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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/70373
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: A COMPREENSÃO DE PRIMIGESTAS
Nunes, Beatriz Lopes Rezende | Date Issued:
2025
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A Violência Obstétrica é definida como qualquer situação e/ou atitude profissional ou institucional que comprometa a integridade física, psicológica e moral de mulheres durante o seu ciclo gravídico puerperal. Objetivo: Descrever a compreensão de primigestas sobre a violência obstétrica. Método: Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, realizada em uma maternidade de alto risco fetal no município do Rio de Janeiro. Foram entrevistadas 10 primigestas, acima dos 18 anos e que estavam internadas no momento da coleta de dados, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado. Para análise foi empregada a técnica de análise temática ou categorial sistematizada segundo Bardin (2009). Resultados: As primigestas associam a violência obstétrica com atitudes profissionais que desrespeitam o seu próprio corpo e vontades, entretanto, relatam que o profissional médico detém o conhecimento acerca do que é melhor para elas, reforçando o modelo biomédico de assistência. Evidenciam também a importância e o desejo de acesso à informação sobre violência obstétrica durante o pré-natal e destacam a importância da tomada de decisões ser compartilhada entre o profissional de saúde e a paciente, devendo priorizar a vontade da mulher. Ademais, reforçam a relevância da presença do acompanhante e da elaboração do plano de parto como uma forma de proteção e apoio à gestante. Conclusão: Este estudo revelou a compreensão das primigestas sobre a violência obstétrica, destacando atitudes violentas, procedimentos sem consentimento e falta de comunicação com as gestantes. Os achados destacam a necessidade de melhorias nas práticas de educação em saúde no pré-natal. Ademais, a pesquisa também sublinha o papel das enfermeiras obstétricas na prevenção de práticas violentas durante a gestação e o parto.
Abstract
Introduction: Obstetric violence is defined as any professional or institutional situation and/or attitude that compromises the physical, psychological and moral integrity of women during their pregnancy and puerperium cycle. Objective: To describe the understanding of primigravidae regarding obstetric violence. Method: Descriptive research with a qualitative approach, carried out in a high-risk fetal maternity hospital in the city of Rio de Janeiro. Ten primigravidae, over 18 years old and hospitalized at the time of data collection, were interviewed using a semi-structured interview script. The thematic or categorical analysis technique systematized according to Bardin (2009) was used for analysis. Results and discussion: Primigravidae associate obstetric violence with professional attitudes that disrespect their own bodies and desires; however, they report that the medical professional has the knowledge about what is best for them, reinforcing the biomedical model of care. They also highlight the importance and desire for access to information about obstetric violence during prenatal care and emphasize the importance of shared decision-making between the health professional and the patient, prioritizing the woman's wishes. Furthermore, they reinforce the importance of the presence of a companion and the preparation of a birth plan as a form of protection and support for the pregnant woman. Conclusion: This study revealed the understanding of first-time mothers about obstetric violence, highlighting violent attitudes, procedures without consent, and lack of communication with pregnant women. The findings highlight the need for improvements in health education practices during prenatal care. Furthermore, the research also emphasizes the role of obstetric nurses in preventing violent practices during pregnancy and childbirth.
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