Integração de tecnologias e práticas humanizadas no cuidado na terapia intensiva pediátrica

Abstract

A hospitalização na infância impõe desafios físicos e emocionais, com uma rotina limitada e procedimentos desconfortáveis. Na UTIP, onde os cuidados são complexos, a tecnologia melhora a monitorização e os tratamentos, mas pode intensificar o impacto emocional da internação. O objetivo do estudo inclui: Analisar o uso de tecnológicas leves e duras no cuidado de enfermagem intensiva pediátrica. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. O cenário foi a Unidade de Pacientes Graves (UPG) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no Rio de Janeiro, cujos participantes foram enfermeiros especializados em cuidados pediátricos, com pelo menos um ano de experiência na área, atuando como plantonistas na UPG, excluídos profissionais de férias, em licença médica, residentes ou especializandos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados quantitativamente para traçar o perfil dos participantes e qualitativamente pelo Software IRaMuTeQ. Resultados: Os participantes foram 8 enfermeiros, sendo 2 atuando na rotina assistencial do setor e 6 com escala de plantão de 12x60 horas, majoritariamente eram mulheres (75%), com idade entre 40-59 anos, com mais de 16 anos de experiência em enfermagem e em pediatria (75%). Utilizou-se o software IraMuTeQ para analisar dados de entrevistas dividindo-se em três corpus. O corpus 1 foi analisado pelo método de Reinert e dele emergiram 5 classes: Classe 1 apontou desafios na adaptação e aceitação de tecnologias; a Classe 2 destacou melhorias nos processos e segurança; a Classe 3 evidenciou benefícios das inovações no cuidado intensivo pediátrico; Classe 4 explorou os desafios do treinamento e a Classe 5 ressaltou a colaboração multidisciplinar. Foram geradas também uma árvore de similitude e uma Nuvem de Palavras, com os corpus 2 e 3 respectivamente. Considerações Finais: A pesquisa enfatiza a integração de tecnologias avançadas e práticas humanizadas na terapia intensiva pediátrica, melhorando desfechos clínicos e promovendo um cuidado seguro e acolhedor. Apesar dos benefícios, desafios como capacitação e sobrecarga das equipes exigem investimentos em formação e gestão integrada. A humanização fortalece vínculos familiares e aumenta a satisfação, enquanto os enfermeiros desempenham papel central na assistência pediátrica integral.