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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24564
PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS EM MATERIAL ARQUEOLÓGICO
Protozoários Intestinais
Giardia Duodenalis
Coprólitos
ELISA
DNA Antigo
Villarroel, Liesbeth Martina Frías | Date Issued:
2013
Alternative title
Intestinal protozoa in archaeological materialAdvisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Apesar dos protozoários intestinais apresentarem uma distribuição global, a sua
recuperação do material arqueológico é ainda rara. Esta escassez poderia estar associada a
dificuldades na detecção devido as técnicas usadas e a fragilidade das estruturas parasitárias.
O objetivo deste trabalho foi pesquisar a presença de protozoários intestinais, principalmente
os zoonóticos, em coprólitos de origem humana e animal usando diferentes abordagens
metodológicas. Para isto, foram selecionadas 70 amostras provenientes de 15 sítios
arqueológicos da América do Sul. Com o objetivo de padronizar as metodologias de
identificação de protozoários em material antigo, os testes foram realizados primeiramente
em coprólitos experimentais. A detecção imunoenzimática foi realizada em todas as amostras
usando-se um kit ELISA específico para Giardia duodenalis, Cryptosporidium sp. e
Entamoeba histolytica/dispar. As amostras positivas para G. duodenalis foram analisadas
pela microscopia na tentativa de identificar estruturas parasitárias características preservadas
no material. Finalmente, e usando-se as mesmas amostras, fragmentos dos genes B-giardina e
gdh foram amplificados por PCR e sequenciados. Este estudo representa o primeiro relato de
G. duodenalis e Cryptosporidium sp. em amostras de origem humana e animal e o primeiro
registro de E. histolytica/dispar em material arqueológico do Brasil. A presença de G.
duodenalis em coprólitos de origem humana e animal do mesmo sítio arqueológico sugere a
circulação zoonótica do parasito no passado. G. duodenalis não foi detectada pela
microscopia óptica nas amostras arqueológicas. As fezes usadas no preparo do coprólito
experimental tinham abundantes cistos antes da dessecação, contudo após dessecação e
reidratação estruturas identificáveis foram escassas e a perda de morfologia característica
prejudicou o diagnóstico. Finalmente, a padronização das condições de amplificação nas
fezes frescas mostrou-se eficiente ao ser testada no coprólito experimental. Da mesma forma,
os alvos desenhados para detectar o gene gdh foram capazes de identificar G. duodenalis em
uma amostra arqueológica caracterizada como genótipo zoonótico A. Este achado reforça a
evidência sobre a transmissão zoonótica do parasito na América do Sul em tempos précolombianos.
Abstract
Although intestinal protozoa present a worldwide distribution, their recovery from
archaeological contexts is still exceptional. This scarcity might be associated with difficulties
in their detection through traditional microscopy techniques and the sensitivity of their
parasitic structures. The aim of this study was to investigate the presence of enteric protozoa,
mainly the zoonotic, in coprolites of human and animal origin using different methodological
approaches. For this purpose, we selected 70 samples from 15 archaeological sites in South
America. In order to standardize the identification of protozoa in ancient remains, tests were
performed in experimental coprolites as well. Immunoenzymatic detection was performed in
all the samples using an ELISA kit specific for Giardia duodenalis, Cryptosporidium sp., and
Entamoeba histolytica/dispar. Positive samples for G. duodenalis were then analyzed under
the microscope in order to identify characteristic parasitic structures preserved in the samples.
Finally, fragments of the B-giardin and gdh genes were amplified by PCR in the same
samples and sequenced. This study represents the first record of G. duodenalis and
Cryptosporidium sp. in samples of human and animal origin and the first identification of E.
histolytica/dispar in archaeological remains from Brazil. The presence of G. duodenalis in
coprolites of human and animal origin from the same archaeological site, suggests the
zoonotic circulation of the parasite in the past. No positive sample was found by microscopy
in the archaeological samples. The feces used to prepare the experimental coprolite had
abundant cysts before desiccation; nonetheless, after desiccation and rehydration, identifiable
structures were scarce and the loss of characteristic morphology impaired the diagnosis.
Finally, the standardization of amplification conditions in fresh feces showed to be successful
when tested in the experimental coprolite. Likewise, the primers designed to detect the gdh
gene were able to identify G. duodenalis in one archaeological sample, which was possible to
assign to genotype A. This finding reinforces the evidence suggesting a zoonotic transmission
of G. duodenalis in pre-Columbian South America.
Keywords in Portuguese
PaleoparasitologiaProtozoários Intestinais
Giardia Duodenalis
Coprólitos
ELISA
DNA Antigo
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