as that of mental disability in its relation to ASD, are the explanatory factors identified. | en_US |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil. | en_US |
Subject | Autism Spectrum Disorder | en_US |
Subject | Epidemic | en_US |
Subject | Intellectual disability | en_US |
Subject | Psychosocial disability | en_US |
Member of the board | Santana, José Paranaguá de | |
Member of the board | Silva, José Agenor Álvares da | |
Member of the board | Rigoli, Felix Hector | |
DeCS | Transtorno do Espectro Autista | en_US |
DeCS | Epidemias | en_US |
DeCS | Deficiência Intelectual | en_US |
DeCS | Transtornos Mentais | en_US |
DeCS | Saúde Mental | en_US |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 03 Saúde e Bem-Estar | |