Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23202
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
02 Fome zero e agricultura sustentável03 Saúde e Bem-Estar
04 Educação de qualidade
Collections
Metadata
Show full item record
ASSOCIAÇÃO ENTRE A FREQUÊNCIA DA INFECÇÃO POR ENTEROPARASITOS E AS ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS EM CRIANÇAS DE UMA CRECHE MUNICIPAL DA COMUNIDADE DO SALGUEIRO, RJ
Figueredo, Tiara Cascais | Date Issued:
2016
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
As enteroparasitoses constituem um sério problema de saúde pública, principalmente nos países em vias de desenvolvimento, mostrando-se intimamente relacionadas às baixas condições sanitárias. As parasitoses intestinais causam desnutrição e deficiências no desenvolvimento físico e cognitivo, principalmente na população infantil. Este estudo tem como objetivo avaliar a frequência de enteroparasitos em crianças frequentadoras de uma creche e verificar se há a associação entre a presença desses parasitos e o estado nutricional da criança. Foi realizado um estudo transversal com pré-escolares, realizado no ano de 2015 na comunidade do Salgueiro, localizada no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ. Dos 125 pré-escolares frequentadores de creche, foi realizado o exame parasitológico de fezes (EPF) em amostras de 80 crianças, pelas técnicas Ritchie, Kato-Katz e Lutz. Dentre os pré-escolares que realizaram o EPF, 40 tiveram sangue coletado para análise do hemograma completo. Também foi realizada aferiação das medidas antropométricas de 93/125 (74,4%) crianças estudadas. A frequência de enteroparasitos observada foi de 41%, sendo Giardia lamblia o protozoário mais frequente (28,7% - 23/80), seguido por Endolimax nana (11,2% - 9/80), Entamoeba coli (6,2% - 5/80) e Entamoeba histolytica (1,2% - 1/80). O único helminto detectado foi Ascaris lumbricoides (7,5% - 6/80). Ao estabelecer a associação entre a presença da infecção e antropometria, não foi observado diferença estatística entre o grupo infectado e não infectado no que tange o desenvolvimento pondo-estatural (P>0.05). Correlacionando a infecção por enteroparasitos aos níveis dos índices hematimétricos e leucocitários, não foi possível estabelecer associação entre frequência de eosinofilia e anemia nos grupos de infectados e não infectados. Assim, o estudo evidenciou uma elevada frequência de infecção por parasitos intestinais, o que corrobora a sua relação com as precárias condições de saneamento e baixo nível socioeconômico da comunidade estudada. Sabe-se que as parasitoses intestinais podem comprometer o desenvolvimento infantil, porém, o presente estudo não comprovou relação entre a infecção por enteroparasitos e o estado nutricional.
Abstract
Intestinal parasites represent a serious public health issue, particularly in developing countries. These types of disease are related to poor sanitary conditions and may cause, mainly on children, malnutrition and affect its physical and cognitive development. The main goal of this study is to evaluate the frequency of intestinal parasites on children in a day care, and analyse if there is some connection between the presence of these parasites and nutritional status of infected individuals. In 2015, it was conducted a cross-sectional study on Salgueiro Community, located in Tijuca neighborhood, Rio de Janeiro/RJ. It was collected 80 samples from 125 children for carrying out stool tests, using Ritchie, Kato-Katz and Lutz techniques. Among the 80 children who provided stool samples, 40 children also have provided samples for a complete blood count. We also measurement was carried out anthropometric measurements of 93/125 (74.4%) children studied. As the result, 41% of children were infected. 28,7% (23/80) presented Giardia lambia, 11,2% (9/80) Endolimax nana, 6,2% (5/80) Entamoeba coli and 1,2% (1/80) Entamoeba histolytica. Ascaris lumbricoides was the only helmint detected on 7.5% of the children (6/80). There were no statistical difference between the infected and uninfected groups regarding the indice of weight-height (P> 0.05). Besides, correlating infection by endoparasites and the levels of erythrocyte and leukocyte, it was not possible to establish an association between frequency of eosinophilia and anemia in infected and uninfected groups. Thus, the study showed a high frequency of infection with intestinal parasites, which confirms their relationship with poor sanitation and low socioeconomic level of the studied community.It is known that intestinal parasites can compromise child development, however, this study did not prove relationship between infection with intestinal parasites and nutritional status.
Share