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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13808
REGULAÇÃO DE CYPS HEPÁTICAS, CYP2A5, 1A1/2 E 2B9/10, PELO LPS E DIFERENÇAS DE EXPRESSÃO E ATIVIDADE ENTRE LINHAGENS DE CAMUNDONGOS
Poça, Katia Soares da | Date Issued:
2013
Alternative title
Regulation of hepatic CYPs, Cyp2a5, 1a1 / 2 and 2b9/10 by LPS and differences in expression and activity among mouse strainsAuthor
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Nas últimas quatro décadas estudos mostram que inflamações e infecções modulam a expressão e atividade de enzimas citocromo P450 (CYP). A modulação negativa das atividades de CYPs hepáticas é o efeito mais frequente, mas a regulação positiva também tem sido relatada. Entretanto, os mecanismos pelos quais estímulos inflamatórios e infecções modulam a expressão e a atividade destas enzimas de biotransformação permanecem obscuros. Este estudo foi conduzido para ajudar a esclarecer os mecanismos pelo quais Cyp2a5, 1a1/2 e 2b9/10 são reguladas no tecido hepático quando a resposta imune é ativada. Na primeira parte do trabalho, avaliamos a expressão e atividade constitutiva e induzida de Cyp2a5 em camundongos fêmeas adultas de oito linhagens/colônias. Possíveis relações da indução de Cyp2a5 com a expressão aumentada da heme-oxigenase 1 (HO-1) e dano hepático também foram investigadas. Níveis de mRNA da Cyp2a4/5 e hmox-1 no tecido hepático foram determinados por qPCR, enquanto as atividades da COH (Cyp2a5), EROD (Cyp1a1/2) e BROD (Cyp2b9/10) foram avaliadas em microssomos hepáticos, e a toxicidade hepática provocada pelo tratamento com os indutores examinada medindo os níveis séricos de transaminase (ALT). Os resultados mostraram que os níveis constitutivos da atividade de Cyp2a5 variaram acentuadamente entre as linhagens, sendo a atividade mais elevada registrada em DBA-2, mas os níveis constitutivos de mRNA de Cyp2a4/5 e a expressão de HO-1 não apresentaram grandes variações. O pirazol (PIR) induziu a expressão e atividade de Cyp2a5 em todas as linhagens, o fenobarbital (FEN) apenas no DBA-2, enquanto a expressão de HO-1 não foi alterada pelos tratamentos.
Em contraste com o observado com Cyp2a5, as atividades constitutivas de Cyp1a1/2 e 2b9/10 exibiram apenas discretas variações entre as linhagens. O PIR praticamente não teve efeito sobre EROD e BROD, mas o FEN regulou positivamente as atividades de Cyp1a1/2 e 2b9/10. A hepatotoxina PIR induziu a expressão e atividade de Cyp2a5 em doses em que não provocou qualquer aumento de ALT. Na segunda parte do trabalho, avaliamos os efeitos do LPS sobre a atividade de Cyp2a5, 1a1/2 e 2b9/10 em fêmeas DBA-2, e investigamos se o bloqueio da resposta inflamatória, com a administração concomitante de pentoxifilina (PTX), atenuaria ou aboliria os efeitos do LPS. Os resultados mostraram que o LPS deprimiu as atividades de Cyp1a1/2 e 2b9/10 apenas em doses altas, mas o efeito sobre a atividade de Cyp2a5 seguiu uma curva dose-resposta não linear e não monotônica (forma de U , com depressão em doses baixas, retornando aos níveis basais com as doses mais altas). A atenuação do aumento da produção de citocinas e NO pelo co-tratamento LPS e PTX não alterou os efeitos da endotoxina sobre as atividades de Cyp1a1/2 e 2b9/10, sugerindo que a regulação negativa não depende do aumento dos níveis de NO e citocinas no sangue. O co-tratamento, todavia, modificou os efeitos relacionados à dose de LPS sobre a atividade de Cyp2a5: a depressão pelas doses baixas de LPS foi mantida, mas prolongou-se a extensão da faixa de doses em que o LPS causa depressão de COH, mostrando que o co-tratamento pareceu abolir a volta aos níveis quase basais de atividade de Cyp2a5 notado em doses altas. Por outro lado, o bloqueio da produção de NO pelo co-tratamento com LPS e aminoguanidina (Ag, inibidor seletivo de NOS2) mostrou que o retorno da atividade de Cyp2a5 aos níveis basais em doses altas de LPS foi abolido. A partir dos resultados aqui apresentados, é possível supor que os níveis aumentados de NO de alguma forma deflagram a transição da regulação negativa para a positiva da atividade de Cyp2a5.
