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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA COMO FATOR DE RISCO PARA O BAIXO PESO AO NASCER: EXPRESSÃO DE ATRIBUTOS MATERNOS OU CONVERGÊNCIA DE FATORES SOCIAIS?
Recém-Nascido de Baixo Peso
Mortalidade Infantil
Sistemas de Informação
Ribeiro, Patrícia da Silva | Date Issued:
2011
Alternative title
The teenage pregnancy as a risk factor for low birth weight: maternal expression of attributes of social factors or convergence?Author
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A adolescência constitui um período caracterizado por intensos conflitos. Na
ocorrência de gravidez nessa fase da vida, a situação de vulnerabilidade conferida pela
idade tende a ser intensificada, razão pela qual a gravidez na adolescência é entendida sob a
forma de um problema de saúde pública. Do mesmo modo identificar a magnitude da
gravidez na adolescência como um dos determinantes da mortalidade infantil é de
fundamental importância, levando-se em consideração que juntas, gravidez na adolescência
e mortalidade infantil, podem apontar áreas de piores condições socioeconômicas. Nesse
sentido, a gravidez na adolescência constitui um importante elemento a ser descortinado.
Com o objetivo de investigar se a gravidez na adolescência está associada ao baixo peso ao
nascer e à mortalidade infantil no município de Porto Velho, Rondônia, no período de 2006
a 2008, desenvolveu-se estudo longitudinal, a partir da utilização de dados do Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, sendo
identificados 22569 nascidos vivos e 454 óbitos. O método de relacionamento
probabilístico de registros foi empregado para o cruzamento dos dados do SINASC e do
SIM. O maior contingente de óbitos foi do componente neonatal (71,9%), dos quais, 52,7%
correspondiam aos óbitos neonatais precoces. As adolescentes corresponderam a 26% dos
nascimentos vivos, das quais, apenas 1,3% tinham entre 10 e 14 anos. A maioria das
mulheres era parda, 70,8%, solteira, 74,7%, multípara, 53,4%, e possuíam 8 ou mais anos
de estudo, 55,7%. Apenas 35,9% realizaram seis ou mais consultas de pré-natal. A grande
maioria dos partos foi a termo, 92,9% e ocorreram em instituições públicas, 79,8% dos
partos. O baixo peso ao nascer foi observado em 8% dos nascimentos. De um modo geral,
as piores condições foram observadas entre as adolescentes, sobretudo as multíparas. No
entanto, o efeito da idade materna isoladamente não foi estatisticamente significativo para
explicar a mortalidade infantil ou mesmo o baixo peso ao nascer. A prematuridade e o
baixo peso ao nascer foram as variáveis com maior associação com a mortalidade infantil,
respectivamente, OR 25,95 (20,49 – 32,85) e 22,04 (16,98 – 28,61), tendo o pré-natal como
um fator de proteção para a sua ocorrência. O estudo aponta para necessidade de instituir
programas de planejamento familiar que sejam acessíveis, resolutivos e contemplem
profissionais qualificados, estruturação e implementação efetiva das ações de investigação
de óbitos maternos e infantis pelos Comitês de Mortalidade Materno e Infantil.
Abstract
The adolescence is a period characterized by intense conflict. In the occurrence of
pregnancy at that stage of life, the situation of vulnerability conferred by the age tends to be
intensified, reasons for which the pregnancy in adolescence is understood as a public health
problem. In the same way to identify the magnitude of teenage pregnancy as a determinant
of infant mortality has a fundamental importance, taking into account that together, teenage
pregnancy and infant mortality, can indicate areas with the worst socioeconomic conditions.
In this sense, teenage pregnancy is an important element to be revealed. Aiming to
investigate if pregnancy in adolescence is associated with low birth weight and infant
mortality in the city of Porto Velho, Rondonia, in the period of 2006 to 2008, it was
developed this analytical and longitudinal study, from the data of Death Certificates and
Live Births, where were identified the occurrence of 454 deaths and 22.569 Live Births.
The method of probabilistic record linkage was used to cross data from the SINASC and
from the SIM. The highest number of deaths was the neonatal (71,9%), of which, 52,7%
corresponded to early neonatal deaths. Teenagers accounted for 26%, of which, only 1,3%
were between 10 and 14 years old. Most women were mulatto (70,8%), single (74,7%),
multiparous (53,4%) and had 8 or more years of education (55,7%). Only 35,9% received
satisfactory prenatal care. The vast majority of childbirths occurred in the expected time
(92,9%) in public institutions (79,8%). Low birth weight was observed in 8% of births. In
general, the worst conditions were observed among adolescents, especially multiparous.
However, the effect of maternal age alone was not statistically significant in explaining
infant mortality or low birth weight. Prematurity and low birth weight were the variables
associated with higher infant mortality, respectively, 25,95 (20,49 – 32,85) and 22,04
(16,98 – 28,61), with the prenatal care as a protective factor for their occurrence. The study
highlights the need to establish family planning programs that are accessible, resolvent and
contemplate qualified professionals, structuration and effective implementation of
investigative actions of maternal deaths and infant mortality by the Committees for
Maternal and Child Death.
DeCS
Gravidez na AdolescênciaRecém-Nascido de Baixo Peso
Mortalidade Infantil
Sistemas de Informação
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