Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13470
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
02 Fome zero e agricultura sustentávelCollections
Metadata
Show full item record
ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTRESSE PSICOSSOCIAL NO TRABALHO E COMPULSÃO ALIMENTAR: RESULTADOS DA LINHA DE BASE DO ELSA-BRASIL
Estresse psicológico
Obesidade
Transtornos alimentares
Obesidade
Transtornos da Alimentação
Saúde do Trabalhador
Estudos de Coortes
Estudos Transversais
Inquéritos sobre Dietas
Prevalência
Gralle, Ana Paula Bruno Pena | Date Issued:
2015
Alternative title
Association between psychosocial work stress and binge eating: results of the baseline of the ELSA-BrazilAuthor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
OBJETIVO: Analisar a associação entre o estresse psicossocial no trabalho, segundo o
modelo Demanda-Controle, e a compulsão alimentar, bem como a influência modificadora de
efeito do Índice de Massa Corporal (IMC) nessa associação. MÉTODOS: Foi realizada uma
análise transversal com dados da linha de base (2008 a 2010) do Estudo Longitudinal de
Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), um estudo multicêntrico que acompanha funcionários
públicos brasileiros. De um total de 12.096 trabalhadores ativos na linha de base, foram
excluídos aqueles que tinham dados faltantes; a amostra analítica contou com 11.951
trabalhadores. O estresse no trabalho foi avaliado por meio do questionário demandacontrole-apoio social (DCSQ). A compulsão alimentar foi avaliada pela percepção da ingestão
de uma elevada quantidade de alimentos em um período de tempo delimitado (até duas horas)
e sensação de perda de controle sobre o que ou o quanto se come, com frequência dos
episódios de, pelo menos, duas vezes por semana. Modelou-se o desfecho por meio de
regressão logística múltipla como função do estresse psicossocial no trabalho e da interação
entre este e o IMC. RESULTADOS: A prevalência de compulsão alimentar foi 6,9%. Entre
os trabalhadores que apresentavam compulsão alimentar, predominavam as mulheres, os mais
jovens, os não casados, participantes com baixos níveis de escolaridade e de renda per capita e
aqueles que se auto-declararam indígenas, pretos e pardos. Entre os obesos a prevalência foi
5,3 vezes mais alta que entre aqueles que tinham peso normal. Após ajuste por co-variáveis
(sexo, idade, renda per capita, jornada semanal de trabalho e IMC) estiveram associados a
compulsão alimentar, comparados ao trabalho de baixa exigência: a alta exigência (alta
demanda/baixo controle; OR 1,58; IC95%1,26-1,98), o trabalho ativo (alta demanda/alto
controle; OR 1,35; IC95% 1,07-1,70) e o trabalho passivo (baixo controle/baixa demanda; OR
1,24; IC95% 1,01-1,53). As demandas psicológicas foram positivamente associadas ao
desfecho (OR 1,04; IC95% 1,01-1,07), enquanto a percepção de maior controle (OR 0,95;
IC95 0,92-0,97) e de apoio social no trabalho (OR 0,96; IC95% 0,94-0,98) foram
inversamente associados a compulsão alimentar. Observou-se modificação da associação
entre estresse no trabalho e compulsão alimentar pelo IMC: altas demandas psicológicas
apresentaram as maiores chances para compulsão alimentar entre os mais obesos, e a relação
inversa entre altos níveis de controle e compulsão alimentar foi mais forte entre os mais
magros. CONCLUSÕES: Os aspectos psicossociais do trabalho influenciaram na prevalência da compulsão alimentar, e essa associação obteve chances diferenciadas entre magros e
obesos.
Abstract
OBJECTIVE: The aim of this dissertation was to assess the association between
psychosocial job strain and binge eating, as well as the modifying effect of body-mass index
(BMI) on this association. METHODS: Data from the baseline of the Brazilian Longitudinal
Study of Adult Health (ELSA-Brasil), a multi-site study on civil servants, was analyzed in a
cross-sectional design. Among a total of 12.196 participants currently working at the time of
data collection, between 2008 and 2010, those with missing data were excluded; the analytical
sample contained 11.951 subjects. Job strain was assessed using the Demand-Control-Support
Questionnaire (DCSQ). Binge eating was assessed as eating an elevated amount of food in a
discrete period of time (up to two hours) with a sense of lack of control over what and how
much is eaten, at a frequency of at least two episodes per week. The outcome was modeled,
using multiple logistic regression, as a function of psychosocial work stress and its interaction
with BMI. RESULTS: The prevalence of binge eating was 6.9%. The binge eating population
was dominated by women, younger age groups, those living without a partner, those with
lower levels of education and income, and self-declared Amerindians and blacks. Among the
obese, prevalence was 5.3 times higher than among those of normal weight. After adjusting
for co-variables (sex, age, income per capita, weekly working hours and BMI), binge eating
was associated with: high strain (high demands/low control; OR 1,58; CI95% 1,26-1,98),
active work (high demands/high control; OR 1,35; CI95% 1,07-1,70) and passive work (low
control/low demand; OR 1,24; CI95% 1,01-1,53). The dimension psychosocial job demands
was positively associated with the outcome (OR 1,04; CI95 1,01-1,07), while the perception
of higher job control was inversely associated with binge eating (OR 0,95; CI95 0,92-0,97), as
was social support at work (OR 0,96; IC95% 0,94-0,98). A modification of the association
between job strain and binge eating by BMI was observed: high psychological demand was
associated with higher chances of binge eating among the more obese, while the inverse
association of control and binge eating was stronger among those of lower weight.
CONCLUSIONS: The psychosocial aspects of work influence the prevalence of binge
eating, and the odds of this association differ between normal-weight and overweight
subjects.
Keywords in Portuguese
Modelo Demanda-ControleEstresse psicológico
Obesidade
Transtornos alimentares
DeCS
Estresse PsicológicoObesidade
Transtornos da Alimentação
Saúde do Trabalhador
Estudos de Coortes
Estudos Transversais
Inquéritos sobre Dietas
Prevalência
Share