Advisor | Domingues, Rosa Maria Soares Madeira | |
Author | Cabral, Vanderléa Poeys | |
Access date | 2025-04-08T12:25:00Z | |
Available date | 2025-04-08T12:25:00Z | |
Document date | 2024 | |
Citation | CABRAL, Vanderléa Poeys. Uso de álcool na gestação no Brasil: estimativas e efeitos na prematuridade espontânea e induzida. 2024. 103 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2024. | en_US |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/69462 | |
Abstract in Portuguese | Introdução: O uso de álcool na gestação constitui um problema mundial de saúde pública afetando cerca de 10% (IC95%: 8,9 – 11,1) das grávidas. No Brasil, estimativas nacionais do uso de álcool na gestação não estão disponíveis, com estudos locais estimando a prevalência uso de álcool durante a gestação variando de 1,8% a 40,6%. O uso do álcool na gestação está associado a vários desfechos neonatais, havendo dúvida sobre sua associação com a prematuridade. Objetivos: Estimar a prevalência de uso de álcool na gestação e de diagnóstico presumível de uso inadequado (DPUI) de álcool na gestação no Brasil segundo características maternas e analisar os efeitos do uso de álcool na gestação nos desfechos prematuridade espontânea e induzida. Métodos: Inquérito nacional, de base hospitalar, realizado nos anos 2011 e 2012, com 23.894 puérperas de nascidos vivos com qualquer peso e idade gestacional ou natimortos com peso ≥ 500g e/ou idade gestacional ≥ 22 semanas. Para avaliação do uso de álcool na gestação foi utilizada a escala Tolerance Worry Eye-opener Amnesia/black-out Cut Down (TWEAK). Mulheres com pontuação ≥ 2 foram classificadas como tendo DPUI de álcool na gestação. Foram estimadas as prevalências de uso de álcool e de DPUI para o país e segundo características maternas, com respectivos IC95%. Para avaliar o efeito do uso do álcool na gestação nos desfechos prematuridade espontânea e induzida foi utilizada modelagem de equações estruturais, com utilização do uso de álcool na gestação como variável latente. Foi utilizado um diagrama causal para seleção do conjunto mínimo de potenciais fatores de confundimento e variáveis mediadoras Resultados: A estimativa nacional de uso de álcool na gestação foi de 14,0% (IC95%: 12,7-15,4) e de DPUI na gestação foi de 10% (IC95%: 9,4- 10,6). Menor prevalência de uso total foi observado nas gestantes residentes nas regiões Norte e Nordeste, enquanto menor DPUI de álcool foi observado apenas na região Norte. Maior consumo de álcool e de DPUI de álcool foram observados em mulheres com menos de 35 anos, pretas, com até dez anos de estudo, das classes econômicas C e D+E, sem companheiro, sem trabalho remunerado, atendidas no setor público, com três filhos ou mais, que não queriam engravidar, com início do acompanhamento pré-natal no segundo ou terceiro trimestre gestacional, com número inadequado de consultas de pré-natal e que fumaram na gestação. A prematuridade foi estimada em 10,6%, sendo 6,3% espontânea e 4,3% induzida, com maior maior prevalência de DPUI (11,4 vs 8,0, p=0,010) em nascimentos prmaturos espontâneos. Os itens que compuseram a variável latente apresentaram carga fatorial superior a 0,7 em ambos os modelos, sendo indicativa de boa correlação entre o item observado e o constructo de interesse. Não foi verificado efeito do uso de álcool durante a gestação na prematuridade espontânea e induzida. Conclusão: A prevalência de uso de álcool e de DPUI de álcool no país foi elevada, especialmente entre mulheres com maior vulnerabilidade social, potencializando a ocorrência de desfechos perinatais desfavoráveis. O uso de álcool na gestação não apresentou efeito direto ou indireto na prematuridade espontânea ou induzida. Entretanto, os resultados deste estudo podem subsidiar a formulação de políticas públicas abrangentes, que incluam medidas preventivas em relação ao consumo de álcool, medidas para o diagnóstico do uso de álcool na gestação e ações de aconselhamento e suporte para cessação deste hábito durante a gravidez. | en_US |
Language | por | pt_BR |
Rights | open access | |
Subject in Portuguese | Inquéritos Epidemiológicos | pt_BR |
Subject in Portuguese | Gravidez | pt_BR |
Subject in Portuguese | Bebidas Alcoólicas | pt_BR |
Subject in Portuguese | Saúde Materno-Infantil | pt_BR |
Subject in Portuguese | Recém-Nascido Prematuro | pt_BR |
Title | Uso de álcool na gestação no Brasil: estimativas e efeitos na prematuridade espontânea e induzida | pt_BR |
