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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24264
ANÁLISE CRÍTICA DA UTILIZAÇÃO DE VARIÁVEIS DE IDENTIFICAÇÃO ÉTNICO-RACIAL EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS SOBRE POPULAÇÕES BRASILEIRAS
Kabad, Juliana Fernandes | Date Issued:
2011
Alternative title
Critical analysis of the use of varying ethnic and racial identification in epidemiological studies of Brazilian populationsAuthor
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Objetivo: Analisar o uso das variáveis de identificação étnico-racial em estudos
epidemiológicos sobre populações brasileiras.
Métodos: A dissertação é composta por duas partes. A primeira trata-se de
sessão introdutória, que consiste em uma revisão da literatura sobre o
desenvolvimento dos conceitos que embasam as variáveis étnico-raciais, bem
como sobre o processo de inserção destas no campo da saúde coletiva e na
epidemiologia. A segunda parte se apresenta no formato de um artigo
científico, no qual se situa a problemática, uma breve revisão teórica, os
métodos utilizados, os resultados encontrados e a discussão analítica. A
pesquisa consistiu em uma revisão sistemática conduzida na base bibliográfica
PubMed, entre janeiro de 2000 e julho de 2010. Para o conjunto dos trabalhos
revisados, foi aplicada uma ficha com questões sobre seus objetivos e a
relevância da classificação étnico-racial em suas análises, características
sociodemográficas e aspectos da identificação étnico-racial das populações
investigadas, bem como o seguimento de recomendações, quanto ao uso de
raça, cor e etnia.
Resultados: Dos 1.174 artigos identificados, 151 foram elegíveis para a revisão.
Maiores proporções de cada um dos seguintes aspectos foram observadas nos
artigos em que a identificação étnico-racial ocupou papel central em suas
análises – destes, 18% justificou o emprego das categorias, 16% considerou a
classificação étnico-racial como fluida e relativa ao contexto da produção dos
dados, 65% descreveu o método da classificação étnico-racial, 17% entendeu
esta classificação como medida de variação genética, 26% interpretou a
variável como fator de risco para o desfecho em questão, 47% considerou
fatores socioeconômicos na interpretação das desigualdades étnico-raciais e
27% incluiu tais fatores no ajuste de modelos estatísticos. Apenas dois estudos
explicitaram o conceito, que embasou o uso da variável étnico-racial. questão deve ser aperfeiçoada urgentemente nas pesquisas em saúde
coletiva.
Abstract
Objective: This dissertation aims at analyzing the use of the variables race,
color and ethnicity in epidemiologic studies carried out with Brazilian
populations.
Methods: It is divided into two main parts. The first one consists of an
introductory section, reviewing the conceptual development of race and
ethnicity, as well as the process of their inclusion and use in the area of public
health and epidemiology. The second part is presented in the form of a scientific
article, in which the research question is posed, a brief theoretical review is
carried out, the methods and results are described, and a critical discussion is
developed. The paper was a systematic review conducted in the PubMed
bibliographic database on scientific articles published between January 2000
and July 2010. A data extraction form was used to obtain data from all individual
studies, such as their objectives, the relevance of the racial/ethnic classification
in their analyses, participants’ socio-demographic characteristics, including
aspects related to the methods of racial classification, as well as the adherence
to a set of recommendations on the use of race, color and ethnicity.
Results: After initially identifying 1,174 references, 151 were included in the
review. Higher proportions of each of the following results were observed
among papers in which the racial/ethnic classification was central to their
analyses – of these, 18% justified the use of racial/ethnic categories, 16%
regarded racial/ethnic classifications as context-dependent and fluid, 65%
described the methods adopted for racial/ethnic classification, 17% took the
racial/ethnic classification as a proxy for genetic variation, 26% considered such
classification as a risk factor for health outcomes, 47% considered socioeconomic factors in the interpretation of racial/ethnic inequalities in health and 27% adjusted these racial/ethnic disparities for socio-economic factors in their
statistical models. Only two studies explicitly presented the conceptual basis
underlying the use of race, color or ethnicity.
Conclusions: The publications analyzed do not follow established criteria on the
use of the racial/ethnic variable, which is an issue that should be urgently
addressed in public health research in Brazil.
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