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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38134
SIGNIFICAÇÕES E VALOR MORAL DAS DIFERENTES MORTES COMUNICADAS PELO MÉDICO NO HOSPITAL DE EMERGÊNCIA
Significações da morte
Hospital de emergência
Médicos
Sujeitos culturais
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Prefeitura de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Prefeitura de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Abstract in Portuguese
A comunicação é um processo relacional, dinâmico, complexo, multidimensional e prática social. A atitude frente a morte é influenciada por fatores sociais e culturais. As pessoas são categorizadas pela sociedade e a emoção é fato social coercitiva sobre o indivíduo. Assim, percebe-se a relevância de analisar a interpretação da comunicação das diferentes mortes em um hospital de emergência. Compreender as múltiplas significações da morte e analisar os elementos que influem na sua comunicação por médicos, na condição de sujeitos culturais, em um hospital de emergência de uma metrópole brasileira. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, ancorada na Antropologia Interpretativa e Médica. A experiência humana é profundamente uma experiência moral, determinada por fatores socioculturais. O campo é um hospital público de emergência, referência em trauma na América Latina. A população estudada foi composta por médicos que atuam em setores específicos para pacientes graves com risco de morte. A coleta de dados deu-se durante nove meses de observação participante para imersão no universo sociocultural dos médicos da instituição e foram realizadas 43 entrevistas com roteiro semiestruturado. A análise foi êmica e guiada pelo modelo dos signos, significados e ações. As ações médicas no hospital de emergência frente a comunicação da morte são geralmente de luta e fracasso, porém algumas mortes são interpretadas como mais aceitas e outras como piores em se comunicar. Conforme quem morre, a situação, o contexto, a religião e a formação médica, a morte é significada como injusta, fora de hora, insucesso, frustrante, questionável ou pesarosa. Ou ainda como um alívio, justa, aguardada, prevista e esperada. Existem flexíveis arranjos na interpretação da morte na emergência, em que a preponderância e a transversalidade do paradigma biomédico convivem com outros valores socioculturais. Nesse contexto, significar determinada morte como aceitável é interpretado como consequência do contexto institucional, de valores socioculturais ou de mecanismos defensivos para realizar seu trabalho. Os elementos apontados podem subsidiar intervenções, planejamento e gestão na atenção à saúde nos hospitais de emergência acerca do processo comunicacional quanto no âmbito da educação, da saúde do trabalhador e da organização institucional.
Keywords in Portuguese
ComunicaçãoSignificações da morte
Hospital de emergência
Médicos
Sujeitos culturais
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