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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34883
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE BISFENOL A (BFA) EM FÓRMULAS INFANTIS E SUA CONTRIBUIÇÃO NA EXPOSIÇÃO DE LACTENTES
Controle de Qualidade
Zona Controlada
Preservação Biológica
Controle de Qualidade
Zona Controlada
Preservação Biológica
Bomfim, Marcus Vinicius Justo | Date Issued:
2015
Co-advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Desreguladores endócrinos, como o bisfenol A (BFA), podem representar um sério risco toxicológico e de saúde pública, principalmente pela ação em baixas doses e, por isso tem recebido atenção da comunidade científica e de organizações relacionadas à segurança alimentar. É utilizado principalmente na produção de um tipo de plástico denominado policarbonato (PC) e na formação de resinas epóxi. O PC está presente em produtos de uso diário recipientes e materiais de cozinha e garrafas de água. As resinas epóxi são utilizadas como revestimento interno de latas de alimentos e bebidas. Em contato com o alimento, a substância pode ser transferida a partir do material plástico. O objetivo do trabalho foi determinar os níveis de BFA presentes em amostras de fórmula infantil em pó antes e após acondicionamento em mamadeiras de PC, contribuir com uma estimativa de exposição dietética em lactentes e desenvolver um ensaio toxicológico para avaliação da estrogenicidade de substâncias em útero isolado de ratas imaturas. Antes do contato com as mamadeiras de PC, as concentrações de BFA nas amostras de fórmulas infantis oscilaram entre 0,2 a 10,2 µg/kg da amostra. Após o ensaio de migração, as fórmulas experimentaram acréscimo médio de 16,5% em relação à concentração inicial. Os resultados obtidos atestam que as amostras analisadas estão abaixo do limite de migração específica (LME) para o BFA definido pela União Europeia e pelo Brasil. Nas faixas etárias estudadas, as estimativas de exposição dietética ao BFA indicaram níveis dez vezes inferiores aos calculados pelo National Toxicology Program (2008) e cinquenta vezes inferiores ao European Food Safety Authority (2006). Em relação a Ingestão diária tolerada, IDT, (EFSA, 2015), a exposição dietética ao BFA estimada no trabalho oscila entre valores de dezenove a oitenta vezes inferiores. O pior cenário de exposição dietética ao BFA em lactentes envolve a alimentação exclusiva por fórmulas infantis. Nesse estudo não foram considerados fontes de exposição como leite materno, água para consumo bem como frutas e vegetais. Contudo, a baixa exposição estimada não exclui a possibilidade de ocorrência de efeitos adversos sobre a saúde humana O cenário é complexo, envolve outras formas de exposição e ainda é alvo de preocupação de autoridades e entidades envolvidas com a prevenção de riscos e segurança alimentar. A preparação isolada de útero de rata obtida de ratas imaturas mostrou-se adequada para a detecção da estrogenicidade de substância de alta potência estrogênica como o 17α- etinilestradiol (EE), nas doses testadas de 1,0 e 3,0 µg/kg p.c.. O não tratamento ou o pré-tratamento de ratas com óleo de milho, controle-solvente para o EE e o ftalato de dibutila não estimulou os receptores de ocitocina na preparação uterina. O pré-tratamento dos animais pelo BFA, considerado uma substância fracamente estrogênica, nas doses de 300 e 600 mg/kg p.c, induziu, respectivamente, aumento das respostas máximas de ocitocina de 2,4 X e 2,5 X nas preparações uterinas quando comparado ao controle-solvente, etanol 10%. Conclui-se que o BFA aumentou a eficácia da ocitocina na preparação uterina.
Abstract
Bisphenol A (BPA) is a endocrine disruptor and it may represent a serious toxicological and public health risk even at low doses exposure. This problem has received attention from the scientific community and organizations related to food safety. It is used mainly in the production of polycarbonate (PC) and the formation of epoxy resins. When in contact with food, the substance can be transferred from the plastic material to food. The objective was determine the BPA levels present in samples of infant formula powder before and after contact with PC bottles, estimate a value of dietary BPA intake in infants and develop a toxicology assay to evaluate the estrogenicity of substances in isolated uterus of immature rats. The initial concentrations ranged from 0,2 to 10,2 mg/kg of sample. After the migration assay, the formulas had an increase of 16.5% compared to the initial concentration. The results show that the samples are below the specific migration limit of the BPA set by the European Union and Brazil. In the age groups, the estimates of dietary exposure to BFA indicated levels ten times lower than calculated by the National Toxicology Program (2008) and fifty times lower than calculated by European Food Safety Authority (2006). Regarding the tolerable dairy intake (EFSA, 2015), the estimated dietary exposure of BPA in the study were nineteen to eighty times smaller. The worst scenario of dietary exposure to BPA in infants involves feeding with infant formula. This study did not consider other exposure sources such as breast milk, drinking water, fruits and vegetables. However, the low estimated exposure does not exclude the possibility of adverse effects on human health. The scenario is complex, it involves other forms of exposure and is still of concern to authorities target and entities involved in risk prevention and food safety. The preparation of isolated rat uterus obtained from female immature rats was adequate to detect the high power estrogenicity estrogenic substance such as 17α- ethynilestradiol (EE) , at the tested doses of 1.0 and 3.0 mg/kg bw. The no treatment or pretreatment of rats with corn oil solvent control for the EE and dibutyl phthalate, not stimulated uterine oxytocin receptors on the preparation. Pretreatment of animals by BPA, considered a weakly estrogenic substance at doses of 300 and 600 mg / kg bw induced, respectively, increase maximal responses of oxytocin and 2.4 X 2.5 X in the uterine preparations when compared to the solvent control, ethanol 10%. It concludes that the BPA has increased the effectiveness of oxytocin on the uterine preparation.
Keywords in Portuguese
Espectrometria de Massas por Ionização e Dessorção a Laser Assistida por MatrizControle de Qualidade
Zona Controlada
Preservação Biológica
DeCS
Espectrometria de Massas por Ionização e Dessorção a Laser Assistida por MatrizControle de Qualidade
Zona Controlada
Preservação Biológica
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