Alternative title | Alcohol use during pregnancy in Brazil: estimates and effects on spontaneous and induced prematurity | en_US |
Type | Thesis | |
Defense date | 2024-02-26 | |
Departament | Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca | en_US |
Defense Institution | Fundação Oswaldo Cruz | en_US |
Place of Defense | Rio de Janeiro | en_US |
Program | Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública | en_US |
Abstract | Introduction: Alcohol use during pregnancy constitutes a global public health issue affecting approximately 10% (95% CI: 8.9 – 11.1) of pregnant women. In Brazil, national estimates of alcohol use during pregnancy are not available, with local studies estimating the prevalence of alcohol use during pregnancy ranging from 1.8% to 40.6%. Alcohol use during pregnancy is associated with various neonatal outcomes, with uncertainty regarding its association with prematurity. Objectives: To estimate the prevalence of alcohol use during pregnancy and the presumptive diagnosis of inadequate alcohol use during pregnancy (IAUP) in Brazil according to maternal characteristics and to analyze the effects of alcohol use during pregnancy on spontaneous and induced prematurity outcomes. Methods: A national hospitalbased survey conducted in 2011 and 2012, involving 23,894 postpartum women of live births with any weight and gestational age or stillbirths with a weight ≥ 500g and/or gestational age ≥ 22 weeks. The Tolerance Worry Eye-opener Amnesia/black-out Cut Down (TWEAK) scale was used to assess alcohol use during pregnancy. Women with a score ≥ 2 were classified as having IAUP. Prevalences of alcohol use and IAUP were estimated for the country and according to maternal characteristics, with respective 95% CI. Structural equation modeling was used to evaluate the effect of alcohol use during pregnancy on spontaneous and induced prematurity outcomes, with alcohol use during pregnancy used as a latent variable. A causal diagram was used to select the minimal set of potential confounding factors and mediator variables Results: The national estimate of alcohol use during pregnancy was 14.0% (95% CI: 12.7-15.4), and IAUP during pregnancy was 10% (95% CI: 9.4-10.6). Lower total use prevalence was observed in pregnant women residing in the North and Northeast regions, while lower IAUP prevalence was observed only in the North region. Higher alcohol consumption and IAUP were observed in women under 35 years old, black women, with up to ten years of education, from economic classes C and D+E, without a partner, without paid work, attended in the public sector, with three or more children, who did not intend to become pregnant, with prenatal care initiation in the second or third trimester, with an inadequate number of prenatal consultations, and who smoked during pregnancy. Prematurity was estimated at 10.6%, with 6.3% spontaneous and 4.3% induced, with a higher prevalence of IAUP (11.4 vs 8.0, p=0.010) in spontaneous preterm births. The items composing the latent variable showed a factor loading above 0.7 in both models, indicating a good correlation between the observed item and the construct of interest. No effect of alcohol use during pregnancy on spontaneous and induced prematurity was observed. Conclusion: The prevalence of alcohol use and IAUP in the country was high, especially among women with greater social vulnerability, potentially exacerbating the occurrence of unfavorable perinatal outcomes. Alcohol use during pregnancy did not show a direct or indirect effect on spontaneous or induced prematurity. However, the results of this study can support the formulation of comprehensive public policies, including preventive measures regarding alcohol consumption, measures for diagnosing alcohol use during pregnancy, and counseling and support actions for cessation of this habit during pregnancy. | en_US |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | en_US |
Subject | Epidemiological Surveys | en_US |
Subject | Pregnancy | en_US |
Subject | Alcoholic Beverages | en_US |
Subject | Maternal Child Health | en_US |
Subject | Premature Infant | en_US |
DeCS | Gravidez | pt_BR |
DeCS | Bebidas Alcoólicas | pt_BR |
DeCS | Inquéritos Epidemiológicos | pt_BR |
DeCS | Saúde Materno-Infantil | pt_BR |
DeCS | Recém-Nascido Prematuro | pt_BR |
DeCS | Fatores de Risco | pt_BR |
DeCS | Epidemiological Surveys | pt_BR |
DeCS | Pregnancy | pt_BR |
DeCS | Alcoholic Beverages | pt_BR |
DeCS | Maternal Child Health | pt_BR |
DeCS | Premature Infant | pt_BR |