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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40224
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
02 Fome zero e agricultura sustentávelCollections
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DESENVOLVIMENTO DE MODELO EXPERIMENTAL DE ALERGIA A CAMARÃO
Nunes, Ivanéia Valeirano | Date Issued:
2019
Author
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.
Abstract in Portuguese
INTRODUÇÃO: As alergias alimentares são caracterizadas por uma resposta exacerbada do sistema imune mediadas por IgE direcionadas contra alérgenos orais, que podem causar desde sintomas leves, como urticária, até hipotensão grave e anafilaxia. O camarão está entre os alimentos mais sensibilizantes e, portanto, é associado a um grande número de reações anafiláticas. Entretanto, há escassez de estudos que viabilizem a compreensão sistemática dos mecanismos relacionados com esta enfermidade e investigação de novas abordagens terapêuticas. OBJETIVO: Nesta perspectiva, este trabalho objetivou estabelecer um novo modelo experimental de alergia a camarão que permita a avaliação de novas alternativas profiláticas, terapêuticas e aspectos comportamentais. MATERIAL E MÉTODOS: Fêmeas BALB/c foram sensibilizadas no dia 0 com 100 μg de proteínas do camarão e 1mg de hidróxido de alumínio por via subcutânea. Pela mesma via, esses animais receberam uma dose reforço pela administração de apenas 100 μg de proteínas do camarão no dia 14. Para o desafio, 5 mg/ml de proteínas do camarão foram adicionadas às mamadeiras do dia 21 ao dia 34. Animais controle receberam a administração de salina ou ingestão de água. Amostras de sangue foram coletadas nos dias -1, 13, 20 e 35, representando as mostras basal, pós sensibilização, pós reforço e pós desafio, respectivamente. A eutanásia ocorreu nos dias 23 e 35 (após 2 e 14 dias de desafio, respetivamente) para coleta de linfonodos mesentéricos e fragmentos do jejuno. As imunoglobulinas IgE e IgG1específicas foram dosadas no soro por ELISA. sIgA específicas no lavado intestinal e citocinas do jejuno e linfonodos foram também dosadas por ELISA. Fragmentos do jejuno foram utilizados para a confecção de lâminas histológicas, as quais foram confeccionadas e coradas por HE e PAS. RESULTADOS: Em comparação aos grupos controles, os animais sensibilizados e desafiados apresentaram elevadas concentrações de anticorpos específicos no soro (IgE e IgG1) e lavado intestinal (sIgA). Foi observado aumento significante na produção de IL-5 e IL-10 nos linfonodos mesentéricos desses animais, além de alterações histopatológicas significantes na mucosa intestinal, como maior contagem de eosinófilos na lâmina própria e encurtamento de vilos e criptas. CONCLUSÃO: As alterações em parâmetros imunopatológicos observadas confirmam o desenvolvimento de alergia alimentar decorrente dos protocolos de sensibilização e desafio oral por ingestão contínua utilizados no presente modelo, sugerindo o seu uso, entre outros, para a avaliação de abordagens terapêuticas.
Abstract
INTRODUCTION: Food allergy is mainly characterized by an exacerbated IgE-mediated immune response towards oral allergens which can lead to mild symptoms such as urticaria as well as hypotension and anaphylaxis. Shrimp is among the most sensitizing food allergens and it has been associated to a large number of anaphylaxis reactions. However, there is still a shortage of studies that enable a systematic understanding related to this disease and the investigation of new therapeutic approaches as well. AIM: In this perspective, this study aimed to develop a novel experimental model of shrimp allergy that could enable the evaluation of new treatments and behavioral studies. MATERIAL AND METHODS: BALB/c female mice were subcutaneously sensitized with 100 μg of shrimp proteins and 1 mg of aluminum hydroxide on day 0. By the same means, a boost was performed through the subcutaneous injection of 100 μg of shrimp proteins on day 14. Oral challenge protocol was based on the addition of 5 mg/ml of shrimp proteins to the bottle of water from day 21 to day 35. Animals from control group were injected with saline or ingested only water. Blood samples were collected on days -1(basal), 13 (post sensitization), 20 (post boost) and 35 (post challenge). Animals were euthanized after 2 or 14 days of challenge on days 23 and 35 respectively for the collection of mesenteric lymph nodes and a fragment of jejunum. The specific IgE and IgG1 were measured in serum samples by ELISA. In addition, specific sIgA in intestinal lavage and cytokines from jejunum homogenate were analyzed by ELISA as well. Histological slides were manufactured from fragments of jejunum which were colored by HE and PAS. RESULTS: Sensitized and challenged animals produced higher titers of specific serum antibodies (IgE and IgG1) and sIgA when compared to the other groups. Also, these animals presented a significant increase in the production of IL-5 and IL-10 at mesenteric lymph nodes and significant histological changes in the intestinal mucosa such as higher eosinophil count at the lamina propria and shrinkage of villi and crypts. CONCLUSION: The immunopathological changes observed in our work confirm the development of food allergy due to the applied protocols of sensitization and oral challenge through continuous ingestion. Thus, it suggests that this model can be used for the evaluation of therapeutic approaches.
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