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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34080
Type
ThesisCopyright
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Sustainable Development Goals
13 Ação contra a mudança global do climaCollections
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DINÂMICA SAZONAL DA INFLUENZA NO BRASIL: A IMPORTÂNCIA DA LATITUDE E DO CLIMA
Almeida, Alexandra Ribeiro Mendes de | Date Issued:
2018
Alternative title
Seasonal influenza dynamics in Brazil: the importance of latitude and climateAffilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A gripe é uma doença transmissível que afeta pessoas no mundo todo. Não é um problema apenas em países temperados, mas é inquestionável que sua dinâmica é muito melhor compreendida lá do que em regiõestropicais. Nos países de clima temperado, o clima seco e frio é uma condição importante para o início da epidemia, favorecendo tanto a
capacidade do vírus de sobreviver e se espalhar, quanto a depressão do sistema imunológico de seu hospedeiro. Essas explicações, no entanto, não levam em conta a propagação da doença em terras tropicais, onde a temperatura oscila pouco e condições úmidas prevalecem o ano todo.
Esta tese contribui para o entendimento da propagação da Influenza em regiões tropicais, utilizando o Brasil como estudo de caso; um país tropical que engloba uma ampla gama de latitudes e seis sub-tipos climáticos. Para tanto, foram analisados séries temporais semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de 2010 até 2016, em nível estadual, considerando uma ampla gama de variáveis climáticas. Para entender o comportamento sazonal de SRAG nos estados brasileiros, combinamos hierarquicamente duas técnicas estatísticas: primeiro a decomposição wavelet para detectar a periodicidade anual e, em seguida, estatísticas circulares para descrever as medidas sazonais dos estados com comportamento sazonal. Para estudar a associação meteorológica com a doença, utilizamos a coerência bivariada e a diferença de fase e, em
seguida, realizamos uma análise MAG (Modelos Aditivos Generalizados) para desvendar as relações não-lineares entre o SRAG e o clima.
Encontramos uma periodicidade anual significativa em 44% dos estados. A relação entre as assinaturas sazonais e a latitude se mostrou estatisticamente significativa. Estados com assinatura sazonal estão agrupados ao longo da costa. Entre os estados sazonais, a gripe começa na região Nordeste, espalhando-se para o Sul. As variáveis climáticas estudadas se comportam diferente na região subtropical úmida (Sul e alguns estados do Sudeste) quando comparadas às áreas tropicais (resto do país). Enquanto a temperatura mínima é um motor na região úmida, a umidade e suas facetas parecem ser o aspecto meteorológico mais
importante do clima estudado na região tropical. Esta tese avança na compreensão da sazonalidade da influenza em áreas tropicais e
pode ser usado para desenhar estratégias de prevenção e controle mais eficazes.
Abstract
Influenza is a transmissible disease that affects people worldwide. It is not a problem just in temperate countries, but it is unquestionable that its dynamics is far better understood there than in tropical lands. In temperate countries, the dry and cold weather is an important condition for the onset of the epidemics favoring both the virus' ability to survive and spread as well as to depress the immune systems of its host. These explanations, however, fail to account for the disease spread in tropical lands, where temperature barely oscillates and yearround humid conditions prevail. This thesis contributes to the understanding of Influenza spread in tropical regions, using Brazil as a case-study; a tropical country that encompasses a wide range of latitudes and six climatic sub-types. We analyzed the weekly reports of Severe Acute Respiratory Diseases (SARI) from 2010 to 2016, at the state level, considering some climate variables. To understand the seasonal behavior of SARI in the Brazilian states, we combined
two techniques hierarchically: first the wavelet decomposition technique to detect annual periodicity and then circular statistics to describe seasonal measures of the periodic states. To study the meteorological association with the disease, we used the bivariate coherence and phase difference, and next, we performed a GAM (Generalized Additive Model) analysis
to unveil the non-linear relationships between SARI with climate. We found significant annual periodicity in 44% of the states. The relationship between the seasonal signatures and latitude was clear and statistically significant. States with seasonal signature are clustered along the coast. Among the seasonal states, influenza starts in Northeast region, spreading southbound. The climatic variables studied behave differently in the humid subtropical area (South e some of Southeast states) than in the tropical lands (rest of the country). While minimum temperature is a special driver in the humid region, humidity and its facets seem to be the most important meteorological aspect of the climate studied in the tropical area. This thesis advances the comprehension of influenza seasonality in tropical areas and could be used to design more effective prevention and control strategies.
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