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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13924
A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL NA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA - ENSP DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ): DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO E PANORAMA ATUAL, 2013
Saúde Pública
Internacionalidade
Escolas de Saúde Pública
Recursos Humanos em Saúde
Saúde Global
Institucionalização
Desenvolvimento Institucional
Análise Quantitativa
Quantitative analysis
International Cooperation
Public Health
Internationality
Schools, Public Health
Health Manpower
Global Health
Institutionalization
Saúde Pública
Internacionalidade
Escolas de Saúde Pública/história
Recursos Humanos em Saúde
Saúde Global
Institucionalização
Desenvolvimento Institucional
Análise Quantitativa
Camara, Erica Kastrup Bittencourt e | Date Issued:
2015
Alternative title
The International Cooperation at the National School of Public Health Sergio Arouca, ENSP of the Oswaldo Cruz Foundation Fiocruz: historical development and current situation, 2013Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Na América Latina, o desenvolvimento de Escolas de Saúde Pública (ESPs), desde a primeira
metade do século XX, está historicamente relacionado à cooperação internacional (CI) e à influência
norte-americana na região, sobretudo da Fundação Rockfeller, prevalecendo a perspectiva biomédica
na organização da saúde pública em nível regional. Entretanto, desde a sua consolidação nos anos
1960, a ENSP foi influenciada pelos preceitos da Medicina Social. Na década de 1970, a influência
do movimento da medicina social latino-americana, a articulações de profissionais em nível regional
e internacional, novos atores e projetos reunidos na ENSP contribuíram para o fortalecimento dessa
característica, que alicerçou o desenvolvimento institucional da Escola. Na década seguinte, final dos
anos 1970 e anos 1980, esse alinhamento foi confirmado pelo protagonismo da ENSP no avanço do
Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, contribuindo de forma relevante para a elaboração do
conceito de Saúde Coletiva, que embasou as atividades e ações do movimento reformista, assim como
para a aprovação da reforma da saúde na nova Constituição brasileira de 1988 e, posteriormente (nos
anos 1990), para a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa dinâmica no Brasil foi
praticamente antagônica ao observado na América Latina no mesmo período, quando a maioria dos
países realizou reformas baseadas em princípios neoliberais. Nos anos 1990, a ENSP se beneficiou
da cooperação internacional acadêmica, científica e tecnológica, ampliando a articulação com
instituições de ensino e pesquisa no exterior. Nos anos 2000, a priorização da saúde na agenda da
Política Externa Brasileira (PEB) estimulou uma nova atuação da ENSP (e da Fiocruz) na Cooperação
Internacional em Saúde (CIS), que se caracterizou pelo privilegiamento das relações Sul-Sul. Esse
processo inaugurou uma nova forma de relação da Fiocruz (e da ENSP) com a cooperação
internacional brasileira em saúde, onde a instituição figurou como ponto focal da PEB nesse campo.
Os projetos de CIS, organizados institucionalmente a partir de então, passaram a coexistir com a
cooperação internacional acadêmica tradicional, isto é, advinda das relações profissionais entre
pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Essas duas vertentes, embora paralelas e com trajetórias
particulares, guardam relações entre si, embora uma não derive da outra. Os projetos de CSS
realizados pela Escola se alinham à proposta “alternativa” da cooperação internacional brasileira,
denominada “cooperação estruturante em saúde”. Apesar do pouco tempo de desenvolvimento dos
projetos institucionais e de certo alinhamento com a PEB e a política institucional da Fiocruz nessa
área, os dados disponíveis analisados evidenciam essa mudança, mas são insuficientes para uma
melhor avaliação dos resultados dessa nova política da ENSP para a CI. Seria oportuna uma melhor
organização dos bancos de dados coletados na ENSP/Fiocruz sobre o tema, seja em relação ao
processo de trabalho institucional ou da atuação política da ENSP no campo internacional,
possibilitando análises mais refinadas.
Abstract
In Latin America, the development of Schools of Public Health (SPHs) since the first half of
the 20th century is historically connected with international cooperation (IC) and United States
influence in the region, particularly through the Rockefeller Foundation. In this process, the
biomedical perspective predominated in the organisation of public health regionally. Nonetheless,
Brazil’s National School of Public Health (ENSP), since it was established in the 1960s, has been
influenced by the principles of Social Medicine. In the 1970s, the influence of the Latin American
social medicine movement, relations among health professionals regionally and internationally, new
actors and projects concentrated in the ENSP all contributed to strengthening this characteristic
underpinning the school’s institutional development. Over the following decade, from the late 1970s
through the 1980s, this alignment was confirmed by the ENSP’s leading role in advancing the
Brazilian Health Sector Reform Movement: it contributed significantly to development of the concept
of Collective Health underlying the reform movement’s activities and actions, as well as to approval
of the health sector reform in Brazil’s 1988 Constitution and, subsequently, in the 1990s, to
implementation of the Unified Health System (Sistema Único de Saúde, SUS). This dynamic in Brazil
went against the tide of what was seen in Latin America in the same period, when most countries
carried out reforms grounded in neoliberal principles. In the 1990s, the ENSP benefited from
international academic, scientific and technological cooperation, and expanded its interrelations with
teaching and research institutions abroad. In the 2000s, the priority given to health on Brazil’s Foreign
Policy (BFP) agenda prompted new actions by the ENSP (and the Oswaldo Cruz Foundation,
FIOCRUZ), prioritising South-South relations in International Cooperation in Health (SSICH). That
process ushered in a new kind of relationship between the FIOCRUZ (and ENSP) and Brazil’s
international cooperation in health, with the FIOCRUZ constituting the focal point for BFP in this
field. The IHC projects, thereafter organised institutionally, came to coexist with traditional academic
IC, that is, cooperation stemming from professional relations between researchers in Brazil and
abroad. These two trends although parallel and with their own particular trajectories, are interrelated,
although one does not derive from the other. The SSICH projects carried out by the ENSP align with
the “alternative” proposal of Brazilian’s “structural cooperation in health”. Despite the short time that
these institutional projects have been operating and certain alignment with BFP and FIOCRUZ policy
in this area, the available data examined do attest to this change, but are insufficient for any thorough
assessment of outcomes of this new policy of the ENSP’s towards IC. It would appear to be a good
time to organise better the ENSP/FIOCRUZ databases, as regards both the process of the ENSP’s
institutional work and its political action in the international field, so as to facilitate more refined
analyses.
Keywords in Portuguese
Cooperação InternacionalSaúde Pública
Internacionalidade
Escolas de Saúde Pública
Recursos Humanos em Saúde
Saúde Global
Institucionalização
Desenvolvimento Institucional
Análise Quantitativa
Keywords
Institutional DevelopmentQuantitative analysis
International Cooperation
Public Health
Internationality
Schools, Public Health
Health Manpower
Global Health
Institutionalization
DeCS
Cooperação InternacionalSaúde Pública
Internacionalidade
Escolas de Saúde Pública/história
Recursos Humanos em Saúde
Saúde Global
Institucionalização
Desenvolvimento Institucional
Análise Quantitativa
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