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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8143
PREVALÊNCIA DE LESÃO INTRA-EPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO DE ALTO GRAU E CÂNCER CERVICAL EM PACIENTES COM COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA SUGESTIVA DE ALTO GRAU E COLPOSCOPIA INSATISFATÓRIA SEM LESÃO VISÍVEL
Veiga, Fernanda Rangel da | Date Issued:
2008
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: O câncer de colo uterino ainda é considerado um grave problema de saúde pública no Brasil. Algumas recomendações para o controle desta doença no país são baseados em opiniões de especialistas e, no caso de pacientes com colpocitologias sugestivas de lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (HSIL) e colposcopia insatisfatória sem lesão visível, consistem em repetir a colpocitologia após três meses. No Setor de Patologia Cervical do Instituto Fernandes Figueira/ FIOCRUZ, estas pacientes são encaminhadas diretamente para conização, na intenção de confirmar o diagnóstico e, caso presente HSIL, já se constituir no tratamento destas lesões. Objetivo: Medir a prevalência de HSIL e câncer em pacientes com a primeira colpocitologia sugestiva de HSIL e colposcopia insatisfatória sem lesão visível, além de identificar uma faixa etária ou grupos em que esta prevalência seja maior, no intuito de contribuir para a discussão sobre uma conduta clínica mais efetiva e que diminua a probabilidade de ocorrência de perdas antes do diagnóstico e tratamento adequados nesta situação. Material e método: Estudo transversal realizado através de pesquisa em banco de dados de pacientes recebidas no Setor de Patologia Cervical no período de dezembro de 1989 a abril de 2007 referidas pela rede básica de saúde para colposcopia, obtendo o diagnóstico final através dos laudos histopatológicos das peças de conização. Resultados: Foram incluídas 65 pacientes na situação descrita e encontrado percentual de 33,8% (IC95% 23,1- 45,9%) de HSIL e 4,6% (IC95% 1,1- 12,0%) de câncer confirmados histologicamente. Os demais casos apresentaram lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL - 26,1%, IC95% 16,5- 37,8%), displasia glandular (1,5%, IC95% 0,07- 7,35%) vii e ausência de doença (33,8%, IC95% 23,1- 45,9%). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa na razão de prevalência de HSIL e câncer em grupos de mulheres segundo estratos de idade abaixo e acima de 45 anos e entre mulheres soropositivas e soronegativas para HIV. Conclusão: A prevalência de HSIL ou câncer encontrada não parece suficiente para defender a conduta de encaminhá-las de imediato para conização a fim de investigar o canal cervical. Porém, são necessários ensaios clínicos randomizados para que possamos saber qual a conduta mais adequada na situação em estudo.
Abstract
Introduction: Cervix cancer is a serious public health problem in Brazil. Some of the recommendations for controlling the disease in the country are based on the opinion of specialists. In patients with unsatisfactory colposcopy with no visible lesion and cervical cytology suggesting high-grade squammous intraepithelial lesion (HSIL), the recommendation is to repeat cervical cytology after three months. In the Cervical Pathology unit at Instituto Fernandes Figueira/ FIOCRUZ, these patients are directly subjected to conization in order to confirm diagnosis and to excise the lesions found, if HSIL is verified. Objectives: To assess prevalence of HSIL and cancer in patients with unsatisfactory colposcopy with no visible lesion and first cervical cytology suggestive of HSIL, and to identify an age group or other groups with higher prevalence in order to contribute to the discussion about a more effective clinical approach that will also prevent patients from abandoning follow-up before full diagnosis and treatment. Method: Cross-sectional study with data from the Cervical Pathology unit database on patients treated between December 1989 and April 2007 who were referred to the unit for colposcopy by the primary healthcare network. Final diagnosis was obtained through histopathological examination of conization specimens. Results: Of the 65 patients studied, 33,8% (CI95% 23,1- 45,9%) had HSIL, and 4,6% (CI95% 1,1- 12,0%) had cancer confirmed by histological examination. The other patients were diagnosed as having low-grade squammous intraepithelial lesion (LSIL - 26,1%, CI95% 16,5- 37,8%), glandular dysplasia (1,5%, CI95% 0,07- 7,35%), and absence of disease (33,8%, CI95% 23,1- 45,9%). This study did not find statistically significant ix difference of the prevalence ratio of HSIL and cancer between age groups of more than 45 and less than 45 years of age, and between women tested positive or negative for HIV. Conclusion: The prevalence of cancer and HSIL found in this study does not seem to be enough to justify direct referral for conization to investigate the cervical canal. Nevertheless, randomized clinical trials are necessary to determine an approach that would be more adequate in this situation.
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