Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18943
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
04 Educação de qualidadeCollections
Metadata
Show full item record
PROJETO AUTONOMIA: O PRIVADO E O PÚBLICO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO RIO DE JANEIRO
Ramos, Francineide Castilho | Date Issued:
2016
Author
Coordinator(s)
Co-advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A participação do empresariado na educação brasileira é um processo de longa data, com presença assídua em reuniões educacionais junto ao Ministério da Educação (MEC), como propositores de políticas educacionais enunciadas sempre como condição para a melhoria na qualidade do ensino. Busca, sobretudo, determinar as formas de instrução da população com vistas à capacitação de mão de obra do trabalhador, com o princípio de atender às necessidades do mercado. As políticas públicas educacionais desenvolvidas no país tem priorizado o capital nacional e internacional em contrapartida à garantia do direito social à Educação. A ‘qualidade’ anunciada nas políticas públicas envolvendo o setor empresarial tem garantido nichos de mercado, penetração dos ideais privatistas no espaço público e vultosos recursos públicos para o setor privado. Essa prática tem se configurado ao longo dos anos e acirrou-se profundamente após as investidas do capital durante as últimas décadas do século XX. Frigotto (2002), Evangelista e Leher (2012), Cunha (2007) mencionam que a participação do setor empresarial na Educação pública com a perspectiva de ‘melhoria na qualidade’, tem forjado os interesses desta classe e desarticulado a luta por uma educação de qualidade, laica e direito de todos. Projetos são elaborados por instituições privadas e implementadas como política pública nas escolas para alcançar a ‘melhoria da qualidade’ e sanar problemas educacionais, que se arrastam de longa data. Nesse contexto, no ano de 2009, a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC/RJ) e a Fundação Roberto Marinho, doravante FRM, instituição pertencente à empresa Rede Globo, celebraram contrato de parceria denominado Projeto Autonomia, que tem como pressuposto corrigir o fluxo escolar e dirimir os problemas de repetência das escolas da rede Estadual de Educação. A prática tem revelado que a ‘suposta retirada da responsabilidade’ do Estado em garantir a educação como direito está sendo travestida de manutenção de privilégios para o capital. Nessa perspectiva a luta por uma Educação pública, laica e direito de todos não pode morrer.
Abstract
The participation of the business community in Brazilian education is a long process, with constant presence in educational meetings ith the Ministry of Education (MEC) as set out educational policy proposers always as a condition for improving the quality of teaching. Search above all, from this form of instruction of the population with a view to training the worker’s labor, with the principle of meeting the market needs. Educational public policies developed in the country has prioritized the national and international capital in return the guarantee of the social Education. The 'quality' announced in public policies involving the business sector has guaranteed niche markets, penetration of privatization ideals in public spaces and major public resources to the private sector. This practice has been set up over the years and got worse deeply after the attacks of capital during the last decades of the twentieth century. The authors such as Frigotto (2003 ) , Evangelista & Leher ( 2012), Cunha (2013 ) mention that the participation of the business sector in public education with the prospect of ' improving quality ' has forged the interests of this class and inarticulate struggle for quality education , secular and right of all. Projects are developed by private institutions and implemented as public policy in schools to achieve ' improving quality ' and solve decades-long educational problems. In this context, in 2009, the state Department of Education of Rio de Janeiro (SEEDUC/RJ) and the Roberto Marinho Foundation (FRM), an institution belonging to the Globo Company entered into a partnership agreement called Projeto Autonomia, that supposes the repair of the educational flow and reduction of grade repetition problems at state school. The practice has proved that the withdrawal of the State's responsibility to ensure education as a right is maintaining privileges to the capital. In this perspective the struggle for public education, secular and rights of all can not die.
Share