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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7226
ESTUDO DA CORRELAÇÃO ENTRE A CARGA PARASITÁRIA DE CÃES COM DIFERENTES APRESENTAÇÕES CLÍNICAS DA LEISHMANIOSE VISCERAL E A TRANSMISSÃO AO VETOR DA LEISHMANIA INFANTUM
Xenodiagnóstico
Carga Parasitária
Cães
Leishmaniose Visceral
Leishmania (Leishmania) infantum
Xenodiagnóstico
Carga Parasitária
Cães
Lutzomyia longipalpis
Leishmania
Borja, Lairton Souza | Date Issued:
2013
Author
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.
Abstract in Portuguese
No Novo Mundo, a leishmaniose visceral (LV) é causada pela Leishmania infantum, que tem como vetor o inseto flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Os cães são considerados o principal reservatório urbano da infecção. Devido ao fato do controle da LV se basear, principalmente, no controle da leishmaniose visceral canina (LVC), é importante estudar o papel dos cães na transmissão da infecção. Foi demonstrado que cães apresentando diferentes apresentações clínicas da LV, inclusive os assintomáticos transmitem a infecção ao vetor flebotomíneo. Nenhum estudo sistemático avaliou a associação direta entre a carga parasitária em diferentes tecidos e a transmissão do parasito. A hipótese desse estudo é que cães com baixa carga parasitária na pele e no sangue não transmitem a infecção ao vetor flebotomíneo. O objetivo deste estudo foi analisar se há correlação entre a carga parasitária de cães com diferentes apresentações clínicas da LV e a transmissão ao vetor Lutzomyia longipalpis. Foram selecionados 35 cães de dois canis, locazidos em area endêmica (n=23) e não endêmica (n=12) para LV. Os animais foram classificados de acordo com o número de sinais clínicos em: assintomáticos (sem sinais; n=12), oligossintomáticos (1-3 sinais; n=15) e polissintomático (<3 sinais; n =8). Todos os 35 cães foram positivos em pelo menos um dos testes diagnósticos: ELISA (n=8), cultura de aspirado esplênico (n=9) e qPCR (n=35) dos tecidos avaliados. Diferentes tecidos (sangue periférico, aspirado esplênico e biópsia de pele) foram coletados para quantificação do DNA do parasito pela qPCR. Para avaliar a capacidade de transmissão dos cães, foi realizado xenodiagnóstico, seguido de determinação da carga parasitária em cada flebótomo utilizando qPCR. Finalmente, a capacidade de transmissão de Leishmania foi estimada pela determinação, após o xenodiagnóstico, da infectividade de cães ao flebótomo, da taxa de infecção de flebótomos, e da carga parasitária transmitida aos flebótomos. Baixa carga parasitária na pele e no sangue foi detectada em aproximadamente 85% dos cães assintomáticos. A infectividade de cães ao flebótomo variou de 60 a 90%, e foi similar entre animais apresentando diferentes números de sinais clínicos. Foi identificado que o maior percentual (51%) de cães transmite parasitos a um pequeno número de flebótomos (de 1 a 5 em 30 flebótomos utilizados no xenodiagnóstico). Entre os tecidos analisados, correlação positiva foi detectada
entre a infectividade de cães ao vetor e a carga parasitária nas amostras de sangue (r = 0.50, p<0.01). Adicionalmente, foi observada, correlação positiva entre menor taxa de infecção dos flebótomos e baixa carga parasitária no sangue (r = 0.53, p<0.01). Em conjunto, estes dados mostram que cães com baixa carga parasitária são capazes de transmitir o parasito, porém a um pequeno número de flebótomos e com uma baixa carga parasitária.
Abstract
In the New World, visceral leishmaniasis (VL) is caused by Leishmania infantum and is usually transmitted by Lutzomyia longipalpis. Dogs are considered the main urban reservoir of the parasite. Evaluation of the importance of dogs in Leishmania transmission in VL is well established. Dogs with different clinical forms of VL have shown to transmit the infection to the sandfly vector, even those with no clinical signs of the disease. Comprehensive studies that correlate transmission and parasite load in different tissues are scarce. Our hypothesis is that dogs with low parasite load in the skin and blood do not transmit the infection to the sandfly vector. We aimed to analyze the correlation between parasite load of dogs with different clinical forms of CVL and transmission to the vector Lutzomyia longipalpis. Thirty five dogs were selected from two canine kennels, located in an endemic (n=23) and non-endemic area (n=12) for VL. These animals were classified according to the clinical signs into asymptomatic (no signs; n=12), olygosymptomatic (1-3 signs; n=15) and polysymptomatic (>3 signs; n=8). All the 35 dogs tested positive for at least one of the diagnostic tests: ELISA (n=8), culture in splenic aspirates (n=9) and qPCR for Leishmania DNA detection (n=35). Different tissues (blood, splenic aspirate and skin biopsy) were collected for quantification of parasite load using qPCR. To evaluate the infectivity of the dogs to vector, first we performed the xenodiagnosis, then we quantified parasite load in each sandfly using qPCR. Finally, transmission of Leishmania was estimated by determining infectivity to sandflies, and the infection rate, and the parasite load transmitted to sandflies. Low parasite load in the skin and blood was detected in approximately 85% of asymptomatic dogs. Infectivity to sandflies varied from 60 to 90%, and shown to be similar among animals presenting different number of clinical signs. It was noted that the highest percentage (51%) of dogs transmitted infection to a small number of sandflies (from 1 to 5 in 30 sandflies used in xenodiagnosis). Positive correlation between infectivity to sandflies and parasite load was only detected in blood among the tissues analyzed (r = 0.50, p <0.01). Additionally, a lower parasite load in blood (r = 0.53, p <0.01) were correlated to the presence of lower number of positive sandflies in xenodiagnosis. These findings indicate that animals with low parasite load are capable to transmit Leishmania to sandflies, although to a lower number of sandflies and with a low parasite load.
Keywords in Portuguese
Leishmania infantumXenodiagnóstico
Carga Parasitária
Cães
Leishmaniose Visceral
DeCS
InfectividadeLeishmania (Leishmania) infantum
Xenodiagnóstico
Carga Parasitária
Cães
Lutzomyia longipalpis
Leishmania
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