O efeito de uma interface de paisagem florestal-urbana sobre a distribuição de mosquitos vetores de arbovírus e vigilância entomológica no município de Barra Mansa, estado do Rio de Janeiro

Abstract

Os mosquitos são insetos classificados na família Culicidae. São insetos de grande importância médica devido a sua capacidade de transmissão de patógenos ao ser humano e animais. O presente estudo objetivou conhecer aspectos sobre a biodiversidade sobre os integrantes dessa família bem como a distribuição de possíveis vetores de Febre Amarela no ambiente de borda dos fragmentos vegetais. Para tal, foi conduzido um estudo sobre os integrantes desse grupo no município de Barra Mansa, sul do estado do Rio de Janeiro. O município foi escolhido devido a notificação da infecção de um primata não humano pelo vírus da Febre Amarela e por apresentar divisa com outros municípios que notificaram óbitos humanos por Febre Amarela. Foram selecionados três fragmentos florestais urbanos de diferentes tamanhos, a partir do local onde foi encontrado o primata infectado. As coletas foram realizadas utilizando armadilhas para coleta de adultos, CDC com atrativo de CO2 e Shannon (ambas mensalmente), e armadilhas para coletas de imaturos, ovitrampas e bambutraps (ambas realizadas no intervalo de duas semanas). Foram selecionados quatro pontos de coleta por área, alocadas em diferentes alturas e analisadas em conjunto com dados abióticos e padrão de uso do solo. Foi observada maior diversidade de espécies nas armadilhas para coleta de adultos e na área de tamanho intermediário (dentre as amostradas). Ao analisar a distribuição de mosquitos de importância médica entre os pontos de borda e interior da vegetação não houve diferença estatística. Assim torna-se de suma importância estudos e atividades de conscientização conduzidas em áreas de interface entre ambientes urbanos e fragmentos florestais.