Abstract
A number of studies conducted during the last four decades have shown that inflammations and infections modulate the expression and activity of cytochrome P450 (CYP) enzymes. The down-modulation of CYP activities in the liver is by far the most frequently described effect, yet the up-regulation of a few CYP isoforms has been reported as well. Nonetheless, the mechanisms by which inflammatory stimuli and infections modulate xenobiotic biotransformation enzymes remain largely unclear. This
study was undertaken to shed light on the mechanisms through which liver Cyp2a5, 1a1/2 and 2b9/10 are regulated when the immune response is activated. First of all, the constitutive and induced (by pyrazole, PYR, or Phenobarbital, PB) expression and activity of Cyp2a5 in adult female mice from eight strains/breeding stocks were evaluated. Possible relations of Cyp2a5 induction with enhanced expression of hemeoxygenase 1 (HO-1) and liver injury were also investigated. Levels of Cyp2a4/5 and hmox-1 mRNA in the liver tissue were determined by qPCR while activities of COH
(Cyp2a5), EROD (Cyp1a1/2) and BROD (Cyp2b9/10) were assessed in hepatic microsomes. Liver toxicity due to treatment with COH inducers was examined by measuring serum transaminase levels (ALT). Results showed that constitutive Cyp2a5 activity markedly varied among the mouse strains, being the highest activity recorded in the DBA-2. Surprisingly, constitutive levels of mRNA Cyp2a4/5 and expression of HO1 did not exhibit marked inter-strain variations. PYR induced Cyp2a5 expression and activity in all strains and PB enhanced COH in most strains. Induction of both Cyp2a5
expression and activity by PB, however, was found only among mice of the DBA-2 strain, while HO-1 expression was not enhanced either by PYR or PB in any strain. Constitutive EROD and BROD activities exhibited only minor inter-strain variations. PYR had virtually no effect on EROD and BROD while PB up-regulated both activities in all strains. Results also showed that PYR, albeit being a hepatotoxin at high doses, induced expression and activity of Cyp2a5 at doses that did not elicit any increase in
ALT. In the second part of this study, the effects of a broad range of LPS doses on the activities of Cyp2a5, 1a1/2 and 2b9/10 in female DBA-2 mice was evaluated. Moreover, the effect of blockage of inflammatory response elicited by LPS (enhanced production of cytokines and NO serum levels) with co-administration of pentoxifylline (PTX) on the regulation of Cyp activities was investigated. Results demonstrated that LPS depressed Cyp1a1/2 and 2b9/10 activities only at (high) dose levels that also
markedly increased serum levels of CK and NO. It was also found that effects of LPS on Cyp2a5 activity were described by a non-linear non-monotonic dose-response curve (“U”-shaped, with COH activity depressed at low doses). EROD and BROD activities in the liver remained virtually unchanged after depression of CK and NO serum levels by the co-treatment, showing that down-modulation of Cyp1a and 2b isoforms by LPS
does not depend on their increase in the blood. However, PTX modified the dose-related effects of LPS on the Cyp2a5 activity: no change was noted on the LPS low dose rangecaused depression of COH activity, but the co-treatment extended its depression to the high dose range as well, suggesting that PTX abolished the return to near basal levels of
Cyp2a5 activity noted at high doses of LPS. Moreover, NO overproduction by LPS was blocked by the co-treatment with aminoguanidine (Ag, a NOS2 selective inhibitor). NO blockage by the co-treatment showed that Cyp2a5 activity return to near basal levels at high doses of LPS was abolished. From the results presented here, a hypothesis can be advanced that increased NO levels in some way trigger the transition of down- to upregulation of Cyp2a5 activity.
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